Recentemente, o cenário tecnológico envolvendo a Apple e as regulamentações da União Europeia recebeu um novo capítulo, marcando um avanço significativo para os usuários europeus. Durante muito tempo, a gigante da tecnologia trouxe à tona argumentos referentes às regras de tecnologia da UE, em especial ao Ato de Mercados Digitais (Digital Markets Act), como justificativa para a não disponibilização do recurso inovador conhecido como Apple Intelligence na região. No entanto, agora ficou claro que esses argumentos poderiam ter sido uma estratégia para criar uma espécie de animosidade entre os usuários da UE e seus órgãos reguladores, visto que a Apple confirmou que a inteligência artificial será disponibilizada no Velho Continente em abril de 2025, acompanhada de suporte para línguas locais.

Uma nova era de funcionalidades com o iOS 18.1

Com o lançamento hoje do iOS 18.1, a Apple introduziu um conjunto inicial de funcionalidades inteligentes aos modelos recentes de iPhone, iPad e Mac. Contudo, quando a empresa anunciou a Apple Intelligence em sua conferência de desenvolvedores em junho, deixou claro que a implementação seria lenta, com novas características de inteligência artificial limitadas, a princípio, ao inglês americano. Essa limitação ainda permanece em vigor, pois, mesmo que a Apple Intelligence esteja tecnicamente fora da fase beta, os usuários da Europa precisam configurar seus dispositivos para o inglês dos Estados Unidos para acessá-la. E mais, a verificação feita pela Apple se seus dados de conta estão associados a um endereço europeu impede que muitos utilizem a funcionalidade em seus iPhones, mesmo após a mudança de configuração do idioma.

No entanto, os usuários de Mac estão em uma situação ligeiramente mais favorável. A partir de hoje, aqueles que possuem um Mac com chip M1 ou posterior podem simplesmente alterar o idioma e ativar os recursos da Apple Intelligence. Observadores acreditam que essa diversidade de acessibilidade se deve ao fato de a Apple ter sido considerada um “guardiã” sob o DMA, especificamente em relação ao iOS, iPadOS, App Store e Safari, enquanto o macOS não foi incluído nessa regulamentação.

Expectativas para o futuro: mais idiomas e funcionalidades

No que diz respeito ao suporte para idiomas, a Apple já havia anunciado que mais opções estariam a caminho, começando com o inglês localizado para outros países a partir de dezembro de 2024. Além disso, a empresa planeja adicionar cerca de uma dúzia de novas línguas ao longo de 2025, incluindo francês, alemão, italiano, português e espanhol. Esses anúncios foram bem recebidos na comunidade européia, que aguarda ansiosamente a implementação total da Apple Intelligence em seus dispositivos.

O mais interessante é que a Apple confirmou que os recursos da Apple Intelligence estarão disponíveis para usuários de iPhone e iPad na UE já em abril. Em um comunicado oficial, a Apple afirmou: “Neste abril, as funcionalidades da Apple Intelligence começarão a ser disponibilizadas para usuários de iPhone e iPad na UE. Isso incluirá muitas das características essenciais da Apple Intelligence, como Ferramentas de Escrita, Genmoji, um Siri repaginado com maior compreensão da linguagem, integração com ChatGPT, e muito mais.”

Entretanto, uma ausência notável dessa lista é a função de notificações prioritárias, o que levanta questionamentos sobre o que, de fato, está sendo excluído da oferta na Europa. Entramos em contato com a Apple para obter mais esclarecimentos sobre os itens que não estarão disponíveis na UE, mas parece que será complicado identificar as diferenças de forma clara. Isso nos leva a uma indagação intrigante: qual era mesmo a questão com o DMA?

As reviravoltas nesta narrativa certamente continuarão a provocar debates acalorados entre os usuários e especialistas da tecnologia. Fica a expectativa para ver como este novo capítulo se desenrolará e se a Apple conseguirá sanar as preocupações de seus clientes mantendo a satisfação e a lealdade dos usuários europeus. Em meio a essa nova realidade, os usuários da Apple na Europa devem se preparar para uma experiência mais inovadora, embora ainda com algumas lacunas a serem preenchidas.

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