Família anuncia a morte da matriarca da dinastia Kennedy após complicações de um AVC

Ethel Kennedy, viúva de Robert F. Kennedy e reconhecida defensora dos direitos humanos, faleceu em consequência de um acidente vascular cerebral. A informação foi confirmada por um membro da família à CBS News. Ela tinha 96 anos e teve um AVC enquanto dormia em 3 de outubro. Seu neto, Joe Kennedy III, compartilhou a notícia nas redes sociais, descrevendo sua “incrível avó” como uma “mulher forte que viveu uma vida extraordinariamente gratificante”. Em um post publicado na quinta-feira, ele anunciou: “Com nossos corações cheios de amor, anunciamos a passagem de nossa maravilhosa avó, Ethel Kennedy. Ela faleceu esta manhã devido a complicações relacionadas a um AVC sofrido na semana passada. Além de um trabalho a vida inteira em justiça social e direitos humanos, nossa mãe deixa nove filhos, 34 netos e 24 bisnetos, além de numerosos sobrinhos e sobrinhas, todos que a amavam profundamente”.

O legado de Ethel Kennedy na luta pelos direitos humanos

A importância de Ethel Kennedy como matriarca da influente dinastia política dos Kennedy se tornou ainda mais evidente após seu falecimento. Com a morte de seu esposo, Robert F. Kennedy, em 1968 — assassinato que ocorreu durante a celebração de sua vitória nas primárias presidenciais democráticas na Califórnia —, Ethel fundou a Fundação Robert F. Kennedy pelos Direitos Humanos em outubro do mesmo ano, em um gesto que destacou sua dedicação viúva a causas sociais e a necessidade de apoio aos defensores dos direitos humanos ao redor do mundo. O organismo se estabeleceu como um bastião de suporte para promover direitos e justiça, eternizando o legado de Robert e de outros defensores do serviço público.

O presidente Biden, em declaração feita na quinta-feira, ressaltou que Ethel Kennedy “tinha uma coragem impressionante e um coração generoso que inspirou milhões de americanos”. Ele compartilhou que a mesma esteve presente ao lado dele e de seus filhos após a perda de sua esposa e filha, ensinando-lhes “como canalizar a dor para o serviço de um bem maior”. O reconhecimento das ações de Ethel permeia também o âmbito político, onde sua influência se estendeu pela luta por justiça e igualdade.

Nascida em Chicago em 1928, Ethel Skakel Kennedy cresceu em Greenwich, Connecticut, em uma família abastada que se destacou na indústria do carvão. Ela conheceu seu futuro marido, Bobby Kennedy, quando tinha apenas 17 anos, enquanto ele namorava sua irmã, Patricia. O casal se casou em 17 de junho de 1950 na Igreja Católica de St. Mary, em Greenwich. Com um forte interesse pelo serviço público, Ethel e Bobby se dedicaram à campanha presidencial de seu irmão mais velho, John F. Kennedy, em 1960. Durante a presidência de JFK, Bobby atuou como procurador-geral dos EUA.

Após o trágico assassinato de JFK em 1963, Ethel se comprometeu a apoiar a carreira política do marido, até que também fosse tragicamente assassinado em junho de 1968. Embora tenha enfrentado uma série de perdas e tragédias ao longo de sua vida, incluindo a morte de dois filhos, David e Michael, Ethel Kennedy continuou a inspirar e mobilizar a sociedade por meio de seu trabalho em prol da justiça social e organização de campanhas de controle de armas. Em um marco importante de sua vida, foi homenageada pelo presidente Obama com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2014, onde ele ressaltou os esforços extraordinários que ela fez para apoiar causas que eram preciosas para ela.

A influência e a memória de Ethel Kennedy na atualidade

Além de seus feitos como defensora dos direitos humanos, Ethel Kennedy deixa um legado de amor familiar e compromisso com as questões sociais, sendo sobrevivida por nove de seus filhos e um amplo círculo familiar, que muitos também estão engajados em causas públicas e sociais. Entre seus filhos, Robert F. Kennedy Jr. fez uma tentativa de candidatura à presidência em 2024, embora tenha se retirado da corrida para apoiar o ex-presidente Donald Trump. A vida de Ethel foi marcada por uma resiliência admirável diante da dor e pelas conquistas que fez, que a consolidaram não apenas como uma figura histórica na política americana, mas também como um símbolo de luta pela justiça e igualdade.

O falecimento de Ethel Kennedy não é apenas a perda de uma matriarca, mas encerra também um capítulo significativo na história dos ativismos sociais nos Estados Unidos, e sua memória perdurará por meio dos muitos que ela inspirou ao longo de sua vida notável dedicando-se a causas que promovem uma sociedade mais justa.

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