A carreira de Chandler Kinney, que ganhou destaque interpretando a lobisomem Willa na franquia da Disney, Zombies, revela os desafios enfrentados por artistas em ascensão, especialmente em relação à percepção de próprio talento. Durante uma conversa descontraída no podcast “The Squeeze”, com os colegas Taylor Lautner e Taylor “Tay” Lauter, Kinney compartilhou detalhes íntimos sobre sua experiência ao gravar músicas para o famoso filme musical, revelando um lado vulnerável que muitos podem relacionar.
Nunca tendo atuado em um papel que envolvesse canto anteriormente, Kinney expressou como a ideia de interpretar uma líder de matilha de lobisomens a aterrorizou. A jovem atriz, agora com 24 anos, recorda aos ouvintes do podcast que tinha uma imagem negativa de si mesma em relação à sua habilidade vocal, afirmando que se sentia “convença de que não conseguia cantar, que não conseguia manter uma melodia e que era surda musicalmente”. A crítica interna que ela enfrentou a fez acreditar que seria melhor não abrir a boca.
Após gravar sua primeira canção intitulada “Flesh & Bone”, Kinney compartilhou que a experiência foi extremamente emocional. “Eu me lembro de ir ao banheiro do estúdio e simplesmente chorar. Tranquei-me na cabine e deixei tudo sair. Pensei que estava horrível e que seria demitida”, relatou Kinney. Essa explosão emocional ilustra não apenas as incertezas que muitos artistas sentem, mas também como esses medos podem crescer e se intensificar, levando a crises internas de confiança.
Kinney ressaltou que essa superação do medo de cantar foi um dos principais motivos que a motivaram a se envolver com os filmes da franquia Zombies. A encarada corajosa ao medo lhe proporcionou um crescimento significativo no campo pessoal e profissional. “O elemento cantor foi um grande bloqueio mental para mim. Sabia que queria enfrentar esse medo, e não fugir dele”, revelou a atriz, enfatizando a importância de se desafiar.
Ela descreveu a transição como uma montanha-russa emocional, mas que, ao olhar para trás, considera “insano” o sucesso alcançado pelo videoclipe “Flesh & Bone”, que já acumulou mais de 256 milhões de visualizações no YouTube. “É louco. As crianças adoram a música”, comentou Kinney, clara em sua admiração pelo impacto que suas canções tiveram sobre o público jovem.
Durante o podcast, Kinney também discutiu a persistência do sentimento de impostor que acompanha muitos artistas, incluindo ela mesma. Quando questionada se ainda lutava contra essas inseguranças, Kinney respondeu: “Com certeza, uma pequena dose de síndrome do impostor que ainda estou superando, e isso se aplica a tudo”. Apesar disso, ela se sente um pouco mais à vontade ao gravar, reconhecendo que estar em um estúdio, ouvindo sua própria voz, são pequenos passos que devem ser celebrados como vitórias.
Esta jornada no estúdio continua a ser desafiadora para Kinney. “Quando entro no estúdio e consigo bloquear a voz negativa, digo a mim mesma que isso foi uma vitória”, comentou ela, destacando que embora tenha estado em três filmes e em uma série animada, o sentimento de insegurança ainda é algo que a persegue. Com cada nova experiência, Kinney se dedica a transformar seus medos em conquistas, lembrando a todos nós que a estrada da autoconfiança pode ser longa, mas é cheia de aprendizado e autodescobrimento.
A trajetória de Chandler Kinney é um lembrete inspirador de que mesmo aqueles que parecem ter tudo sob controle enfrentam batalhas internas. A superação de suas ansiedades em relação ao canto serve como uma lição valiosa sobre a importância de reconhecer e aceitar nossas inseguranças, transformando-as numa base para crescer e se desenvolver de forma autêntica no mundo das artes.