vice-presidente intensifica ataques em erie, pennsylvania, com foco em comentários sobre ‘inimigo interno’

A vice-presidente Kamala Harris planeja realizar um ataque contundente contra seu rival republicano, Donald Trump, em um evento a ser realizado em Erie, na Pensilvânia. Durante essa ocasião, ela utilizará as declarações de Trump, que mencionam a necessidade de lidar com “o inimigo de dentro” no Dia da Eleição, para ilustrar e reforçar a imagem de Trump como uma figura perigosa e instável. Essa estratégia se torna evidente nas últimas semanas da corrida presidencial, onde a campanha de Harris tem se concentrado em delinear de forma mais clara as diferenças entre os candidatos, aproveitando as próprias palavras do ex-presidente, bem como as declarações de seus ex-assessores.

No discurso marcado para a noite de segunda-feira, Harris enfatizará a entrevista de Trump ao Fox News, onde ele expressou que não se preocupava com as ações de seus apoiadores no Dia da Eleição, dizendo que “o problema maior” está no que ele chama de “inimigo de dentro”, referindo-se a “pessoas muito ruins, pessoas doentes e lunáticos da extrema esquerda”. A vice-presidente aproveitará essa ocasião para advertir que as ações de Trump podem comprometer a liberdade do povo americano, indicativos de uma retórica que pode incitar a violência e o extremismo.

A campanha de Harris também lançará um novo anúncio intitulado “Inimigo Dentro”, que destaca Trump reiteradamente utilizando a expressão que provocou tanta controvérsia. O vídeo de 30 segundos inclui depoimentos de dois ex-assessores de Trump, Olivia Troye, que foi assistente do ex-vice-presidente Mike Pence, e Kevin Carroll, um ex-oficial do Departamento de Segurança Interna de Trump. Troye recorda que, em um evento, Trump sugere ações radicais, afirmando: “Eu me lembro do dia em que ele sugeriu que deveríamos atirar nas pessoas nas ruas”. Já Carroll alerta que, se Trump for reeleito, “a segunda administração será pior”, afirmando que “não haverá ninguém para parar seus piores instintos” e que isso representaria um “poder irrestrito” sem limitações.

Além disso, Harris tem a intenção de mostrar aos presentes o que são de fato os comícios de Trump. Essa abordagem é progressista e incomum para um candidato, evidenciando a crença da campanha de Harris de que a exibição direta dos atos de Trump pode danificar suas próprias perspectivas eleitorais. Em debates anteriores, a vice-presidente já incentivou os eleitores a assistirem aos comícios de Trump, utilizando isso como uma estratégia para mostrar ao público a natureza dos discursos e a fadiga que muitos parecem experimentar durante os eventos. “Você verá durante os seus comícios que ele fala sobre personagens fictícios como Hannibal Lecter, e que ele vai comentar que aerogeradores causam câncer. E o que também se nota é que as pessoas começam a deixar seus comícios mais cedo, exaustas e entediadas”, comentou Harris em um debate realizado no mês passado.

Em dias recentes, a campanha de Harris tem dado espaço a vozes republicanas, incluindo Liz Cheney, ex-representante de Wyoming, que têm enfatizado a tentativa de Trump de reverter os resultados da eleição de 2020 e o ataque dos seus apoiadores ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021. Na última semana, ela lançou um anúncio na Carolina do Norte que incluía trechos de um evento de campanha recente com Cheney. “Generais, secretários de Defesa, secretários do Exército, da Marinha e da Força Aérea, ex-diretores da CIA e líderes do Conselho de Segurança Nacional sob presidentes democratas e republicanos, membros republicanos do Congresso e até mesmo ex-oficiais da administração Trump concordam: há apenas um candidato adequado para liderar nossa nação e esse é Kamala Harris,” destaca a narração do anúncio.

Com a proximidade da eleição, as táticas da campanha de Harris se estreitam, demonstrando um esforço significativo para mobilizar o eleitorado, ao mesmo tempo em que busca distancia-se explicitamente do legado de Trump. A vice-presidente, ao sinalizar que as palavras e ações do ex-presidente representam uma ameaça à democracia e à liberdade, reforça sua posição como a aposta mais segura para os eleitores que buscam estabilidade e segurança na liderança do país. O resultado dessas estratégias será crucial nas semanas finais antes da eleição, nas quais cada mensagem e comunicação pode impactar decisivamente a opinião pública.

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