Chegada dos pandas em Washington Marca Retorno Após 24 Anos

A Importância dos Pandas na Diplomacia e no Turismo

Washington, DC – A chegada de dois pandas gigantes da China a Washington, D.C., simboliza um momento de renovação nas relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a China. Os novos “diplomatas peludos”, Bao Li e Qing Bao, que têm apenas três anos, desembarcaram na manhã de terça-feira no Aeroporto Dulles, marcando a primeira vez em 24 anos que a capital dos EUA recebe novas reservas desse icônico símbolo da conservação. A aeronave cargueira, com o curioso nome de “Panda Express”, trouxe os jovens pandas em um ambiente de segurança reforçada e cobertura massiva da mídia, refletindo o histórico impacto que tais animais têm na interação entre nações.

Após o desembarque, os pandas foram cuidadosamente transportados em caixas metálicas para garantir sua segurança e conforto. A chegada dos pandas ao Smithsonian’s National Zoo está baseada em um acordo de empréstimo de dez anos, pelo qual o zoológico pagará anualmente um milhão de dólares. Esses recursos são destinados a apoiar os esforços de conservação na China, um compromisso que exemplifica a colaboração contínua entre os dois países, mesmo em tempos de tensão política e econômica. A última dupla de pandas que estava no zoológico, composta por Mei Xiang, Tian Tian e seu filhote, retornou à China em novembro do ano passado, deixando os visitantes nostálgicos e a exibição de pandas do zoológico vazia por praticamente um ano.

A história de Bao Li é particularmente fascinante, pois ele é descendente direto de pandas que viveram no Zoológico Nacional. Sua mãe, Bao Bao, nasceu no zoológico e foi um verdadeiro ícone durante sua estadia, até retornar à China após quatro anos. Os avós de Bao Li, também pandas icônicos, habitaram o zoológico por 23 anos antes de sua partida. Mariel Lally, uma cuidadora de pandas do zoológico, compartilhou que Bao Li possui uma personalidade vibrante e extrovertida, o que promete cativar os visitantes. “Ele é muito enérgico e adora interagir com as pessoas”, disse Lally, destacando que o panda tem tudo para se tornar o novo queridinho do público assim que o zoológico reabra para visitas.

Em contraste com a exuberância de Bao Li, suas movimentações, a panda Qing Bao, demonstra um temperamento mais reservado e introvertido. Segundo Lally, Qing Bao prefere passar seu tempo em sua estrutura de escalada ou descansando em árvores, evidenciando um comportamento muitas vezes distantes, que contrasta com a natureza sociável de seu companheiro. “Ela é bastante independente e adorável do seu próprio modo”, acrescenta Lally. “As pessoas com certeza irão apreciar sua delicadeza, pois ela é menor em comparação à maioria dos pandas.” A diversidade de personalidades nos dois pandas promete oferecer aos visitantes uma experiência única e memorável no zoológico.

O Smithsonian’s National Zoo, reconhecido por ser pioneiro na exibição de pandas nos Estados Unidos, representa um marco na diplomacia dos pandas que começou em 1972, durante a visita histórica do presidente Richard Nixon à China. O envio de arrancou entusiásticas recepções da população americana e atraiu milhares de visitantes desde o início. Desde aquela época, os pandas se tornaram uma atração icônica, incutindo um senso de carinho e apreço que transcende fronteiras.

Antes da partida dos pandas de Dujiangyan, uma equipe do Smithsonian se aventurou na China para ajudar na transição. Durante a quarentena, Bao Li e Qing Bao foram monitorados de perto, e suas dietas foram ajustadas conforme suas preferências alimentares. Enquanto Bao Li se delícia com brotos de bambu, podendo consumir o dobro do que Qing Bao, que prefere cenouras e maças, as diferenças alimentares ressaltam a individualidade de cada panda. O processo de preparação para o longo voo incluiu treinamentos específicos, assegurando que os pandas se adaptassem bem à nova experiência, longe de suas famílias.

Durante a cerimônia de despedida organizada em Dujiangyan, Brandie Smith, diretora do zoológico, ressaltou a importância da colaboração entre os Estados Unidos e a China na conservação das espécies. “Esses amados ursos são ícones em Washington, D.C., e também são adorados globalmente”, enfatizou Smith, expressando otimismo sobre o impacto positivo que Bao Li e Qing Bao terão na promoção do bem-estar dos pandas e das relações bilaterais. A chegada dos novos pandas traz um sopro renovado de esperança para os defensores da conservação e os amantes de pandas, bem como uma sutil promessa de um futuro mais colaborativo entre as duas potências mundiais.

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