A previsão de um fenômeno celeste de grande magnitude está agitando os entusiastas da astronomia e curiosos ao redor dos Estados Unidos, principalmente nas regiões de Alabama e do Norte da Califórnia. Estima-se que, na noite da próxima quinta-feira, essas áreas, que historicamente não recebem visões tão vibrantes das auroras, poderão ser brindadas com uma exibição espetacular dessas luzes coloridas devido a uma tempestade geomagnética severa. A origem desse evento está relacionada a uma erupção solar e uma ejeção de massa coronal, que demonstraram uma força significativa, conforme relatado pelo Centro de Previsão do Tempo Espacial do Serviço Nacional de Meteorologia.

A tempestade solar, que foi inicialmente classificada como um nível 4 em uma escala de intensidade de 1 a 5, não apenas promete auroras deslumbrantes, mas também poderá causar distúrbios em várias infraestruturas, como comunicações, redes elétricas e operações de satélites. O fenômeno foi registrado na Terra às 11h17 (horário do leste dos Estados Unidos), com a possibilidade de persistir até a sexta-feira. Desde os primeiros sinais de atividade solar à noite, os cientistas confirmaram que as condições da tempestade se intensificaram para um nível G4, caracterizando uma fase de maior severidade. Os dados indicam que a tempestade alcançou a Terra a uma velocidade impressionante de 1,5 milhão de milhas por hora, o que a tornou uma das mais notáveis observaçõess científicas do mês.

Os especialistas do Centro de Previsão do Tempo Espacial explicaram que uma série de flares solares do tipo X foram observadas ao longo da semana, coincidindo com a ejeção de massa coronal ocorrida na última terça-feira. Essas ejeções são nuvens extensas de gás ionizado e campos magnéticos que são expelidos da atmosfera externa do sol. Quando essas erupções estão direcionadas à Terra, o resultado pode ser a criação de tempestades geomagnéticas significativas, que interferem nos campos magnéticos da Terra. Como resultado, a agência emitiu notificações para órgãos como a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências e operadores de satélites como parte da preparação para eventuais interrupções, especialmente considerando os esforços de preparação para o Furacão Milton.

Historicamente, tempestades solares de nível G4 são comuns durante um ciclo solar, enquanto as G5, que são consideradas extremas, são extremamente raras. O novo fenômeno em análise apresenta uma chance de 25% de se classificar como G5, uma condição que se caracteriza por efeitos mais intensos. Imagens captadas pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA mostram um flare solar impressionante, destacando o aumento da atividade solar nas últimas semanas, à medida que o sol se aproxima do ‘máximo solar’, o ápice de seu ciclo de 11 anos, projetado para ocorrer este ano.

Os austríacos e outros observadores em regiões do centro e do leste dos Estados Unidos poderão ter chance de observar essas auroras, enquanto a possibilidade de um fenômeno global de auroras aguarda confirmação, assim como ocorreu com a tempestade de maio. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica recomenda que os cidadãos utilizem seu painel de previsão de auroras para verificar a ocorrência de luzes, com atualizações constantes sobre a visibilidade das auroras.

A oportunidade de ver auroras se torna ainda mais promissora com a chegada do inverno, quando a escuridão surge mais cedo, oferecendo uma janela maior para observação. Durante o fim de semana, importantes registros de auroras em decorrência de uma tempestade G3 foram notados, reforçando a noção de que os fenômenos luminosos poderiam ser previstos para esta nova tempestade. É interessante notar que, mesmo que as auroras não sejam visíveis a olho nu, sensores em câmeras e telefones celulares são capazes de capturá-las, abrindo novas vias para os admiradores da ciência.

Embora os cientistas da NOAA acreditem que a tempestade desta semana não superará a intensidade registrada em maio, vale lembrar que situações anteriores tiveram efeitos significativos. Em 2003, uma tempestade G5 deixou partes da Suécia sem eletricidade e causou danos em transformadores na África do Sul. Além disso, a tempestade de maio passado apresentou distúrbios em sistemas que dependem de GPS para agricultura, mas, em geral, operadores de satélites conseguiram manter seus sistemas funcionando de forma eficaz.

À medida que a intensidade da atividade solar permanece sob vigilância, os cientistas estão atentos a esses indicadores que podem testemunhar uma nova fase de agitação solar. Embora a velocidade da última ejeção de massa coronal tenha surpreendido os pesquisadores, não há garantias de que o pico da atividade solar será atingido imediatamente. Ciclos solares anteriores demonstraram que fenômenos extremos podem ocorrer após o máximo solar, e a expectativa é que o fenômeno atual continue a revelar mudanças significativas até o final deste ano, ao longo de 2024 e possivelmente até 2026.

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