A história política dos Estados Unidos é repleta de líderes que, ao longo dos anos, moldaram o destino da nação. Embora atualmente observemos figuras com idades mais avançadas nas eleições, como o presidente Joe Biden, que completará 82 anos em novembro de 2024, e o ex-presidente Donald Trump, que possui 78 anos, um estudo detalhado revela que a maioria dos presidentes dos Estados Unidos assumiu o cargo em idades mais jovens. A pesquisa da CBS sobre as idades dos presidentes revela que, na verdade, a faixa etária predominante na posse presidencial é a dos 50 anos, refletindo a preferência do público americano, conforme indicado por um levantamento do Pew Research Center realizado em 2023.
O perfil dos presidentes mais jovens desde a fundação do país
Entre os presidentes mais notáveis da história dos Estados Unidos, o mais jovem a ser eleito foi Barack Obama, que tomou posse em 2009 com apenas 47 anos. No entanto, essa idade não o coloca no topo da lista dos presidentes mais jovens. Quando consideramos um panorama mais amplo, encontramos figuras como Theodore “Teddy” Roosevelt, que assumiu a presidência em 1909 aos 42 anos após o assassinato do presidente William McKinley. A rapidez com que Roosevelt se adaptou e dinamizou suas ações no cargo trouxe um novo ímpeto ao liberalismo e às políticas progressistas do país.
A lista dos presidentes mais jovens segue com figuras como John F. Kennedy, que era o presidente mais jovem a ser eleito pelo voto popular aos 43 anos, seguido por Bill Clinton e Ulysses S. Grant, ambos com 46 anos na posse. Curiosamente, apenas nove presidentes, aproximadamente um em cada cinco, foram jovens com menos de 50 anos ao assumir o cargo, e nenhum deles tinha menos de 40 anos. Esse fenômeno destaca uma diferença marcante entre os Estados Unidos e outros países, como o Equador, Chile e França, que já elegeram líderes em suas trintas.
Os fatores que influenciam a escolha de presidentes mais velhos
Uma pergunta que se impõe é: por que há tão poucos presidentes jovens na história dos Estados Unidos? A maioria dos estudiosos, como Costas Panagopoulos, professor de ciência política na Northeastern University, sugere que a percepção de experiência assinala uma vantagem na escolha eleitoral. Os eleitores tendem a valorizar a experiência, o que torna difícil para candidatos mais jovens conquistarem a confiança do público. Além disso, a legislação de 1789 estabeleceu a idade mínima de 35 anos para a presidência, tempo em que a expectativa de vida nos Estados Unidos era significativamente menor, o que consequentemente influenciou a construção da imagem do líder ideal. Os fundadores da nação esperavam, portanto, que os presidentes fossem mais velhos e, com isso, adquirissem experiências que os qualificassem para o cargo.
Este contraste também se estende ao público observando um futuro líder mais velho. Voters frequentemente questionam a capacidade mental e vitalidade física daqueles que já ultrapassaram a barreira dos 70 anos. Essa ideia de que a juventude está relacionada à inovação, enquanto a idade é sinônimo de experiência, provoca um dilema que candidatos mais velhos têm que enfrentar. O equilíbrio entre sabedoria e vigor é, sem dúvida, um ponto interessante a ser debatido entre os cidadãos enquanto se aproximam eventos eleitorais
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Por fim, ao olharmos para a lista de presidentes, percebemos que muitos dos que lideraram o país ao longo da história eram significativamente mais velhos no final de seus mandatos. A pesquisa mostra que as idades dos presidentes ao final da presidência variam: de John F. Kennedy, que aos 46 anos partiu de um trágico assassinato, até figuras como Ronald Reagan e Joe Biden, que entraram na vida pública com 73 e 74 anos, respectivamente. A reflexão sobre essa trajetória revela não apenas a evolução dos líderes, mas também os desafios e expectativas da população em relação ao futuro da liderança americana.
Portanto, entender a idade dos presidentes e como isso afeta a percepção pública é fundamental para a política moderna nos Estados Unidos. Um concílio entre experiência e frescor deve sempre ser buscado, independente de números ou idades. Afinal, a nação pode se perguntar: seguir a tradição de candidatos mais velhos é a melhor forma de conduzir um país em constante mudança?