A banda 98 Degrees, formada por Nick Lachey, Jeff Timmons, Drew Lachey e Justin Jeffre, traz à tona suas memórias e experiências em meio ao fenômeno das boy bands nos anos 90, em entrevistas para o novo documentário da Paramount+, intitulado “Larger Than Life: Reign of the Boybands”. Esse documentário explora o contexto da música pop na época e como grupos como 98 Degrees, com um enfoque mais voltado para R&B, se viram surpresas dentro deste movimento que dominou as paradas musicais e os corações dos fãs ao redor do mundo. Nick Lachey, em um tom descontraído e reflexivo, compartilha suas considerações sobre a categorização do grupo como uma boy band, revelando que, a princípio, eles relutavam em assumir esse rótulo.

“O termo boy band foi algo que hesitamos muito em aceitar no início. Nunca nos consideramos uma boy band, pelo menos na acepção convencional”, diz Lachey, hoje com 51 anos. Ele enfatiza como a banda inicialmente resistiu à ideia de se encaixar nesse estereótipo. Contudo, a realidade é que, em meio ao redemoinho do sucesso massivo de grupos como o Backstreet Boys e *NSYNC, eles perceberam que estavam, de certa forma, se beneficiando dessa onda. “Passamos a entender que era um movimento que estava em curso e provavelmente tivemos a sorte de sermos levados por essa correnteza”, completa o cantor.

O Desapego Das Expectativas E O Envolvimento Com O Público

Jeff Timmons, também com 51 anos, corroborou as palavras de seu companheiro, ressaltando que a intenção original da banda era se apresentar genuinamente como um grupo de R&B autêntico e que, sem dúvida, foram influenciados por ícones do gênero, como Boyz II Men. Ele explica que a primeira estratégia de marketing pensada pela gravadora almejava destacar as características rítmicas e vocais da banda, mas a efervescência em torno das boy bands fez com que os produtores revissem essa abordagem. “Quando nossa gravadora percebeu a febre que envolvia as boy bands, pensou: ‘Ei, temos nossa versão de um grupo pop assim’”, comenta Timmons. Apesar da resistência inicial, os integrantes consideraram que abraçar essa nova identidade poderia não ser uma iniciativa ruim. “A princípio pensamos: ‘Talvez não seja uma ideia tão ruim’, e fomos adiante”, enfatiza.

A Identidade E O Estilo Próprio De 98 Degrees

Rindo sobre suas experiências passadas, Timmons observa que, enquanto outros grupos da época investiam fortemente em coreografias elaboradas, eles não tinham o mesmo interesse. Ele brinca dizendo que, àquela altura, as boy bands eram definidas por suas habilidades de dança, e a 98 Degrees não seguia essa fórmula. “O conhecimento que tínhamos sobre dança era bastante limitado. Sempre brincamos dizendo que éramos a boy band que não dançava”, revela. De fato, o grupo nunca passou por audições ou aulas formais de dança. Eles reuniram-se em busca de um sonho: cantar e serem ouvidos. Destes esforços, vieram a ser descobertos e catapultados para o estrelato, enquanto navegavam por um cenário musical que mudava rapidamente e exigia adaptações constantes.

Hoje, com o lançamento do documentário, os fãs podem revisitá-los enquanto compartilham histórias sobre como foi o crescimento nesse ambiente musical repleto de tanto glamour e pressão. Um lembrete de que, mesmo quando as coisas não seguem o plano original, às vezes o destino tem um jeito divertido de levar as pessoas aonde precisam estar. Para saber mais sobre a ascensão de 98 Degrees e mesclar essas histórias com outras boy bands, o documentário “Larger Than Life: Reign of the Boybands” já está disponível para streaming no Paramount+.

Reflexões Finais Sobre O Emaranhado Do Sucesso Na Música Pop

Em conclusão, a trajetória de 98 Degrees é um testemunho da flexibilidade e adaptabilidade necessárias no mundo da música. De um início hesitante como um grupo que não queria ser chamado de boy band a assumir esse título com irreverência, a narrativa de Lachey e Timmons ressoa com muitos que tiveram que encontrar seu lugar sob os holofotes. Na indústria musical, cada passo conta, e a aceitação do inesperado pode abrir portas para possibilidades que nunca foram consideradas. A música é uma jornada e, como essa grande boy band do R&B demonstrou, é importante dançar ao som da sua própria melodia, mesmo que o mundo esteja clamando por coreografias bem ensaiadas.

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