A renomada atriz e diretora Rebel Wilson enfrentou uma derrota em seus esforços legais para rejeitar um processo por difamação movido por três produtores do seu filme de estreia como diretora, The Deb. A disputa gira em torno de acusações de assédio sexual e desvio de verba, que Wilson fez contra os produtores Amanda Ghost, Gregor Cameron e Vince Holden.
Na última quinta-feira, o juiz da Suprema Corte da Califórnia, Thomas Long, decidiu que o caso seguirá adiante. O tribunal concluiu que as declarações de Wilson não estavam protegidas pela legislação californiana que permite a rejeição precoce de processos que visam impedir a liberdade de expressão. O juiz afirmou que as declarações da atriz foram feitas em um contexto de disputa empresarial privada, desqualificando assim a proteção legal que ela invocou para tentar cancelar a ação.
O processo teve origem em um vídeo publicado por Wilson em julho, onde ela fez declarações sobre comportamentos inadequados por parte dos produtores, afirmando que tinha conhecimento de embezzling que afetou o orçamento do filme. Essas alegações foram feitas na tentativa de alcançar a estreia de The Deb no Festival Internacional de Cinema de Toronto, previsto para setembro de 2024.
Os produtores, por sua vez, alegaram que Wilson estava tentando se apropriar do trabalho e do crédito do filme ao acusá-los injustamente, prejudicando suas reputações e suas carreiras na indústria cinematográfica. O processo também destaca uma relação conflituosa e a alegação de que Wilson se ausentou da produção em várias ocasiões, além de fazer revelações não autorizadas sobre o filme.
Em sua defesa, Wilson sustentou que suas alegações eram do interesse público e pertenceriam ao domínio da liberdade de expressão. O tribunal, no entanto, não aceitou essa justificativa, enfatizando que suas afirmações não diziam respeito a uma controvérsia pública que justificasse a proteção legal solicitada.
Além disso, o juiz observou que as acusações feitas por Wilson foram expressões de uma disputa comercial, e não emergiram de um debate essencial à sociedade. Essa decisão negativa para Wilson foi vista como um passo em direção à proteção da integridade dos produtores no contexto de associações e colaborações artísticas.
Recentemente, em outubro, Wilson instaurou uma contração judicial contra os produtores, alegando um “padrão preocupante” de assédio e de supostos desvios de verbas, especificamente um valor estimado em AU $900.000. Essa nova ação destacou as complexas dinâmicas dentro da produção do filme e indicou que a batalha legal pode se intensificar, com as partes cada vez mais investidas em suas versões dos acontecimentos.
Nos bastidores, a indústria cinematográfica aguarda com expectativa o desfecho deste caso que não apenas envolve indivíduos conhecidos, mas também questões subtis que tocam na ética do cinema e na responsabilidade profissional em um cenário onde a transparência e a honestidade são frequentemente questionadas. As alegações de ambos os lados são graves, e o resultado desta disputa judicial pode ter repercussões significativas sobre como são tratadas as relações profissionais dentro da indústria.