A difícil transição para a vida com diabetes tipo 1 é uma realidade que muitos jovens enfrentam, e Shelomi Sanders, a filha mais nova do renomado ex-jogador de futebol e beisebol Deion Sanders, sempre quis compartilhar sua experiência para ajudar outros que estão passando por situações semelhantes. Em uma conversa franca em alusão ao Mês Nacional de Conscientização sobre Diabetes, Shelomi, que atualmente estuda na Universidade A&M do Alabama, revelou como se sentiu ao receber seu diagnóstico e como essa condição influenciou sua carreira no basquete. Com apenas 13 anos, ela foi diagnosticada com diabetes tipo 1, uma doença que exige a administração constante de insulina devido à incapacidade do corpo em produzi-la naturalmente. Este episódio marcante em sua vida não apenas moldou sua saúde, mas também a fez refletir sobre sua identidade e suas responsabilidades desde tenra idade.

Aos 20 anos, Shelomi revela cómo, quando recebeu o diagnóstico, um misto de emoções a envolveu, desde a insegurança até a descrença. “Era uma responsabilidade que eu não esperava ter tão jovem”, compartilha, destacando a maneira como se sentia constrangida em relação a suas necessidades médicas. O diagnóstico de diabetes tipo 1, que costuma se manifestar rapidamente em crianças, trouxe à tona sintomas como perda de peso acentuada e uma sede intensa, segundo o que especialistas da Clínica Mayo elucidam. Em certos momentos, ser jovem e conviver com essa condição era muito desafiador, levando-a a esconder seus dispositivos e até a se afastar de outros durante as injeções. No entanto, como a própria Shelomi mencionou, essa realidade evoluiu ao longo dos anos, transformando sua abordagem em relação à sua saúde e à sua vida.

Decidida a ajudar a desmistificar a diabetes e apoiar aqueles que enfrentam desafios similares, Shelomi começou a compartilhar sua história publicamente. “Um dia, eu simplesmente decidi fazer um vídeo explicando como funcionam meus dispositivos e tudo o que já passei. Desde então, tenho recebido muito amor”, contou. Com isso, a atitude da jovem foi um divisor de águas, permitindo que ela aceitasse e abraçasse sua condição de uma maneira que ela nunca imaginou ser possível.

Como atleta e membro do time feminino de basquete de sua universidade, Shelomi conta com um forte sistema de apoio que é vital para que consiga integrar suas necessidades de saúde com sua paixão pelo esporte. Ela utiliza um sistema de monitoramento de glicose que é ligado a um aplicativo, o Dexcom, o que permite que seus treinadores e familiares acompanhem seus níveis de açúcar no sangue. “Eles sempre se certificam de que eu tenha tudo o que preciso durante os treinos e competições. Isso facilita muito as coisas”, diz, referindo-se ao suporte que recebe de seus colegas e treinadores que se preocupam com seu bem-estar.

Além de receber apoio constante, Shelomi se sente satisfeita ao notar o interesse de suas colegas de equipe em aprender sobre diabetes. Esta troca de experiências é um momento para ela tanto de aprendizado quanto de conscientização. “É engraçado que elas queiram saber mais e façam perguntas. Isso é um sinal de que elas se importam”, disse Shelomi, evidenciando a importância desses diálogos na luta contra o estigma associado à diabetes. Em suas respostas, ela busca dissipar a desinformação associada à condição, já que na infância enfrentou comentários inadequados sobre suas limitações e capacidade atlética.

Em meio a desafios diários, Shelomi mantém sua motivação ao acreditar que é uma inspiração para outros que vivenciam a realidade do diabetes tipo 1. “Sempre que me sinto frustrada, lembro que existem outras pessoas como eu por aí. Elas não desistem, então eu também não vou desistir. Tenho jovens que me admiram, e isso me motiva a continuar”, comentou. Sua filosofia de que “o sol sempre vai nascer” simboliza a esperança e a persistência em seguir avante, não importando as dificuldades que possam surgir.

A participação de Shelomi no programa Dexcom U, um projeto que permite que ela sirva como mentora para atletas mais jovens com diabetes, ajudou-a a cultivar uma verdadeira comunidade de apoio. “Anteriormente, eu era muito reservada, mas agora posso me conectar e compartilhar histórias e risadas. A experiência de mentorar é fascinante”, relatou, destacando a reciprocidade no aprendizado que ocorre entre mentor e mentorado. “Aprendi muito com meus pupilos. Eles me mostram que a diabetes não é um fardo, mas sim uma parte de quem somos”, afirmou.

Finalmente, para Shelomi Sanders, viver com diabetes tipo 1 deixou de ser um peso, transformando-se em uma parte da sua identidade que ela agora celebra. “Isso faz parte de mim, e aprendi a abraçar isso. Nunca pensei que estaria trabalhando com a Dexcom para promover a conscientização. É uma verdadeira bênção”, concluiu, ressaltando seu desejo de que mais pessoas que enfrentam a diabetes possam também construir essa mentalidade positiva.

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