A atriz ana kendrick, conhecida por suas atuações marcantes e agora também por sua direção, revelou recentemente uma decisão que vai muito além Hollywood. Em um episódio do podcast Crime Junkie AF, transmitido em 25 de outubro, kendrick compartilhou que optou por destinar o salário que recebeu por seu novo filme, Woman of the Hour, a organizações que ajudam vítimas de crimes. A artista decidiu apoiar a Rape, Abuse & Incest National Network (RAINN) e o National Center for Victims of Violent Crime após a Netflix adquirir os direitos de distribuição do longa-metragem, que fez sua estreia no Festival de Cinema de Toronto em 2023.
Durante a sua participação no podcast, kendrick fez questão de esclarecer sua motivação, afirmando que a produção não foi uma oportunidade para lucrar, mas sim uma forma de expressar apoio a questões sociais urgentes. “Acredite, isso nunca foi uma empreitada para fazer dinheiro para mim, porque todos os recursos foram destinados à realização do filme”, explicou a atriz. Ela se lembrou de sua experiência no TIFF, onde o projeto ainda era incerto até momentos antes de sua apresentação ao público. “Não foi até uma semana antes do TIFF que eu pensei ‘oh, o filme vai gerar receita,’” revelou. A transição de uma expectativa simples para a responsabilidade que sentiu ao perceber o sucesso do projeto foi significativa para kendrick.
A atriz fez uma reflexão interna admirável, questionando-se sobre sua própria relação com os ganhos financeiros advindos de um projeto que aborda temas tão delicados. “Eu me perguntei, ‘Você se sente mal por causa disso?’ E sim, eu me senti”, compartilhou. Ela deixou claro que, ao invés de se beneficiar financeiramente com o filme, a quantia recebida foi canalizada para as organizações mencionadas. Esta postura não apenas demonstra seu compromisso com a causa, mas também convida o público a ponderar sobre o valor que cada um dá ao seu trabalho em função de um bem maior.
Woman of the Hour é um filme que retrata uma narrativa real, inspirada na história de Cheryl Bradshaw e seu encontro com Rodney Alcala, um notório serial killer da década de 1970. Na obra, a personagem de kendrick é uma concorrente do popular programa de televisão The Dating Game, onde tem a infeliz experiência de cruzar o caminho de Alcala. A trama se desenrola durante um período de crimes hediondos cometidos por ele, e a conexão estabelecida entre ambos durante a gravação do programa é central para a narrativa. O filme conta ainda com um elenco notável, incluindo Tony Hale, Daniel Zovatto, Nicolette Robinson, e outros, que ajudam a construir a pressão e a tensão da história.
Este longa-metragem também representa a estreia na direção de kendrick, que destacou como foi gratificante trabalhar em um filme de época e explorar os aspectos da década de 1970, inclusive tratando de temas como o sexismo casual que permeava aquele tempo. Em seu depoimento no podcast, ela declarou que se divertiu imensamente ao dar vida a esse período e, simultaneamente, trouxe à tona discussões que ainda são relevantes em nossa sociedade atual. A mistura de entretenimento com mensagem social é um elemento que enriquece a produção e provoca reflexões no público.
Atualmente, Woman of the Hour está disponível para streaming na Netflix, permitindo que uma audiência mais ampla tenha acesso a esta importante narrativa. A decisão de kendrick não apenas ilumina o tema da violência contra as mulheres, mas também destaca o papel que figuras públicas podem desempenhar no apoio a causas sociais. Em tempos em que a conscientização e a solidariedade são mais essenciais do que nunca, a atitude da atriz serve como um exemplo inspirador de como o entretenimento pode ser uma plataforma para promover mudanças significativas.
Quando achegar-se ao filme, não deixe de refletir sobre o impacto que as histórias que contamos podem ter no público, e como cada um de nós pode contribuir de forma positiva para a sociedade. É fundamental lembrar que, através de pequenas ações, podemos, sim, fazer a diferença na vida de quem mais precisa. E como ana kendrick demonstrou, muitas vezes, o verdadeiro valor do sucesso vai além do financeiro; está nas ações que tomamos para apoiar os outros.
