A Liberty Media, empresa que controla a Fórmula 1, revelou resultados financeiros do terceiro trimestre, evidenciando uma queda significativa na receita. Em um cenário competitivo e dinâmico, a companhia, sob a liderança do bilionário John Malone, anunciou um prejuízo líquido de US$ 3 bilhões devido a operações descontinuadas relacionadas à SiriusXM Holdings Inc. Apesar da venda das suas ações da SiriusXM ter simplificado a estrutura da empresa, a relação da Liberty com a Fórmula 1 tornou-se mais complexa.

No dia 9 de setembro, a Liberty Media fez uma movimentação estratégica ao desprender suas participações na SiriusXM. Isso resultou na criação de uma nova ‘tracking stock’, permitindo uma estrutura empresarial mais consolidada e clara. Neste novo arranjo, os acionistas da Liberty SiriusXM agora possuem cerca de 81% das novas ações da SiriusXM, enquanto os outros 19% pertencem a investidores minoritários do antigo SiriusXM. Contudo, este movimento não impediu a Liberty de registrar perdas significativas.

No que diz respeito aos números da Fórmula 1, a receita total do grupo, que inclui outras receitas corporativas, alcançou US$ 911 milhões, um aumento em relação aos US$ 887 milhões do ano anterior. No entanto, a receita específica da Fórmula 1 caiu de US$ 887 milhões para US$ 861 milhões. A diminuição na receita primária da Fórmula 1 foi atribuída a uma queda nos direitos de mídia e nas receitas de patrocínio, resultante da realização de uma corrida a menos no período atual.

A empresa também anunciou novos acordos de patrocínio com a LVMH e Lenovo como parceiros globais, além de American Express e Santander como parceiros oficiais. O entusiasmo se estende ainda mais com a assinatura de contratos de licenciamento de vários anos com a brinquedos LEGO e Mattel Hot Wheels, que têm planos para lançar produtos inspirados na Fórmula 1 em 2025. A diferença entre o que poderia ser um grande evento e a realidade atual gera um burburinho sobre o futuro da modalidade, e a competição por atenção e receita continua a aumentar.

Por outro lado, a Liberty Media está focada em reestruturar suas finanças. Durante o terceiro trimestre, $3 milhões referente a despesas corporativas gerais foram alocados à Liberty Live Group, que inclui os interesses da Liberty Media na Live Nation e outros investimentos minoritários, reforçando a importância de diversificar suas fontes de receita.

Greg Maffei, presidente e CEO da Liberty Media, comentou sobre o trabalho ativo no atual trimestre. “Fechamos a fusão da Liberty SiriusXM com a SiriusXM, refinanciamos as dívidas da Fórmula 1 e garantimos os fundos necessários para a aquisição planejada do MotoGP”, revelou Maffei. Ele ainda destacou o progresso comercial significativo da Fórmula 1 e expressou entusiasmo ao anunciar uma série de acordos importantes para 2025, enfatizando a nova parceria com a marca de luxo LVMH.

Além disso, o CEO frisou que a Live Nation continua a ver uma alta demanda global por eventos, prevendo um futuro promissor com maior atividade em estádios no ano de 2025. Esta expectativa positiva é um sinal claro de que, apesar das dificuldades atuais, a Liberty Media está determinada a reforçar sua posição no mercado e inovar suas estratégias para garantir um crescimento sustentável.

As próximas etapas da Liberty Media e da Fórmula 1 serão observadas com grande atenção, à medida que a nova estrutura e as parcerias começam a mostrar seu valor. O futuro pode não ser tão sombrio após tudo, mas está claro que competições e acordos em um setor tão dinâmico exigem constante adaptação e visão estratégica.

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