No universo repleto de figuras icônicas e histórias fascinantes, a atriz e autora Gillian Anderson se destaca não apenas pelo seu talento no palco, mas também pela sua abordagem calorosa e familiar em torno da literatura. Em uma recente entrevista para a série “One Nightstand” da Bustle, realizada no dia 28 de outubro, Anderson, aos 56 anos, nos brinda com um relato íntimo sobre como a leitura é um elo significativo entre gerações em sua família. Essa tradição não se resume a simples momentos de diversão; é uma verdadeira conexão literária que envolve sua mãe, Rosemary, e sua filha, Piper.

Durante a conversa, Gillian revelou que sua mãe, Rosemary, sempre teve um talento especial para ler histórias infantis, contribuindo para o amor à leitura que permeia sua família. “Minha mãe era realmente boa em ler livros infantis e sempre foi”, comentou. Ela acrescentou que seus filhos costumam procurar as avós para que elas leiam para eles, e no caso de Piper, isso se tornou uma prática contínua. Surpreendentemente, a filha de Anderson pediu à avó que continuasse a ler para ela mesmo quando já estava em sua metade dos 20 anos. Este vínculo literário se mantém vivo através de chamadas semanais via FaceTime, onde Rosemary mergulha novamente nos livros, compartilhando com Piper um vasto repertório literário.

Piper, que atualmente tem 30 anos e é filha do ex-marido de Gillian, Clyde Klotz, já demonstrou sua conexão com o universo da atuação. Ela trabalhou no departamento de arte da revitalização de “The X-Files”, série original em que Gillian ganhou notoriedade ao interpretar a agente especial do FBI Dana Scully. A troca de gerações e experiências não para por aí; Anderson também mencionou que foi Piper quem a incentivou a redescobrir o prazer da leitura. “Ela teve essa epifania de que o mundo dos livros era um grande oceano, enquanto eu percebi que nunca experimentei isso”, compartilhou Anderson de forma reflexiva.

Ao longo da entrevista, Gillian não apenas fala sobre suas memórias e tradições literárias, mas também sobre suas escolhas de livros favoritos. Ela destacou algumas obras que a tocam profundamente, incluindo “In the Forest”, de Marie Hall Ets, “Decolonising My Body”, de Afua Hirsch, e os romances “Such a Fun Age”, de Kiley Reid, e “The Coast Road”, de Alan Murrin, cuja adaptação para a televisão ela co-produzirá pela sua produtora, a Fiddlehead Productions, em parceria com a Element Pictures. Gillian enfatizou sua paixão por escalar talentos excepcionais para seus projetos, almejando sempre proporcionar oportunidades para uma diversidade de atores e nacionalidades, buscando expandir horizontes e promover a compreensão.

Após o lançamento de seu livro “Want: Sexual Fantasies by Anonymous” neste ano, Gillian também expressou suas ideias sobre quem gostaria de escalar para o filme baseado em “The Coast Road”. “Eu adoraria Jessie Buckley, possivelmente para [a personagem] Dolores,” disse. Além disso, Anderson revelou seu desejo de trabalhar com Elisabeth Moss, uma atriz com a qual ela tem muita vontade de colaborar. Essa perspectiva de escolher o elenco reflete não apenas seu compromisso com a qualidade da produção, mas também sua busca por representar experiências diversas e significativas, refletindo a realidade que nos cerca.

Em um mundo onde o tempo pode parecer escasso e a conexão familiar por vezes se perde na correria do cotidiano, a história de Gillian Anderson ressoa como um lembrete bonito da importância das tradições e do legado literário. A leitura não serve apenas para transmitir conhecimento, mas também para fortalecer os laços entre diferentes gerações. Quando vemos uma figura como Gillian, que é tão apaixonada por livros e que se esforça para cultivar esse amor em sua família, é impossível não se sentir inspirado a fazer o mesmo. Afinal, será que já estamos prontos para sentar à mesa com um bom livro e compartilhá-lo com nossos entes queridos?

Sem dúvida, Anderson nos dá uma nova perspectiva sobre a leitura: não apenas como uma atividade solitária, mas como uma experiência compartilhada que continua a enriquecer vidas e a conectar corações. Assim, se você ainda não encontrou seu livro favorito ou deseja reavivar o amor pela leitura, talvez seja hora de pegar um exemplar e compartilhar com alguém especial. Não espere pela aposentadoria, como brincou Gillian. O momento é agora.

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