Kelsea Ballerini, 31 anos, não se contenta em apenas ser uma artista musical; ela também busca provocar mudanças significativas no espaço da música country, destacando a importância de ser uma boa pessoa, acima de tudo.
Kelsea Ballerini, 31 anos, não se contenta em apenas ser uma artista musical; ela também busca provocar mudanças significativas no espaço da música country, destacando a importância de ser uma boa pessoa, acima de tudo.
A carreira de Kelsea Ballerini, que se estende por mais de uma década, a colocou como uma potência na indústria musical. Com cinco álbuns lançados, incluindo seu mais recente ‘Patterns’, lançado em 25 de outubro, Ballerini conquistou quatro indicações ao Grammy e sete sucessos no Top 10 da Billboard Hot Country. No entanto, além de seu sucesso comercial, ela ganhou destaque por suas opiniões políticas, que muitas vezes não encontram apoio em um meio que, em geral, é resistente a progressões mais ousadas.
Apesar de enfrentar a resistência, Ballerini segue firme em sua missão de promover a mudança na música country, inspirando-se em artistas como The Chicks, que já se opuseram à norma do gênero. Um exemplo recente foi sua performance nos CMT Music Awards de 2023, onde trouxe Drag Queens ao palco, desafiando a legislação anti-drag que está em voga em diversos estados, incluindo o Tennessee.
“Há tanta intolerância no mundo que se tornou ensurdecedora e essa foi minha primeira experiência de sentir isso indiretamente. Isso me fez acordar para a importância de estar verdadeiramente alinhada e ser uma boa pessoa antes de tudo”, desabafou Ballerini durante uma entrevista.
Em uma entrevista recente via Zoom, ela se abriu sobre seu desejo de usar sua plataforma para defender os direitos das mulheres e da comunidade LGBTQ+, o que, segundo ela, é essencial em sua jornada artística e pessoal.
O que você aprendeu sobre si mesma na última década, desde o lançamento do seu álbum de estreia até agora?
“O que eu não aprendi nessa década? Acho que o que me move nunca mudou, mas o restante da minha vida é irreconhecível. A parte que mais amo no que faço é escrever canções. É isso que me faz dormir tranquila à noite. Um dia, quando o rádio parar de tocar minhas músicas e as casas de show forem diminuindo, eu ainda poderei ser uma compositora pelo resto da minha vida”, enfatizou a artista.
Houve alguma canção no álbum ‘Patterns’ que é especialmente significativa para você?
“’Sorry Mom’ foi uma das primeiras que escrevi com as mulheres que produziram o álbum, então, para mim, possui muito valor. É uma forma de honrar não só minha mãe, com quem sou muito próxima, mas também a fase da nossa relação adulta. É uma canção de vulnerabilidade e sinceridade que representa um marco importante para mim”, afirmou.
Como você lida com seu processo criativo de composição de canções?
“Comecei a compor com 12 anos, quando meus pais se separaram. Eu sou filha única, então precisava de um espaço para colocar todas aquelas emoções densas. A composição é o que eu amo fazer”, revelou Ballerini.
Por que é tão importante para você usar sua plataforma para defender os direitos das mulheres e da comunidade LGBTQ+?
“Por muito tempo, eu tive medo de me manifestar. Mas então me perguntei: se estou incomodando pessoas ao dizer algo com o que realmente concordo, são essas as pessoas que eu quero que venham aos meus shows? Provavelmente não. E os mais barulhentos que ficam bravos comigo são aqueles que nunca viriam de qualquer forma”, ponderou Ballerini.
Como você navega entre sua vida pessoal e pública, especialmente o que escolhe compartilhar com seus fãs?
“Isso varia sempre. Estamos em um relacionamento em que ambos somos parceiros, e isso exige esforço e muitas conversas sobre como nos sentimos e o que estamos dispostos a compartilhar”, conta.
A artista também revelou que adoraria se desconectar do mundo digital para cuidar da sua saúde mental e emocional, afirmando que preparar uma boa refeição é uma maneira de encontrar prazer simples na vida.
Se você tivesse que descrever o que faz de Kelsea Ballerini ser Kelsea Ballerini, o que diria?
“Provavelmente o fato de que sou uma dupla virginiana com a lua em câncer. Isso definitivamente me define!”