Em um cenário financeiro onde a necessidade de capital é uma constante para muitos consumidores, as opções de empréstimos podem ser limitadas, especialmente para aqueles que almejam valores na casa de seis dígitos. O acesso a crédito via cartões de crédito e empréstimos pessoais muitas vezes é restringido por limites predeterminados, o que torna desafiador conseguir um valor significativo. Além disso, as taxas de juros dos cartões de crédito atingiram um pico histórico, chegando a cerca de 23%, enquanto as taxas dos empréstimos pessoais giram em torno de 13%. Contudo, para os proprietários de imóveis, uma alternativa acessível e nem tão comum se destaca: o uso do capital próprio da residência, mais especificamente através dos empréstimos com garantia de patrimônio (HELOCs).
Atualmente, o proprietário médio possui cerca de $330.000 em patrimônio líquido, oferecendo uma oportunidade valiosa para acessar capital de forma relativamente barata. Diferentemente de um empréstimo residencial tradicional, um HELOC permite ao mutuário retirar uma quantia de seu patrimônio com taxas que podem ser ajustadas ao longo do tempo — uma característica atraente considerando o atual movimento de queda nas taxas de juros. Antes de embarcar nessa jornada, no entanto, é essencial calcular as possíveis parcelas mensais que um empréstimo dessa magnitude pode envolver. Isso não apenas ajuda a traçar um panorama financeiro, mas também garante que o mutuário não ultrapasse suas capacidades de pagamento.
custo mensal atual de um HELOC de $200.000 e expectativas futuras
No período recente, especificamente até 30 de outubro, a taxa média de um HELOC está em 8,69%. Para um empréstimo de $200.000, isso se traduz nas seguintes parcelas mensais, dependendo do período de pagamento:
Se optarmos por um HELOC com um prazo de 10 anos, a parcela mensal seria de $2.500,08, enquanto um prazo de 15 anos resultaria em um pagamento mensal de $1.991,82. O avanço das projeções econômicas sugere que a taxa do FED pode levar a uma redução das taxas dos HELOCs. Especialistas preveem que, em novembro, poderíamos ver uma queda de 25 pontos base, o que alteraria a taxa média para 8,44%, ajustando as parcelas mensais para $2.473,30 (10 anos) e $1.962,45 (15 anos).
Além disso, se as taxas caírem em meio ponto percentual, que é uma expectativa plausível para final de novembro ou em decorrência de um provável corte nas taxas básicas em dezembro, as mensalidades cairão ainda mais para $2.446,68 (10 anos) e $1.933,31 (15 anos). Este panorama positivo destaca que não apenas os HELOCs se mostram mais acessíveis, mas as tendências do mercado indicam que essa acessibilidade pode aumentar.
espera por taxas mais baixas: uma decisão arriscada
Muitos podem se questionar se vale a pena esperar uma diminuição ainda maior nas taxas de HELOC antes de aplicar. A resposta é clara: essa pode ser uma decisão arriscada na maioria dos casos. Isso se deve ao fato de que as taxas desses produtos são variáveis, podendo mudar a cada mês, independentemente de ações do mutuário. Em contrapartida, um empréstimo tradicional possui uma taxa fixa que requer refinanciamento a cada alteração nas condições de mercado.
Apesar da perspectiva otimista nas taxas de juros, é crucial que os mutuários avaliem sua capacidade de pagamento diante de variações nas taxas, assegurando que não tomem empréstimos além de suas possibilidades. O mercado financeiro é dinâmico, e mudanças repentinas nas taxas podem ocorrer em resposta a fatores econômicos imprevistos. Portanto, apenas tome o valor que se sente confortável para reembolsar, assegurando assim uma trajetória financeira saudável mesmo em cenários desfavoráveis.
Em suma, o custo mensal de um HELOC de $200.000 atualmente varia entre $1.992 e $2.500. Com a expectativa de queda das taxas, esse valor pode ser ainda menor nas semanas e meses subsequentes, à medida que a inflação diminui e o Federal Reserve reduz as taxas de juros. Para os que precisam de uma quantia substancial de investimento e desejam minimizar ao máximo os seus custos, o HELOC surge como a melhor alternativa no presente momento.