No cenário corporativo atual, a transformação digital deixou de ser uma questão acessória para se tornar uma prioridade estratégica, exigindo que as empresas reconsiderem suas abordagens frente à inovação e ao desenvolvimento tecnológico. Nesse contexto, Arjo van Oosten, Vice-Presidente Sênior de Transformação Digital da Mendix, uma empresa pertencente ao conglomerado Siemens, brilha ao discutir o papel crucial do low-code na revolução da transformação digital. A partir de suas declarações, evidencia-se que a transformação digital não é mais um desafio remoto, mas uma força motivadora que molda o futuro das organizações, desafiando-as a se adaptarem rapidamente ou a correm o risco de ficar para trás em um mercado cada vez mais competitivo.
Segundo van Oosten, as empresas que não adotam uma postura proativa em relação às mudanças tecnológicas enfrentam ameaças que estão ativamente à espera de uma oportunidade para agir. Nesse novo cenário de negócios, lidar com a transformação digital é equivalente a controlar uma força da natureza, ressaltando a importância de uma abordagem estruturada e estratégica. A Mendix, conhecida como uma plataforma líder de low-code, orienta as organizações a navegarem por esses desafios, reconhecendo que a verdadeira transformação vai além da simples implementação de novas tecnologias, englobando aspectos como mudança organizacional, reestruturação de processos e uma cultura de inovação.
Para a Mendix, a transformação digital deve ser vista como uma jornada holística que revoluciona a forma como as empresas funcionam na era digital, priorizando a agilidade, a inovação e a centralização do cliente. O método da empresa se baseia em duas diretrizes principais: os “5 P’s” e os “3 S’s”, onde os 5 P’s – Portfólio, Pessoas, Processo, Plataforma e Promoção – asseveram que todas as áreas críticas da transformação sejam abordadas. Já os 3 S’s – Começar, Estruturar e Escalar – oferecem um guia para o percurso da transformação, Segmentando-o em etapas gerenciáveis.
A aplicação desse enfoque estruturado é fundamental para que as organizações evitem armadilhas comuns em suas tentativas de transformação digital. Van Oosten alerta que muitas iniciativas de transformação falham devido à falta de uma visão clara, seleção inadequada do portfólio ou incapacidade de demonstrar valor de forma rápida. A metodologia da Mendix enfrenta esses desafios de frente, possibilitando que as empresas atuem com agilidade enquanto mantêm um foco estratégico consistente.
Um dos pilares do método da Mendix é sua plataforma de low-code, que serve como um facilitador da transformação digital. Ao reduzir o tempo e a complexidade envolvidos no desenvolvimento de aplicações, plataformas como a da Mendix oferecem às organizações a oportunidade de lançar novas soluções mais rapidamente, respondendo com eficiência às demandas comerciais que estão em constante mudança, além de promover maior colaboração entre as equipes de negócios e de TI.
Entretanto, a Mendix enfatiza que o verdadeiro sucesso da transformação digital reside nas pessoas. Capacitar os funcionários com novas habilidades, fomentar uma cultura de inovação e quebrar barreiras entre diferentes setores da organização são elementos cruciais para essa transição. Van Oosten comenta que “tudo gira em torno das pessoas, pois o low-code afeta os papéis, responsabilidades e trajetórias profissionais dos colaboradores”, ressaltando a necessidade de engajamento e aceitação por parte de todos os envolvidos. Para aprofundar essa abordagem, a Mendix oferece uma série de perguntas e respostas que exploram a metodologia da empresa em detalhe, permitindo que os interessados se familiarizem com as estratégias fundamentais e desafios comuns enfrentados durante o processo de transformação digital.
Ao abordar a primeira questão sobre a metodologia dos “5 P’s”, van Oosten explica que cada “P” pode variar dependendo do estágio da jornada de transformação, mas sempre gira em torno de cinco áreas-chave. O primeiro “P” é Portfólio, que envolve a definição do que se deseja construir e o cronograma para isso. O segundo “P”, Pessoas, explora a estratégia de formação e crescimento da equipe, enquanto o terceiro “P”, Processo, questiona a possibilidade de trabalhar em direção a um produto minimamente viável (MVP) e os métodos ágeis de desenvolvimento implementados. O quarto “P”, referente à Plataforma, investiga como a tecnologia se incorpora na arquitetura de TI existente e o quinto “P”, Promoção, enfatiza a necessidade de gerir stakeholders e a comunicação interna, desenvolvendo uma verdadeira comunidade entre as áreas de negócios e TI.
O enfoque em estruturar a jornada de transformação digital é feito através dos 3 S’s: Começar, Estruturar e Escalar. No estágio de Começar, a prioridade está em garantir vitórias rápidas, utilizando uma abordagem em que é possível lançar uma aplicação em um curto espaço de tempo, geralmente em até 60 dias. Essa prática, segundo van Oosten, visa construir impulso e entusiasmo no processo de transformação. Já no estágio de Estruturar, as organizações buscam construir previsibilidade e continuidade, enquanto no estágio de Escalar, o foco está em expandir os esforços de transformação dentro da empresa. Essa abordagem por etapas permite que as organizações comercializem rapidamente, ao mesmo tempo que constroem uma base sólida para o sucesso a longo prazo.
Contudo, van Oosten também alerta para as armadilhas frequentemente encontradas em iniciativas de transformação digital, como a ausência de uma visão clara e a seleção inadequada de portfólio no início do projeto. Para evitar isso, ele recomenda um enfoque gradual, optando por projetos iniciais que sejam menos complexos, permitindo que as equipes aprendam e se adaptem à medida que constroem suas capacidades. Além disso, muitos benefícios tanto tangíveis quanto intangíveis são alcançados através da plataforma low-code da Mendix, que não apenas melhora a colaboração entre as áreas de negócios e TI, mas também impulsiona a inovação e aumenta a flexibilidade organizacional, enquanto as vantagens tangíveis são evidentes em um tempo de entrega mais rápido, que pode se traduzir em benefícios financeiros significativos.
Finais, a medição do sucesso de iniciativas de transformação digital segundo a Mendix envolve três métricas principais. A primeira é o tempo necessário para a conclusão de aplicações, que mensura a agilidade com que novos produtos são lançados no mercado. A segunda métrica é o número de desenvolvedores certificados, que sinaliza o crescimento das capacidades de low-code dentro da organização. Por fim, a terceira métrica é o número de aplicações desenvolvidas utilizando low-code, refletindo a amplitude da adoção dessa tecnologia. É essencial acompanhar também o valor de negócios gerado por essas aplicações.
Em um cenário em que tecnologias emergentes como a inteligência artificial (IA) estão moldando o futuro da transformação digital, van Oosten enfatiza a importância da IA dentro deste contexto. A IA desempenha um papel cada vez mais crítico, especialmente em três áreas principais: no desenvolvimento de aplicações, onde pode atuar como um co-desenvolvedor, na criação de aplicações que se tornem mais inteligentes através da integração de capacidades de IA, e, por fim, na assistência ao processo de transformação, ajudando a entender as necessidades dos clientes e oferecendo recomendações valiosas. A Mendix está ativamente desenvolvendo a integração de capacidades de IA em sua plataforma, criando novas ferramentas para apoiar os esforços de transformação digital.
Com eventos voltados para a transformação digital em andamento em locais como Amsterdã, Califórnia e Londres, a Mendix e outras plataformas de low-code estão se destacando como agentes fundamentais de mudanças no panorama digital. O futuro da transformação digital está se formando, e aquelas empresas que adotarem metodologias e ferramentas inovadoras estarão um passo à frente na busca pela excelência e competitividade no mercado.