A crescente popularidade do bitcoin e a liquidez aumentada das stablecoins têm gerado discussões fervorosas sobre a possibilidade de o governo dos Estados Unidos construir uma reserva estratégica dessa criptomoeda. O proeminente empresário Michael Saylor, conhecido por sua defesa do bitcoin, acredita que essa é uma jogada não apenas viável, mas essencial para garantir a riqueza da nação e proteger o valor do dólar. Saylor argumenta que um projeto de lei, apresentado pela senadora Cynthia Lummis, pode representar um dos maiores acordos financeiros do século XXI, ao permitir que o governo amplie suas reservas de bitcoin até um total de um milhão de tokens.
Durante uma apresentação na Conferência Cantor Crypto, Digital Assets & AI Infrastructure, em Miami, Saylor enfatizou que a proposta de Lummis deve ser considerada com seriedade. Ele comparou a ideia de acumular ativos estratégicos no passado às ações do governo na compra de terras como Manhattan e os territórios da Louisiana, Califórnia e Alasca, que resultaram em retornos financeiros colossais para o país ao longo da história. Ao adquirir bitcoin, Riqueza pode ser acumulada e garantida, especialmente em um cenário onde a capitalização do dólar se torna um tema de debate.
Embora a proposta de Lummis ainda esteja longe de se tornar realidade, a forte crença de Saylor em sua viabilidade foi reforçada por outras promessas, como a de Donald Trump, que em um evento com entusiastas de criptomoedas, manifestou sua intenção de manter as reservas atuais de aproximadamente 200.000 bitcoins do governo. A sinalização de um aumento nas reservas poderá ter um efeito positivo não só em termos de segurança financeira, mas também no fortalecimento da posição dos Estados Unidos no cenário global das criptomoedas. Saylor argumenta que, caso a legislação proposta seja aprovada, o benefício potencial para a economia americana pode ser de até 16 trilhões de dólares.
Além disso, Saylor apresentou uma perspectiva ainda mais ambiciosa, conhecida como “Trump Max”, onde o governo dos EUA poderia adquirir até quatro milhões de bitcoins. Essa abordagem ousada poderia resultar em um retorno imensamente maior de 81 trilhões de dólares, transformando a dinâmica econômica do país. Para Saylor, esse tipo de implementação é um “caminho racional” e poderia garantir que os ativos essenciais estejam sob a posse do governo, assim como no passado a riqueza dos Estados Unidos foi acumulada através da aquisição de recursos valiosos.
Diante deste cenário, a possibilidade de compra de bitcoin se torna não apenas um tópico quente nas comunidades de criptomoedas, mas também entre formuladores de políticas. Michael Saylor reflete que a estratégia de acumulação de ativos valiosos foi uma política de sucesso em várias ocasiões na história dos Estados Unidos, e reafirma que o bitcoin pode ser a “manifest destiny” da nação no século XXI. Com um ambiente político que se inclina a favor das criptomoedas, a chance de o projeto de lei ser aprovado aumenta significativamente, principalmente com a previsão de uma maioria republicana no Senado e na Câmara no próximo ano.
Enquanto a adoção do bitcoin continua a crescer, tanto no mercado quanto entre investidores institucionais, o impacto de uma reserva estratégica de bitcoin para os Estados Unidos pode ir além das previsões financeiras; trata-se de um movimento que poderia redefinir o papel do país na economia global e sua postura em relação às novas tecnologias financeiras. As palavras de Michael Saylor ressoam com a promessa de um futuro onde os ativos digitais não são apenas uma alternativa, mas sim um pilar fundamental da economia moderna. O que resta saber é se as autoridades estarão dispostas a dar o passo decisivo e transformar essa visão em realidade. Assim, o que podemos esperar para o futuro do bitcoin e do papel que os Estados Unidos desempenham nesse cenário ainda estão em aberto, mas a conversa já começou, e o interesse está crescendo a um ritmo acelerado.
