Com a chegada do inverno, muitas pessoas têm dificuldade em manter suas rotinas de exercícios. O frio intenso pode desestimular até os mais dedicados a se manter em forma, mas desistir da atividade física não é necessário e muito menos saudável. Neste contexto, consultamos a especialista em bem-estar da CNN, a Dra. Leana Wen, que compartilhou dicas valiosas sobre como manter a motivação durante a estação fria.

A Dra. Wen, emergencista e professora associada clínica na Universidade George Washington, enfatiza que a prática de exercícios deve continuar independentemente da temperatura. Ela recomenda que adultos se esforcem para atingir pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana, conforme orientações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Esse tempo de exercício pode incluir atividades como corrida, bicicleta, esqui e até mesmo tarefas caseiras como remover a neve. Em um estudo recente, aqueles que alcançaram esse nível de atividade apresentaram uma redução de 31% no risco de mortalidade e diminuição significativa nos riscos de doenças cardíacas e câncer.

Um dos pontos ressaltados por Wen é que não é necessário completar os 150 minutos em uma única sessão. O importante é buscar alguma forma de movimentação diária, mesmo que por 10 a 15 minutos, e aumentar gradualmente a duração das sessões quando possível. Essa abordagem não só ajuda na manutenção da saúde física, mas também proporciona benefícios significativos para a saúde mental, especialmente nos meses mais escuros do ano.

Para aqueles que desejam praticar exercícios ao ar livre durante o inverno, é crucial adotar algumas precauções. A Dra. Wen sugere cinco passos importantes: o primeiro é conhecer seu próprio corpo e suas limitações. Se alguém não está acostumado a se exercitar no frio, é aconselhável consultar um médico, especialmente se tiver condições de saúde preexistentes. Comece devagar para que o corpo possa se adaptar. O segundo passo é ficar atento às condições climáticas antes de sair, assim evitando dias de temperatura muito baixa ou com vento forte, que pode intensificar a sensação de frio.

O terceiro ponto diz respeito aos riscos associados ao exercício em temperaturas frias. É fundamental estar ciente de condições como a hipotermia e a frostbite (congelamento), que podem ocorrer devido à exposição prolongada ao frio. Usar roupas adequadas, como camadas de tecidos técnicos que afastam a umidade é essencial para proteger o corpo. O quarto passo destaca a importância da hidratação. Embora muita gente não associe a necessidade de consumir líquidos a temperaturas mais baixas, manter-se hidratado é crucial, já que a sensação de sede pode se reduzir com o frio.

Por fim, informe a alguém sobre seus planos de exercício. A desorientação ou confusão pode ser um sintoma precário da hipotermia. Portanto, é sempre melhor se exercitar com um parceiro ou avisar alguém a respeito do seu itinerário. Wen também observa que existem circunstâncias em que ficar dentro de casa pode ser a decisão mais sábia. A resistência ao frio varia de pessoa para pessoa, então respeitar seus próprios limites é de extrema importância.

Com tantas dicas esclarecedoras, fica evidente que o inverno não precisa ser um obstáculo para a prática de exercícios. Adotando as precauções necessárias e fazendo pequenas adaptações, é possível continuar se exercitando e mantendo a saúde física e mental em dia. Portanto, não deixe que o frio te impeça. Vista-se adequadamente, aqueça seu corpo e saia para a sua caminhada, corrida ou atividade favorita e aproveite os benefícios que a prática ao ar livre oferece, mesmo nos dias mais frios.

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