A campanha da vice-presidente Kamala Harris se uniu a Oprah Winfrey para acabar com os rumores que surgiram esta semana, após um relatório que indicava erroneamente que a equipe da vice-presidente havia pago pelo menos uma celebridade por um endosse, insinuando que outras estrelas que apoiaram sua breve candidatura à presidência também foram compensadas.

Os rumores começaram a se espalhar sobre supostas transações financeiras, especialmente envolvendo Oprah, que teria sido paga por seu apoio a Harris. A especulação surgiu após uma reportagem do Washington Times na segunda-feira, mencionando registros da Comissão Eleitoral Federal, que mostraram um pagamento de US$ 1 milhão à Harpo Productions de Winfrey. Esse valor teria sido parte de um total de US$ 20 milhões pagos a empresas de produção de mídia para eventos, sendo que o papel de várias dessas empresas era considerado “incerto”.

Após Winfrey ter negado categoricamente a veracidade da acusação na quarta-feira, representantes da campanha de Harris iniciaram uma ofensiva, conversando com veículos de notícias para corrigir as informações e assegurar que o público compreenda as nuances das leis de financiamento de campanhas, que exigem esses pagamentos à Harpo Entertainment e outras empresas de produção.

“Nós não pagamos. Nunca pagamos qualquer artista e performer”, afirmou Adrienne Elrod, conselheira sênior e porta-voz da campanha de Harris. Ela acrescentou que, de fato, eles são obrigados a pagar “por quaisquer custos auxiliares para essa performance”, o que pode incluir desde deslocamento até pagamentos a músicos e produtores. “Existem leis que precisam ser cumpridas, e seguimos à risca essas normas nesta campanha”, explicou.

Um e-mail enviado pela The Hollywood Reporter à campanha de Harris em busca de comentário na sexta-feira não teve retorno imediato.

De acordo com a legislação dos EUA, corporações como a Harpo e outras mencionadas pelo Times estão proibidas de fazer doações diretas à campanha de um candidato. Se isso ocorrer, a campanha deve reembolsar qualquer quantia doada. Isso se aplica tanto a doações em dinheiro quanto a custos de produção e outras despesas relacionadas à realização do evento.

Em apoio à campanha de Harris, Winfrey organizou um evento ao vivo com várias celebridades em meados de outubro e, como destacado no artigo do Times, o cheque de US$ 1 milhão em questão foi enviado para a Harpo Productions no dia 15 de outubro, conforme revelado por registros da FEC. O evento, como Winfrey escreveu em uma seção de comentários em um post no Instagram, foi produzido pela sua empresa. Todos os detalhes, desde a iluminação até a equipe de apoio e os móveis utilizados, foram custeados pela Harpo — razão pela qual o pagamento teve lugar em torno da época do evento.

“Eu não fui paga nem um centavo” afirmou Winfrey, esclarecendo que não está preocupada com os rumores, mas precisa desmenti-los antes que cresçam. Em uma mensagem em resposta à indagação de um repórter do TMZ, Winfrey afirmou categoricamente que “minha dedicação e meu tempo foram a forma como apoiei a campanha. Para o evento transmitido ao vivo em setembro, minha produtora Harpo foi solicitada a providenciar o design do cenário, luzes, câmeras, equipe, produtores e todo o resto necessário (incluindo os bancos e cadeiras que usamos) para realizar a produção ao vivo. Não recebi nenhuma taxa pessoal. No entanto, as pessoas que trabalharam na produção precisavam ser pagas. E é isso. Fim da história”.

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