A renomada atriz Jennifer Love Hewitt recentemente se abriu em uma entrevista sobre a difícil experiência de perder sua mãe, Patricia Mae, e como a mídia estava ciente de sua morte antes mesmo dela. Esse relato marcante é parte de seu novo livro intitulado Inheriting Magic, que se propõe a celebrar a conexão especial que compartilhou com sua mãe, uma mulher cujo legado de amor e alegria teve um impacto profundo não apenas em sua vida pessoal, mas também na vida de todos ao seu redor.
Durante um evento para divulgar seu livro e o próximo filme The Holiday Junkie, Hewitt compartilhou como sua mãe tinha uma habilidade única para transformar até mesmo os dias mais comuns em momentos especiais. Em suas palavras: “Eu estava em um programa de televisão bem-sucedido, e ao entrar em um restaurante, as pessoas mal podiam me olhar; elas queriam saber quem era a mulher com quem eu estava, porque ela era luz, era alegria. Minha mãe fazia amizade com todos, não havia estranhos para ela.” Essa lembrança mostra a essência calorosa de Patricia, que deixou uma marca indelével na vida de sua filha.
Hewitt contou uma história que exemplifica como sua mãe trazia um pouco de magia em dias difíceis. “Se eu tinha o coração partido ou um dia ruim, ela colocava luzes de Natal porque acreditava que isso melhorava o clima”, comentou entre risos. “Se eu estava com cólicas, havia luzes.” Essas pequenas ações sempre demonstraram o amor inabalável de Patricia, evidenciando o papel central que a família ocupa na vida de Jennifer. A relação delas era tão intrínseca que a perda se tornou uma experiência não só dolorosa, mas também reveladora.
Impacto da Mídia e Reflexão Sobre a Perda
Infelizmente, Patricia succumbiu a complicações do câncer em 12 de junho de 2012, aos 67 anos. Um aspecto que teve um impacto ainda mais profundo na atriz foi o fato de que a mídia soube da morte de sua mãe antes dela mesma. Hewitt relembrou que na época estava no Festival de Televisão de Mônaco e, devido ao longo tempo de voo, ao chegar todos já sabiam da notícia. “Foi uma situação estranha para mim. Mas, pensando melhor, sempre houve esse aspecto na minha vida de que as pessoas costumam saber sobre mim antes mesmo de eu.” A sinceridade dela em relação ao impacto da mídia em sua dor é uma reflexão poderosa sobre o que significa ser uma figura pública, especialmente em momentos de vulnerabilidade.
Após doze anos, Jennifer finalmente se sente pronta para compartilhar suas memórias sobre sua mãe e as formas como ela traz magia à vida de sua própria família, agora como mãe. “Honestamente, eu nunca havia falado muito sobre minha mãe após sua morte perché eu não tinha as palavras certas”, afirmou a atriz. “Mas agora, sinto que é o momento certo para falar sobre ela e dizer o que ela deixou para nós.” O livro, que promete ser um verdadeiro tributo, será lançado em 10 de dezembro e é esperado por muitos como uma leitura tocante e enriquecedora.
Além disso, algumas dessas experiências serão traduzidas para a tela em The Holiday Junkie, projeto em que Hewitt não apenas atua, mas também dirige e produz ao lado de seu marido, Brian Hallisay. O filme, programado para estrear em 14 de dezembro, abordará a história de uma mulher enfrentando o primeiro Natal sem sua mãe, explorando as complexidades do luto e da busca por amor após a perda.
Uma Homenagem Coletiva e a Experiência do Luto
Jennifer destacou a importância de criar um espaço onde as memórias de todos pudessem ser honradas durante as filmagens. “Criamos um quadro onde cada membro da equipe trazia fotos de seus entes queridos que faleceram, e todos puderam se sentir parte desse processo”, disse ela. Essa experiência se revelou não apenas terapêutica para a equipe, mas também contribuiu para uma conexão mais profunda durante as filmagens, resultando em um projeto que reflete a honra de memórias coletivas.
Refletindo ainda mais sobre sua mãe, Hewitt compartilhou que sempre que saía de casa para um trabalho, independentemente da hora, sua mãe pedia para que elas segurassem as mãos. Essa prática simples era uma maneira da mãe de Hewitt assegurar que seu amor e apoio estariam sempre com ela. “Eu não percebi o quão significativo isso era até meados dos meus 20 anos, quando perguntei a ela o porquê de segurarmos as mãos. Ela me disse que queria que eu levasse seu amor comigo durante o dia”, contou Jennifer, expressando a falta que sente desse costume que agora carrega um grande significado emocional.