A recente decisão das autoridades de Nova York de confiscar e eutanasiar Peanut, um esquilo órfão que se tornou uma verdadeira estrela nas redes sociais, gerou comoção e indignação por parte de seu tutor, Mark Longo. A história de Peanut ganhou destaque não apenas pela sua origem trágica, que se remete a sete anos atrás, quando sua mãe foi atropelada em uma movimentada rua da cidade, mas também pelo afeto que Longo dedicou ao pequeno animal, transformando-o em um ícone nas plataformas digitais. O homem expressou sua profunda decepção ao afirmar que essa ação “não será esquecida”, prometendo lutar contra a decisão que considera injusta.
No último sábado, em uma entrevista por telefone, Longo, emocionado, declarou: “Nós vamos nos manifestar sobre como esse governo e o estado de Nova York utilizam seus recursos.” A indignação não se limita apenas à morte do esquilo que conquistou corações online, mas também abrange Fred, um guaxinim resgatado, que foi confiscado e igualmente eutanasiado. Longo mencionou que os órgãos competentes não o contataram desde que deixaram sua propriedade e prometeu que logo se manifestará sobre a situação destes animais queridos.
A decisão controversa das autoridades de proteção ambiental do estado ocorreu numa quarta-feira, quando uma equipe do Departamento de Conservação Ambiental expulsou os animais do santuário de Longo, localizado em Pine City, próximo à fronteira com a Pensilvânia. O órgão alegou que recebeu denúncias de que animais selvagens estavam sendo mantidos de forma ilegal e potencialmente insegura. É importante frisar que as leis estaduais exigem licenciamento para a posse de animais silvestres, e Longo afirmou que estava em processo de certificação de Peanut como um animal educacional, um status que poderia ter permitido a sua manutenção como pet sem conflitos legais.
As justificativas apresentadas pelas autoridades incluem a necessidade de realizar testes de raiva nos animais, uma vez que Peanut teria mordido um dos envolvidos na investigação. Longo, por outro lado, nega que tenha visto seu esquilo morder alguém durante as horas em que as autoridades realizaram uma busca ostensiva em sua casa. “Para ser honesto, isso ainda é um pouco surreal, o fato de que o estado que habito realmente me alvejou e levou dois dos animais mais amados do planeta sem sequer colocá-los em quarentena. Eles os retiraram da minha casa e apenas os mataram”, disse Longo, refletindo sobre a brutalidade da situação.
Após a eutanásia de Peanut e Fred, as autoridades de saúde pública se pronunciaram, indicando o procedimento necessário de pesquisa de raiva para assegurar a saúde pública. A situação em torno da morte de Peanut e Fred ignora o vínculo emocional que Longo e sua esposa desenvolveram com esses animais que eram, em muitos aspectos, parte de sua família. Peanut conquistou a audiência nas redes sociais ao ser visto usando pequenos chapéus e realizando truques, sempre carregando um sorriso no rosto. O esquilo contava com seguidores em massa, que apreciavam suas travessuras e o adorável jeito de interagir com o mundo ao seu redor.
Resgatar um animal é uma tarefa que exige muito carinho e dedicação. Longo fez isso com Fred, que foi deixado em sua porta há alguns meses, gravemente ferido. Ele e sua esposa estavam planejando soltá-lo na natureza como parte de sua reintegração ao habitat selvagem, após cuidados e reabilitação. Ao invés disso, eles enfrentam agora um luto, não apenas pela perda de dois animais, mas pela maneira abrupta e cruel com que foram tratados pelas autoridades.
Enquanto a história de Peanut se espalha pela internet, muitos estão questionando as práticas das autoridades e as políticas de bem-estar animal no estado. Longo assegura que sua voz não permanecerá em silêncio e que ele tomará as medidas necessárias para que a história de Peanut e a injustiça vivida por ele e Fred não seja esquecida. A tristeza e a indignação do homem que fez de um esquilo órfão um ícone das redes sociais agora se transmitem como um grito por justiça e mudança nas leis que protegem os animais em sua cidade.