A temporada de campanha para as eleições presidenciais de 2024 está esquentando nos campos de batalha cruciais de Arizona e Nevada, onde a disputa entre a vice-presidente kamala harris e o ex-presidente donald trump se tornou um verdadeiro cabo de guerra. Novas pesquisas da CNN, realizadas pela SSRS, revelam que ambos os candidatos estão praticamente empatados entre os eleitores prováveis, em meio a uma diminuição significativa do número de eleitores dispostos a mudar de opinião. Este contexto acirrado pode ter um impacto decisivo em um futuro que parece incerto.

Os dados da pesquisa indicam que harris alcança 48% entre os eleitores prováveis no Arizona, contra 47% para trump, enquanto em Nevada, trump detém 48% e harris 47%. Essas margens estreitas caem dentro da margem de erro de cada pesquisa, o que resulta na ausência de um líder claro em ambos os estados. É uma situação que deve ser vista com atenção, especialmente considerando que uma enorme porcentagem de eleitores já declarou ter votado, o que intensifica a relevância dessas estatísticas.

À medida que a corrida avança, as opiniões dos eleitores sobre quem é o melhor candidato para lidar com as questões mais prementes parecem ter se solidificado. Em termos de atributos-chave, nenhum dos candidatos conseguiu convencer uma massa crítica de eleitores de que é a melhor escolha. As preferências em ambos os estados são, no melhor dos casos, sutis, quando se trata de aspectos como a preocupação pelos interesses da população ou a visão que cada um deles tem para o país.

Com relação ao Nevada, a pesquisa não sinaliza mudanças significativas desde o final de agosto, mas no Arizona, os resultados indicam uma mudança a favor de harris, que agora conta com o apoio dos constituintes democratas centrais, como mulheres, eleitores latinos e jovens. Esse avanço é particularmente pronunciado entre as mulheres, que agora favorecem harris em 16 pontos, enquanto os homens permanecem fiéis a trump, com uma margem de 14 pontos.

Em Nevada, a vantagem de harris com as mulheres é um pouco mais apertada, com 51% apoiando-a em comparação com 46% a favor de trump. Essa margem mais estreita é amplamente impulsionada pela relativa ausência de um fosso de gênero entre eleitores brancos, sendo que trump lidera harris por 15 pontos entre homens brancos e por 12 pontos entre mulheres brancas. Entre os eleitores hispânicos, a divisão é quase igual, com 48% apoiando harris e 47% apoiando trump, embora a vice-presidente mantenha uma ampla vantagem entre os eleitores com menos de 35 anos, onde 53% a apoiam em comparação com 39% para trump.

Os eleitores independentes nesses dois estados estão divididos praticamente de forma equilibrada entre harris e trump. No Arizona, 45% apoiam trump e 43% apoiam harris, um aumento de 6 pontos para a vice-presidente desde agosto. Em Nevada, esse segmento de eleitores independentes também se divide quase igualmente, com 46% para harris e 43% para trump, mantendo a mesma proporção de agosto.

À medida que a corrida para o Senado dos EUA avança, os candidatos democratas parecem ter uma ligeira vantagem. No Arizona, o representante democrata ruben gallego supera a republicana kari lake com 51% a 43%, enquanto em Nevada, a senadora democrata jacky rosen lidera sua candidatura à reeleição contra o republicano sam brown por 50% a 41% entre os eleitores prováveis. Essa situação demonstra a força do partido democrata em ambos os estados, embora a atenção ainda esteja fortemente voltada à corrida presidencial.

Quase invariavelmente, a votação antecipada e por correio já é robusta em ambos os estados, e as pesquisas indicam que 55% dos eleitores prováveis no Arizona e 42% em Nevada afirmam que já votaram. Contudo, no que diz respeito aos votos antecipados, mais republicanos do que democratas se apresentaram nas urnas. No Arizona, isso se traduz em uma vantagem para harris entre os votos já contabilizados, com 53% dos que já votaram a apoiando, enquanto trump conta com 44%. Por outro lado, em Nevada, os votos contabilizados até agora favorecem trump, com 52% contra 46% para harris.

Apesar do intenso movimento de campanha nas últimas semanas, mais de 90% dos eleitores prováveis nas duas localidades afirmam que já tomaram suas decisões quanto a quem apoiar, demonstrando uma fidelidade a seus candidatos. Em ambos os estados, 92% dos eleitores se declaram firmemente decididos, enquanto apenas 8% permanecem abertos a possíveis mudanças.

Quando questionados sobre a importância das posições dos candidatos em relação às questões versus suas qualidades de liderança e abordagem à presidência, os eleitores se mostram quase igualmente divididos. Pouco mais da metade dos entrevistados prioriza as posições sobre os temas (53% em Nevada, 52% no Arizona), enquanto cerca da mesma proporção valoriza as qualidades de liderança (47% em Nevada, 48% no Arizona). É interessante observar que os apoiadores de harris tendem a valorizar mais as qualidades de liderança, ao passo que a maioria dos partidários de trump prioriza as posições em relação às questões que consideram importantes.

As pesquisas também refletem divisões familiares sobre quais candidatos são mais confiáveis em questões específicas, com os eleitores expressando mais confiança em trump para lidar com imigração, economia e política externa. Em contrapartida, harris é admirada por sua abordagem em relação ao direito ao aborto e à proteção da democracia, mantendo uma diferença considerável em sua favorabilidade. Os dados indicam que ambos os candidatos estão longe de serem vistos como totalmente honestos e confiáveis por uma parte significativa do eleitorado, o que deve ser uma preocupação persistente.

Para o futuro, a confiança dos eleitores na precisão da contagem dos votos aumentou desde agosto, com cerca de 80% dos eleitores em Nevada e 75% em Arizona acreditando que a votação será conduzida com precisão. Embora esse otimismo tenha crescido, a desconfiança em relação ao sistema é notoriamente maior entre os eleitores republicanos, em comparação com os democratas, o que provoca um clima de incerteza que se estende a todo o processo eleitoral.

Com entrevistas realizadas entre 21 e 26 de outubro de 2024, a pesquisa incluiu 781 eleitores no Arizona e 683 em Nevada. A margem de erro para os eleitores no Arizona é de 4,4 pontos percentuais e de 4,6 pontos em Nevada, criando um cenário desafiador para ambos os candidatos à medida que se aproximam das urnas.

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