Profissional de segurança pública envolvido em episódio controverso em escola do Minnesota
Um incidente preocupante ocorreu em uma escola de ensino médio em Woodbury, Minnesota, onde um oficial de polícia de Wisconsin, que atuava como professor substituto, foi colocado em licença administrativa após a alegação de que ele reencenou a morte de George Floyd em uma sala de aula. O evento aconteceu no dia 14 de outubro e foi relatado por meio de uma carta da diretora Sarah Sorenson-Wagner, que se tornou pública através da MPR News. Na comunicação, a diretora descreveu os comportamentos do professor substituto, que teriam ocorrido em duas aulas de inglês diferentes, revelando a gravidade da situação.
As alegações indicam que o professor teria colocado um estudante no chão enquanto demonstrava ações violentas que levaram à morte de Floyd em 2020, um caso que gerou ampla repercussão e protestos em todo o país. Em um contexto que ainda é sensível e repleto de significados sociais profundos, a ação do substituto é vista como insensível e inaceitável, especialmente em um ambiente educacional. A diretora enfatizou que o professor substituto foi banido da propriedade do distrito escolar, reafirmando a seriedade da situação e a necessidade de proteção dos alunos diante de comportamentos inadequados.
Além do ato de imitar a morte de Floyd, o professor também foi acusado de agredir um aluno ao torcer seu braço para trás e fazer comentários racialmente prejudiciais, além de contar piadas sexistas. As novas acusações surgiram junto a declarações que desencorajavam o respeito à figura da polícia, ao afirmar que “os policiais seriam os melhores criminosos” por “saberem como se safar de situações”, e a alegação de que a brutalidade policial não existiria. Este conjunto de comportamentos lança uma luz alarmante sobre a conduta esperada dos educadores e gera preocupações quanto ao ambiente de aprendizado que devem proporcionar.
Em resposta à controvérsia, Sorenson-Wagner expressou seu embaraço e arrependimento, afirmando que ações como essas não têm lugar em instituições que visam fomentar um espaço seguro e educativo para os alunos. Ela prometeu que a escola se comprometeria em ouvir as preocupações dos estudantes e criar um espaço que permitisse conversas corajosas que levariam à cura, ação e educação. O incidente não é apenas um reflexo do desrespeito à memória de George Floyd, mas também uma oportunidade de reavaliar práticas pedagógicas e a responsabilidade dos educadores em ensinar valores de empatia e respeito.
Ainda segundo a carta, embora o substituto não tenha sido nomeado, a cidade de Prescott, Wisconsin, rapidamente o identificou como Steve Williams, que atua como policial há dois anos. A cidade declarou que ele também foi colocado em licença administrativa enquanto se conduz uma investigação interna, paralela à investigação da Polícia de Woodbury. O comunicado da cidade enfatizou que as alegações, se confirmadas, são “muito perturbadoras e repreensíveis”, não condizendo com os valores da comunidade ou da força policial. As autoridades expressaram suas mais profundas simpatias ao Distrito Escolar de South Washington, aos funcionários e alunos, reconhecendo o impacto que um incidente desse tipo pode ter em um ambiente educacional.
O episódio reitera a importância de uma discussão contínua sobre as consequências potenciais da brutalidade policial e a necessidade urgente de promover uma cultura educacional que desafie comportamentos degradantes e promova a empatia e o entendimento mútuo. A morte de George Floyd, que se tornou um símbolo na luta contra a violência policial e o racismo sistêmico, continua a ressoar na sociedade, exigindo que simultaneamente haja respeito, educação e empoderamento em todos os níveis institucionais.