[Esta notícia contém spoilers do The Penguin na temporada final.]

Rumores sobre a saída de Colin Farrell de The Penguin foram amplamente exagerados. O ator irlandês havia mencionado, em uma conversa anterior, que estava cansado da rotina de sofrimento e horas no estilista, somando mais de três horas nas cadeiras de maquiagem para dar vida ao icônico vilão do Batman, afirmando, “Eu nunca quero colocar essa porra de traje e cabeça novamente.” Contudo, esses comentários foram feitos antes que The Penguin estreasse e recebesse aclamação da crítica e fez sucesso entre os fãs, demonstrando a força e a demanda do público para uma segunda temporada.

A série, que foi descrita como um drama policial aclamado, conquistou altas audiências na HBO, superando as expectativas, e gerando um burburinho significativo sobre chances de awards para o ator e seus colegas de elenco. A performance de Farrell foi especialmente elogiada, com muitos acreditando que sua encarnação de Oswald Cobblepot mexeu com a imaginação de milhares ao longo da temporada de televisão.

Em uma recente entrevista ao The Hollywood Reporter, o ator não poupou elogios ao trabalho realizado e disse estar “aberto” à ideia de continuar explorando seu personagem, contanto que o roteiro seja “muscular e tão forte ou mais forte do que na primeira temporada.” É importante ressaltar que para Farrell, a principal medida de sucesso está diretamente ligada à percepção do público: “Para mim, a barra de sucesso não é muito alta. É, ‘A maioria das pessoas gosta?’ — apenas a simplicidade disso. Eu adoro estar em coisas que são aclamadas pela crítica; é muito melhor do que o contrário — mas eu estive por aqui o suficiente [para saber] que é o público que realmente são os críticos mais importantes.”

A primeira temporada de The Penguin apresentou a história brutal do chefe do submundo, Oz Cobblepot, e como ele se elevou ao poder. Inicialmente, a produção foi idealizada como uma série limitada, destinada a fazer uma transição entre o filme The Batman de 2022 e a sequência planejada, The Batman Part II, em 2026. Contudo, o estrondoso sucesso motivou discussões entre o criador Matt Reeves e a showrunner Lauren LeFranc com a HBO para dar seguimento ao projeto. Não seria a primeira vez que uma série limitada ganharia vida nova após um desempenho forte com o público, já que produções como The White Lotus e Shogun seguiram o mesmo caminho após começarem como séries limitadas.

Entretanto, retornar a Gotham City para Farrell envolve custos. Não se trata apenas do trabalho meticuloso de maquiagem, mas também da profunda transformação que ele precisa passar para se adequar ao papel do gordo gangster newyorkino, mergulhado em uma escuridão moral. Farrell adotou um método intenso, permanecendo em personagem durante toda a sua jornada de filmagens, o que o levou a vezes a ser quase irreconhecível até mesmo para os colegas de trabalho. Para garantir essa imersão, ele até usava uma máscara de esqui quando não estava em cena, para manter sua aparência em segredo.

“Colin é uma pessoa realmente bonita e empática,” declarou Reeves ao THR. “E viver nessa escuridão, e acima disso, ter todo aquele látex colocado dia após dia, eu sei que, apesar de ele amar o personagem, também foi uma espécie de inferno ao mesmo tempo.” مؤلم.

Durante uma conversa virtual com o ator, que ocorreu em seu quarto de hotel em Dublin, Farrell demonstrou como é diferente de Oswald Cobblepot na realidade, narrando uma recente maratona que correu, empurrando uma amiga em uma cadeira de rodas durante os últimos dois quilômetros do percurso. Durante a conversa, Farrell explorou o profundo psicológico de Oz, suas cenas favoritas da temporada e o que os fãs podem esperar de The Batman Part II.

Dentro deste contexto, ele compartilhou detalhes sobre o que realmente motivou seu intenso compromisso com a personagem: “Minha mão foi forçada, de certa forma. Se você colocar as mãos sobre o rosto e pressionar, é basicamente como me sentia o dia todo. Então eu estava constantemente ciente disso, e a única maneira de aceitar essa consciência a ponto de me tornar inconsciente foi fazer uma versão de permanecer em personagem. Falar no meu próprio sotaque parecia um esforço maior do que apenas chamar de ‘Oi, como você está?'”. A profundidade da nacionalidade e da experiência de Oz fez com que a abordagem do papel tivesse que ser zelada, já que Farrell se via frequentemente lutando com a sensação de opressão e como autenticidade poderia ou não se manifestar na sua atuação.

Ao longo da conversa, Farrell também explicou que na verdade ele nunca quis abandonar o personagem, embora suas palavras pudessem ter parecido desencorajadoras naquele momento tenso. “Um escritor pegou isso fora de seu contexto energético. Eu estava reclamando a quem quisesse me ouvir. Eu sou esse tipo de cara, que fala em tom de ‘Estou ansioso para terminar isso’ — esse tipo de coisa. Eu realmente fico ansioso ao pensar em ficar sentado na cadeira por horas. Mas sempre adorei o material e nunca perdi a perspectiva do privilégio que sinto ao representar um personagem que viveu tanto tempo nas histórias em quadrinhos de forma original e, em seguida, em várias iterações na televisão e no cinema.”

Farrell ainda garantiu que não tem expectativas sobre o que o futuro reserva para o personagem em The Batman Part II, mas está ansioso para o que está por vir: “Fui informado de que terei cinco ou seis cenas. Eu não tenho esperanças ou expectativas. Eu realmente sou um livro aberto, e é dessa forma que eu me deixo animar ou não.” Essa expectativa em relação ao desenvolvimento do personagem reflete a evolução que Oz experimentou durante a primeira temporada.

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The Penguin está disponível para transmissão com todos os episódios na Max. É uma oportunidade imperdível para ver como a jornada de Oz, cheias de reviravoltas e complexidade emocional, se desdobra no submundo de Gotham.City.

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