Em uma polêmica que promete agitar o cenário da indústria musical, o rapper Drake apresentou alegações sérias contra a Universal Music Group (UMG), implicando a gravadora em práticas enganosas para promover a canção “Not Like Us” de Kendrick Lamar nas plataformas de streaming e nas rádios. A denúncia foi formalizada em uma petição pré-ação entregue a um tribunal em Nova York nesta segunda-feira, onde Drake afirma que a UMG “conspirou” para influenciar artificialmente a popularidade da faixa do rival. A situação se torna ainda mais intrigante à medida que os dois artistas, que costumavam ser colaboradores, agora se encontram em um acirrado conflito público.

De acordo com o documento, que foi obtido recentemente, Drake acusa a UMG de implementar uma série de estratégias para saturar as plataformas de streaming e as transmissões de rádio com a música de Lamar, buscando torná-la viral. As alegações incluem a utilização de “bots”, contas falsas de redes sociais que são utilizadas para manipular o número de streams, além de acordos financeiros para impulsionar o número de execuções. A canção foi lançada em maio e estreou no primeiro lugar da Billboard Hot 100, acumulando uma impressionante marca de quase 900 milhões de streams no Spotify até o momento. É uma ascensão notável, mas que, segundo Drake, está baseada em bases questionáveis.

Drake não para por aí; segundo o rapper, a posição de destaque da canção em plataformas como o Spotify e a confiança dos ouvintes nela foram usurpadas por uma campanha de desinformação organizada. Ele sugere que a gravadora utilizou “bots” para criar uma ilusão de popularidade que não condizia com a realidade, enganando assim os consumidores sobre a verdadeira recepção da música. Contudo, a petição não faz qualquer acusação direta contra Kendrick Lamar, o que indica que o foco principal está nos métodos supostamente duvidosos empregados pela gravadora.

Atualmente, Drake é representado pela Republic Records, que faz parte da UMG, enquanto Lamar está sob os cuidados da Interscope Records, também sob a mesma conglomerado. Em resposta às acusações de Drake, um porta-voz da UMG afirmou que é “ofensivo e falso” sugerir que eles fariam qualquer coisa para prejudicar seus artistas. E ainda completou que a gravadora adota as melhores práticas éticas em suas campanhas de marketing e promoção, indicando que não há espaço para manobras ilegais ou antiéticas na forma como suas músicas são divulgadas.

Não é a primeira vez que a indústria musical se vê envolvida em escândalos relacionados à manipulação da popularidade das canções. A prática de “payola”, na qual gravadoras pagam rádios para garantir a execução das suas faixas, é um tópico que há muito é debatido e criticado. Na petição, Drake menciona táticas que sugerem que a UMG pagou um promotor de rádio independente, que por sua vez pagou estações de rádio para aumentar a execução da música de Lamar. O rapper também alega que acordos de pagamentos foram feitos com a Apple para redirecionar usuários, via assistente de voz Siri, para a canção “Not Like Us”. Embora a Apple não seja uma parte acusada na ação, essa menção levanta questões adicionais sobre a condução e a ética na promoção musical.

O rapper afirma que a motivação por trás da UMG para inflar a popularidade da canção está intimamente relacionada ao desejo de maximizar seus próprios lucros, e que a gravadora não respondeu positivamente às tentativas de Drake para discutir e resolver o que ele considera um dano contínuo. Esse conflito marca mais um capítulo em uma rivalidade que se intensificou neste ano, onde ambos os artistas lançaram diversas faixas de diss um contra o outro.

Drake protocolou a petição em busca de documentações adicionais à medida que se prepara para uma ação legal completa. Enquanto isso, a rivalidade se intensifica e os fãs, com certeza, ficarão de olho nas reviravoltas que essa situação pode trazer. O resultado desse embate pode não apenas afetar a carreira de cada um dos rappers, mas também direcionar os rumos das práticas de marketing na indústria musical como um todo. Para os amantes da música, fica a expectativa: será que essa disputa resultará em novas faixas explosivas ou apenas mais polêmicas em torno da relação entre criatividade e manipulação?

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