No tumultuado cenário de uma disputa legal acirrada, a cantora e compositora FKA twigs acusou seu ex-parceiro Shia LaBeouf de atrasar o processo de depoimento em meio a seu julgamento por acusações de abuso sexual e físico. Em documentos apresentados no Tribunal Superior da Califórnia, os advogados de FKA twigs levantaram sérias preocupações sobre a conduta do ator em relação a suas obrigações legais, especificamente, que LaBeouf se comportou de maneira evasiva e não colaborativa, apresentando apenas uma quantidade mínima de provas, especificamente apenas nove páginas de documentos. Este alegado comportamento leva a compreender a situação como preocupante, criando uma camada adicional de tensão entre os envolvidos, principalmente considerando as gravosas alegações de abuso feitas por FKA twigs, que se tornaram públicas há mais de dois anos.
Segundo os documentos analisados, FKA twigs descreve LaBeouf como um “agressor”, questionando a integridade das suas alegações de que não possui mais documentos relevantes, justificando que teria perdido ou destruído os dispositivos eletrônicos que continham tais informações antes do início da ação judicial. As alegações da artista indicam que LaBeouf não apenas está atrasando o processo, mas também aparentemente tenta obscurecer partes da sua história, fato que levanta questões sobre sua honestidade durante todo o processo. A sujeição do depoimento de LaBeouf a tal escrutínio reforça o impacto desse caso não apenas nas vidas pessoais dos envolvidos, mas também nas suas carreiras e na percepção pública que se tem deles.
Por outro lado, FKA twigs se posiciona como a parte colaborativa, tendo produzido uma quantidade significativa de documentos e respostas substanciais em tempo. Isso contrasta fortemente com a postura de LaBeouf, que é acusado de “esperar até o último minuto” para responder aos pedidos de depoimento. A situação se tornou ainda mais complicada quando LaBeouf recusou inexplicavelmente a ser deposto primeiro, apesar de acordos anteriores com os advogados de ambos. Essa recusa em atuar de maneira cooperativa, combinada com a necessidade de FKA twigs de planejar com antecedência devido à sua residência no Reino Unido, acaba tornando o processo ainda mais complexo e desgastante.
Os advogados de FKA twigs, em seu discurso, expuseram que a situação estava clara e reiteraram a necessidade de intervenção judicial para evitar mais atrasos que, segundo eles, são irracionais e transtornantes. Eles deixaram claro que esse tipo de comportamento por parte de LaBeouf não diz respeito unicamente a uma disputa sobre quem deve ser ouvido antes. Com isso, a pressão aumenta em torno de LaBeouf, que tem a sua própria defesa sendo mantida, porém, em um tom menos convincente do que suas alegações de evasão. Os advogados de LaBeouf, por sua vez, tentaram diminuir a gravidade do caso, apresentando-o apenas como uma simples disputa de ordens de depoimento, mas as ramificações são muito mais profundas, dado o contexto emocional e as acusações severas.
A agenda do tribunal agora prevê um novo depoimento para o dia 25 de outubro, o que significa que a batalha legal entre os dois continua. Essa situação revive a história do relacionamento deles, que começou em 2018 e terminou em meados de 2019, resultando em um caso legal que expõe não só as alegações de abuso, mas também questões profundas sobre a dinâmica de poder em relações artísticas, cada vez mais debatidas na sociedade contemporânea. No entanto, as revelações vão muito além daqueles que já foram discutidos antes. FKA twigs expressou que o que viveu ao lado de LaBeouf foi a “pior coisa” que já passou em sua vida, e suas declarações accreditam no impacto profundo que a situação causou.
Registro da dor infligida não é novidade para LaBeouf, que, em um recente discurso à mídia, admitiu ter um histórico de ferir pessoas próximas e expressou seu arrependimento, no entanto, negou de maneira veemente cada uma das alegações de assédio que lhe foram atribuídas. A realidade por trás das alegações de FKA twigs transforma essa disputa legal em um caso emblemático que representa não só uma batalha entre dois artistas, mas também uma luta por justiça e verdade em um mundo tão frequentemente marcado por comportamentos predatórios. Com os holofotes ainda voltados para essas questões, o desdobramento do caso pode ter implicações significativas, tanto para as partes envolvidas quanto para seu público, que observa atentamente esse desenrolar judicial repleto de emoções e tensões.
