Leon Bennett/Getty Images
[Esta história contém alguns spoilers sobre Heretic.
Recentemente, os cineastas Scott Beck e Bryan Woods celebraram o sucesso de seu novo filme Heretic, que estreará em amplo circuito em 8 de novembro de 2024. E o que faz esse projeto mais especial é a estreia do icônico ator britânico Hugh Grant em um papel de vilão. Desde que a obra foi anunciada, as expectativas em torno deste filme de terror religioso não pararam de crescer. Especialistas afirmam que esta é a melhor atuação da carreira da dupla e, quem sabe, até mesmo uma mudança de curso para um gênero cinematográfico que se provou complicado para muitos.
Com uma trama que gira em torno de duas missionárias mórmons, as Irmãs Barnes (Sophie Thatcher) e Paxton (Chloe East), e um possível converso chamado Sr. Reed (Hugh Grant), a história promete prender a audiência ao retratar o jogo tenso que se desenrola quando as missionárias entram na casa do britânico, trazendo à tona discussões sobre fé, crença e a essência da verdade espiritual.
No entanto, Beck e Woods revelaram que trazer Hugh Grant a bordo não foi um processo simples. Em uma recente entrevista, ficaram claros os desafios de escolher um ator renomado para um papel tão complexo. “Nós tínhamos apenas uma pessoa em mente para o papel do Sr. Reed, e quando decidimos que era ele, nossa estratégia foi uma espécie de campanha de batalha meticulosamente planejada”, comentou Woods, descrevendo como mobilizaram contatos na indústria para convencer Grant de que este projeto era ideal para ele.
Beck acrescenta que este processo envolveu um empenho significativo, onde não hesitaram em entrar em contato com todos os conhecidos dentro da CAA e da A24. “Era uma questão de ‘por favor, ajudem-nos a levar isso a ele’. Era um movimento arriscado, reconhecemos, mas acreditamos de coração que seria um grande papel para ele”, disse Beck. E, com o sentido agudo de persuasão, esta missão se mostrou eficaz.
O investimento em pesquisa para escrever o roteiros também se fez presente ao longo de uma década. Beck e Woods dedicaram essa parte do processo para garantir que o script ressoasse autêntico e reflexivo. Eles se voltaram a pensadores contemporâneos sobre religião como Christopher Hitchens e Richard Dawkins, além dos livros sagrados do Mormonismo e do Islã, buscando uma abordagem informada e sensível ao desenvolvimento dos personagens e dos temas.
A identidade de seus personagens também foi um tema central nas conversas. Beck e Woods destacaram a importância da autenticidade, e isso ficou evidente na escolha de Thatcher e East, ambas com experiências pessoais que influenciaram suas atuações. “Nós estamos profundamente impressionados com o talento dela e sabemos que temos algo especial”, observou Beck em relação ao desempenho de Thatcher e East no filme.
Conforme a data da estreia se aproxima, as discussões sobre a temática do filme e a natureza de seu final provocaram um aumento na curiosidade do público. O filme não apenas aborda questões de crença e fé, mas também coloca em evidência a ideia de certeza em um mundo onde a dúvida pode ser um fenômeno poderoso. A expectativa é de que Heretic se torne um marco no gênero de terror, especialmente devido a sua perspectiva inovadora sobre questões que tocam a todos nós: fé, dúvida e o que há além.
E o grande desafio lançado ao espectador é entender que, mesmo dentro de uma narrativa de horror, a reflexão sobre questões existenciais pode gerar debates profundos e significativos. Em última análise, à medida que o público se prepara para a estreia, a jornada de Beck e Woods marca uma nova fase em suas carreiras como cineastas que não temem abordar as questões mais complicadas da vida.
Portanto, enquanto os cineastas esperam que o público abraçará Heretic de todo coração, a expectativa em torno de uma abordagem corajosa – tanto de um conteúdo mais profundo quanto da escala de um grande filme de terror – continua a crescer.
O que você espera encontrar na tela? Somente o tempo dirá se Heretic entregará as esperadas reviravoltas e profundidade que prometeu.
