Em um cenário cada vez mais dinâmico e exigente, gerenciar dados se tornou uma tarefa crucial para empresas de todos os tamanhos e setores. Em 2020, durante a pandemia, três engenheiros, Nicolas Orban, Stéphane Derosiaux e Stéphane Maarek, se depararam com as limitações do Apache Kafka, uma ferramenta amplamente usada para gerenciar fluxos de dados em tempo real. Mesmo em tempos de apressada adoção de serviços na nuvem, o Kafka deixou a desejar e não atendia às necessidades de escalabilidade das empresas. “Muitas empresas estavam encontrando dificuldades para ampliar suas operações de dados”, commenta Orban. “E elas lutavam para aproveitar o pleno potencial de seus dados, deixando vastas quantidades não utilizadas ou isoladas.”
Face a essas frustrações, Orban, Derosiaux e Maarek buscaram uma solução não convencional. Ao invés de simplesmente descartar o Kafka, decidiram aprimorá-lo com ferramentas adicionais. Assim nasceu o Conduktor, um projeto que evoluiu de uma ideia incipiente para uma plataforma robusta de gestão de dados em streaming. O foco do Conduktor é atuar como um verdadeiro guardião dos dados, filtrando e interceptando informações antes que elas alcancem seu destino final. De acordo com Orban, o objetivo é evitar a contaminação das aplicações posteriores com o que ele chama de “dados ruins”, que incluem informações corrompidas, distorcidas ou incompletas. Isso é especialmente relevante em contextos como análises em tempo real ou manutenção preditiva.
a evolução e funcionalidade do conduktor
O Conduktor se apresenta como uma solução não apenas para empresas que lutam contra a explosão de dados, mas também para aquelas que enfrentam barreiras técnicas ao escalar operações de dados em tempo real. Atualmente, a plataforma é utilizada por grandes corporações, já que essas são as mais impactadas por esses desafios. Com o Conduktor, as empresas podem monitorar seus fluxos de dados ou compartilhá-los com terceiros através do Conduktor Share, uma funcionalidade que permite que organizações ofereçam streams específicos externamente para licenciamento de dados. Além disso, a ferramenta opera na infraestrutura da empresa, implementando controles de acesso e mascaramento de dados, o que garante conformidade com regulamentações como a GDPR.
Recentemente, o Conduktor levantou US$ 30 milhões em uma rodada de financiamento da Série B, liderada pela RTP Global, com a participação de empresas como Ansa, M12—o fundo de investimentos da Microsoft— e Accel. Esse novo aporte eleva o total de capital levantado pela startup nova-iorquina para US$ 52 milhões. Isso representa um marco significativo, que irá impulsionar a expansão da empresa e o desenvolvimento de novos produtos. O mercado de gestão de dados está em franca ascensão, e a demanda por plataformas de gestão de dados empresariais é crescente, a julgar pelo relatório da Fortune Business Insights, que estima que o mercado de processamento de streams deve crescer para US$ 185 bilhões até 2032.
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Embora o Conduktor enfrente concorrência de outras startups no mesmo nicho, como a Immerok, seus resultados têm sido promissores. Nos últimos doze meses, a startup triplicou sua receita recorrente anual, um indicador claro de sua popularidade crescente no setor. Entre seus clientes estão gigantes como DraftKings e Lufthansa, e a empresa projeta dobrar sua equipe de 60 funcionários até 2026. Orban enfatiza que “como o streaming é inevitável para a inovação digital, a demanda por plataformas de gestão de dados empresariais continua a crescer”. Essa visão destaca a importância da adaptação e inovação no gerenciamento de dados, assumindo um papel central na transformação digital das empresas contemporâneas.
Com a evolução contínua do ambiente tecnológico, espera-se que ferramentas como o Conduktor ofereçam soluções cada vez mais eficazes e adaptáveis. A preocupação com a qualidade e segurança dos dados é mais relevante do que nunca, e as empresas estão cada vez mais conscientes da necessidade de filtrar e proteger suas informações nesse cenário em rápida mudança. Assim, fica a pergunta: seu negócio já está preparado para a era do streaming e da gestão eficaz de dados?