Parker Finn retorna com ‘Smile 2’, explorando os desafios da fama através das lentes do terror psicológico
Após o sucesso estrondoso que o primeiro filme ‘Smile’ obteve em 2022, o diretor e roteirista Parker Finn volta ao cenário cinematográfico com a tão aguardada sequência, intitulada ‘Smile 2’. A estreia global ocorreu em 14 de outubro em Los Angeles, onde Finn estava acompanhado da protagonista Naomi Scott, que dá vida à superestrela pop Skye Riley. Nesta nova narrativa, a trama se concentra em torno de Skye, que se vê envolta por fenômenos inexplicáveis e aterrorizantes, refletindo os desafios sombrios que a fama pode trazer, além de manter a essência do terror psicológico que encantou o público no primeiro filme. O primeiro longa apresentou uma entidade misteriosa que se manifesta na forma de pessoas sorridentes de maneira inquietante, aterrorizando uma psiquiatra. Agora, a sequência revela como a fama e a pressão social afetam um ícone da cultura pop, transformando o terror em uma experiência profundamente pessoal e emocional.
Finn ficou inicialmente hesitante ao pensar em criar uma sequência para ‘Smile’, pois acreditava que qualquer ideia que lhe ocorresse rapidamente parecia demasiado óbvia e previsível. Ele comentou em entrevista que ao se deparar com a ideia da superestrela pop Skye Riley, sentiu que algo muito mais intrigante e eletrizante poderia ser explorado, resultando em um enredo que mistura a realidade da cultura pop com elementos de terror psicológico. Finn analisou que se encanta com personalidades do mundo do entretenimento e deseja explorar as complexidades que cada uma delas possui além da persona pública, ilustrando a luta interna que muitas celebridades enfrentam no dia a dia. Neste sentido, a personagem de Naomi Scott é uma representação dessas superfícies brilhantes e das camadas emocionais profundas que muitas vezes estão escondidas sob ela.
Naomi Scott, que interpreta Skye, expressou entusiasmo com a proposta de Finn, que visava desenvolver um aspecto mais centralizado na construção de personagens, ao invés de apenas um filme de terror convencional. Durante as filmagens, a atriz se viu desafiada a transitar entre momentos de performance musical e cenas de elevada carga emocional. O cuidado em não se deixar levar totalmente pelo papel é evidente, já que Scott teme os impactos mensais de uma personagem tão intensamente emocional, mencionando a necessidade de desconectar-se ao final de cada dia de filmagem para manter a saúde mental.
Além das complexidades emocionais, Parker Finn também revelou um aspecto curioso do processo criativo que envolve a representação do sorriso, um elemento-chave do filme. Ele explicou como, ao trabalhar com os atores, buscou a abordagem do ‘sorriso amigável’, evitando exageros e focando na desconexão entre os olhos e o sorriso. O diretor compartilhou que, para alcançar essa estética única, ele utilizou referências e técnicas cinematográficas, incluindo a icônica ‘Kubrick Stare’, uma expressão frequentemente associada a Jack Nicholson, pai do coadjuvante Ray Nicholson, que também participa do filme. Ray destacou que gravou suas cenas apenas em uma única tomada, com um toque de humor sobre como Naomi o preparou para o estilo exigente de Finn, ressaltando a eficiência no set.
A expectativa em torno do futuro da franquia ‘Smile’ é igualmente intensa e otimista. Finn acredita que ‘Smile 2’ é apenas o começo de uma jornada para explorar histórias diversas e variadas que podem emergir desse universo. Ele observa que a recepção do público em relação à sequência será crucial para determinar as direções futuras que a franquia poderá tomar. Com o potencial de desenvolver narrativas que explorem diferentes mundos e realidades, a criação de mais sequências de ‘Smile’ pode se realizar, enriquecendo ainda mais a experiência de terror psicológico no cinema contemporâneo.
Com a iminente estreia marcada para o dia 20, ‘Smile 2’ promete trazer aos espectadores uma mescla de horror, drama e uma crítica aos desafios enfrentados na indústria da música e nos holofotes da fama. O filme, além de ser uma continuação da narrativa do primeiro longa, proporciona uma reflexão sobre o que se esconde por trás do sorriso de uma superestrela pop, abordando temas universais que certamente ressoarão no público. A junção de atrativos do cinema de terror com a complexidade das celebridades modernas se configura como uma estratégia fascinante que pode muito bem estabelecer uma nova era dentro da série ‘Smile’.