Memórias dolorosas da juventude retratadas em ‘Sonny Boy’
O aclamado ator Al Pacino, premiado com o Oscar e com uma carreira repleta de significativas performances cinematográficas, utiliza sua nova autobiografia, intitulada “Sonny Boy”, para relembrar momentos desafiadores e dolorosos de sua infância. Com 84 anos, Pacino revela uma série de experiências que o marcaram, entre elas uma lesão que sofreu aos 10 anos, a qual ele descreve como uma das situações mais embaraçosas de sua vida. O autor inicia seu relato enfatizando que, em sua juventude, parecia “enganar a morte em uma base regular” e se comparava a um gato com “muito mais que nove vidas”, refletindo sobre os inúmeros acidentes e percalços que vivenciou. Entre as memórias mais dolorosas, Pacino narra um incidente que o deixou “revoltado até hoje”, ocorrendo quando tentou fazer malabarismos em uma cerca de ferro durante uma manhã chuvosa.
Al Pacino rememora que enquanto caminhava sobre a fina cerca de ferro, acabou escorregando e caindo, resultando em um impacto direto entre suas pernas. A gravidade da dor era tal que ele mal conseguia se levantar para retornar para casa. Um homem mais velho, percebendo seu estado, prontamente o ajudou e o levou até o apartamento de uma tia. Neste ambiente familiar, rodeado por mulheres importantes em sua vida — sua mãe, sua tia e sua avó —, Pacino revela que passou por um exame que o marcou para sempre. Ele descreve o cenário em que estava deitado com as calças ao redor dos tornozelos, numa posição vulnerável, enquanto suas familiares tentavam atendê-lo em um momento de quase pânico. O ator recorda o sentimento de constrangimento e a súplica íntima por alívio mental enquanto ouvia os sussurros das mulheres discutindo seu estado e realizando a inspeção.
Embora a experiência tenha sido traumatizante, Pacino destaca que seu membro masculino “permaneceu anexado”, mas a memória do episódio o assombra até hoje. Em “Sonny Boy”, ele também compartilha outros aspectos de sua infância, como os raros momentos em que se recorda de seus pais divorciados juntos e as travessuras cometidas com amigos, como furtar alimentos e pular catracas de metrô, que representavam seu modo de vida naquela época. Pacino observa que “fazer travessuras e correr de figuras de autoridade era nosso passatempo”.
Reflexões sobre a vida e a decisão de escrever
Recentemente, Al Pacino revelou à imprensa que a ideia de escrever sua autobiografia surgira como uma necessidade pessoal. Ele comentou que estava prestes a completar 85 anos e, com o envelhecimento, começou a perceber a importância de registrar memórias significativas. Para ele, esse processo de escrita era quase uma obrigação, um ato de preservação da história que viveu. Pacino enfatiza que, segundo seu ponto de vista, sua vida foi repleta de experiências marcantes e diversificadas, o que o levou a concluir que a narrativa de sua trajetória deveria ser compartilhada. “Sonny Boy”, que fez sua estreia nas livrarias no dia 15 de outubro, é uma obra que promete cativar tanto os fãs de longa data como novos leitores, ao oferecer uma visão íntima da vida de uma das figuras mais icônicas do cinema mundial.
O lançamento da autobiografia não é apenas uma reflexão do passado, mas também uma forma de celebrar as lições aprendidas e as experiências acumuladas ao longo de uma vida cheia de altos e baixos. A narrativa de Pacino, repleta de humor e sinceridade, é um convite para que os leitores conheçam mais sobre o homem por trás dos grandes papéis, trazendo uma nova dimensão ao já conhecido Al Pacino. Com publicações que oferecem uma visão mais profunda de suas memórias e experiências, “Sonny Boy” está disponível em todas as livrarias, ampliando a rica tapeçaria de histórias de vida que compõem sua carreira e sua história pessoal.