A estrela da WNBA Angel Reese, reconhecida por seu papel significativo no crescimento da popularidade da liga, recentemente fez uma observação provocativa sobre a discrepância entre seu salário como novata e suas despesas mensais. A jogadora, que se destacou ao lado da rival Caitlin Clark, revelou, em uma conversa ao vivo no Instagram, que sua renda como atleta profissional não é suficiente para cobrir suas necessidades financeiras básicas. Em um momento de leveza e humor, Reese discorreu sobre sua dissociação entre o sucesso esportivo e a realidade econômica que enfrenta, destacando a crescente conversa sobre as finanças das jogadoras da WNBA.

Salário da WNBA versus custos de vida de Angel Reese

Durante sua transmissão ao vivo, Angel Reese revelou que sua mensalidade de aluguel chega a impressionantes 8 mil dólares, totalizando 96 mil dólares no ano. Em contraste, seu salário na WNBA, estipulado em 73,439 dólares, se mostra insuficiente para cobrir esse gasto essencial. A jogadora brincou sobre a situação, afirmando: “Odiar paga as contas, querido. Eu espero que vocês saibam que a WNBA não paga minhas contas de forma alguma”. A desconexão entre sua fama emergente e sua situação financeira provocou reações tanto de empatia quanto de riso entre seus seguidores, que se identificam com as dificuldades que muitos atletas enfrentam, mesmo em esportes com crescente visibilidade.

A performance de Reese, que teve uma temporada de calouro recorde marcada por uma lesão no pulso no início de setembro, contribuiu para seu reconhecimento em todo o país. Em 1º de setembro, ela estabeleceu um novo recorde da WNBA, superando a marca de rebotes de Sylvia Fowles, que se aposentou em 2022. No entanto, o recorde foi posteriormente quebrado por A’ja Wilson, estrela do Las Vegas Aces e MVP da liga. Além disso, Reese se destacou ao registrar a maior quantidade de rebotes ofensivos em uma única temporada, estabelecendo-se como a jogadora mais rápida da história da WNBA a alcançar 20 double-doubles — uma notável conquista que a coloca entre apenas duas atletas na história da liga que conseguiram tal feito em uma única temporada, totalizando 26 double-doubles ao longo de sua jornada naquele ano.

Patrocínios e novas oportunidades além da WNBA

Os desafios financeiros enfrentados por Reese são ainda mais evidentes quando se analisa o contexto mais amplo das atletas da WNBA. Tradicionalmente, muitas jogadoras têm buscado oportunidades no exterior durante a offseason para aumentar seus rendimentos. No entanto, Reese expressou seu desejo de não ser obrigada a fazer isso, ressaltando um desejo coletivo entre as jogadoras em busca de melhores condições financeiras dentro da liga. Em um contraste notável, Reese revelou que seu salário na WNBA atua mais como um “bônus” em comparação com os rendimentos gerados por seus acordos de Nome, Imagem e Semelhança (NIL).

Segundo informações do site On3, que acompanha negócios de NIL e esportes colegiais, Angel Reese mantém contratos de patrocínio com marcas renomadas como Reebok, Beats by Dre, AirBnB, Tampax e Hershey’s, entre outros. Esses acordos não apenas elevam seu perfil comercial, mas também contribuem de maneira significativa para sua renda total. A atleta já comentou sobre o quanto essa diversidade de fontes de renda é crucial para sua estabilidade financeira: “É um bônus receber 75 mil dólares por atuar durante quatro a cinco meses, além dos outros contratos que eu estou realizando”, afirmou anteriormente à ESPN.

Futuro da WNBA e novas ligas emergentes para atletas

Reese, ao lado de suas colegas da WNBA, está se preparando para participar de uma nova liga de basquete três contra três, denominada Unrivaled, cofundada por Breanna Stewart e Napheesa Collier. As fundadoras da liga prometeram um modelo financeiro inovador, onde todos os salários deverão ser na faixa de seis dígitos, estabelecendo um novo marco em termos de remuneração dentro do contexto de ligas profissionais femininas. De acordo com a revista Sports Illustrated, o salário médio para o torneio de oito semanas que está programado para começar em janeiro superará os 250 mil dólares, um valor que ultrapassa o salário maximizável da WNBA, estipulado em 241,984 dólares para 2024. A movimentação de Reese em busca de oportunidades financeiras mais atrativas evidencia uma nova fase no esporte feminino, onde as atletas estão buscando constantemente alternativas que assegurem sua valorização e suporte financeiro em suas carreiras.

Concluindo, Angel Reese não apenas se destacou em suas realizações esportivas, mas também provoca uma conversa crítica em relação à compensação financeira das atletas em uma liga que ainda busca o reconhecimento e o suporte adequado. Sua experiência encapsula um dilema relevante e comum que muitas atletas enfrentam, levantando questões importantes sobre o valor do esporte feminino e a necessidade de um futuro mais sustentável e justo para as jogadoras da WNBA.

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