GOP Move Against Processo de Votação no Exterior que Beneficia Democratas

A votação de cidadãos americanos que residem, servem e estudam no exterior, um processo que há muito tempo é visto como um pilar sagrado por ambos os partidos devido à sua conexão com os militares dos Estados Unidos, agora está sob ataque por meio de diversas ações judiciais apoiadas pelo Partido Republicano. Esta nova ofensiva legal surge em um momento em que os votos emitidos por americanos no exterior, que favorecem significativamente os democratas, podem ser decisivos para garantir a vitória da vice-presidente Kamala Harris nas eleições. Recentemente, foram protocoladas ações judiciais na Pensilvânia, Carolina do Norte e Michigan, onde parlamentares do GOP reivindicam a invalidação de votos de cidadãos no exterior, alegando, sem evidências, que essa modalidade de votação é uma fonte de fraude.

De acordo com o relatório da Comissão de Assistência Eleitoral dos EUA, cerca de 6,5 milhões de eleitores americanos estão habilitados para votar no exterior, dos quais aproximadamente 1,6 milhão residem em estados de disputa eleitoral, além de estarem presentes em distritos da Câmara dos Representantes considerados acirrados. Esses votos podem se tornar fundamentais: nas eleições de 2020, a diferença de votos entre os candidatos foi de apenas 44 mil em quatro estados. Em um contexto onde mais de 1,2 milhão de cédulas foram enviadas para o exterior em 2020, cerca de 890 mil foram efetivamente contabilizadas.

Os democratas descrevem os novos desafios legais propostos pelos republicanos como um ataque ao seu direito de voto, especialmente para os membros do serviço militar, que arriscam suas vidas em nome da segurança nacional. Contudo, a comunidade de expatriados civis é o principal alvo das ações judiciais do GOP. Os responsáveis pelas eleições afirmam que mudanças de última hora nos procedimentos eleitorais, após o envio das cédulas, não apenas desvirtuariam o direito de voto, mas também criariam dúvidas indevidas sobre os resultados. Os advogados da Secretária de Estado de Michigan, Jocelyn Benson, acusam os republicanos de tentar assediar a funcionária e semear desconfiança sobre a legitimidade da eleição. Na Pensilvânia, congressistas republicanos solicitaram ao tribunal que anule todos os votos emitidos do exterior, incluindo aqueles de eleitores militares, para que sejam verificados novamente.

Implications of GOP Actions and Ongoing Legal Battles

Na Carolina do Norte e Michigan, o Comitê Nacional Republicano, responsável pelas ações judiciais, está pedindo a segregação de cédulas específicas enviadas ao exterior, criando um cenário que pode levar a disputas judiciais pós-eleitorais se as margens de vitória forem reduzidas. Os republicanos enfrentam várias questões processuais sobre seus casos, porém qualquer ordem judicial que determine a contagem de votos estrangeiros em momento posterior pode oferecer a Trump a impressão de uma liderança na noite da eleição, um cenário que provavelmente se reduziria quando esses votos fossem finalmente incluídos nos resultados. Em 2020, a estratégia de Trump para contestar o processo eleitoral foi baseada na acusação de que a contagem de votos deveria cessar após o Dia da Eleição, antes que os funcionários eleitorais pudessem processar as cédulas enviadas pelo correio, predominantemente democratas.

Os representantes do GOP afirmam que buscam esclarecimentos jurídicos sobre o que descreveram como conflitos legais na forma como esses estados lidam com os votos de cidadãos no exterior. Um funcionário do RNC observou que deseja garantir que todos os votos legítimos sejam contados corretamente e que contar votos ilegítimos dilui e compromete essa contagem. Uma audiência sobre o caso de Michigan está agendada para quinta-feira em Detroit e, na sexta-feira, um juiz federal ouvirá argumentos sobre a ação judicial da Pensilvânia em Harrisburg.

O Contexto do Voto Civil e Militar no Exterior

O processo pelo qual cidadãos uniformizados e civis no exterior podem votar foi estabelecido pela lei federal, chamada de Lei de Votação de Ausentes para Cidadãos Uniformizados e Estrangeiros, conhecida como UOCAVA, que gozou de apoio bipartidário nos quase quarenta anos em que está em vigor. Embora a lei esteja tradicionalmente associada a eleitores militares, essa população não é tão conservadora quanto se acreditava anteriormente. Um aspecto fundamental das dinâmicas políticas em jogo é que o voto civil exterior ofusca os eleitores militares. Durante a eleição de 2020, os membros das forças armadas representaram apenas 42,3% dos registrados para votar sob a UOCAVA.

Além disso, apenas um quarto das cédulas enviadas ao exterior pelo estado de Michigan em 2020 foram destinadas a militares, uma tendência semelhante observada na Pensilvânia e Carolina do Norte. Isso levanta questionamentos sobre as estratégias utilizadas pelos republicanos para contestar a validade dos votos de cidadãos no exterior. O esforço democrático, liderado por Democratas no Exterior, tem incentivado a participação de americanos que vivem fora dos Estados Unidos, reforçando sua importância na composição eleitoral. As autoridades partidárias alertam que as ações legais e as declarações de políticos republicanos podem intimidar os eleitores, o que pode resultar em uma diminuição na participação das cédulas enviadas por essa comunidade.

Conclusão

As ações judiciais do GOP que atacam o direito de votar de cidadãos americanos no exterior, embora inicialmente direcionadas a promover a integridade eleitoral, levantam sérias questões sobre a legitimidade e a equidade do processo democrático. Com um número crescente de americanos no exterior, capazes de influenciar resultados eleitorais, o debate em torno do voto no exterior e sua regulamentação continuará a ser um aspecto crítico e controverso no eletorado dos Estados Unidos. Enquanto isso, os democratas buscam mobilizar e proteger o direito de voto de seus apoiadores no exterior, ressaltando a necessidade de garantir que todas as vozes sejam ouvidas e contabilizadas no processo eleitoral.

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