Depois de anos encantando o público da Broadway com seus números musicais e uma narrativa cativante, o espetáculo Wicked finalmente chega ao grande tela. Com a direção de Jon M. Chu, a adaptação da história que traz Elphaba e Glinda à vida é protagonizada pelas talentosas Cynthia Erivo e Ariana Grande. Este primeiro capítulo da saga, denominado Wicked: Part One, será lançado nos cinemas no dia 22 de novembro. Mas a grande questão que muitos pais se fazem é: será que esta versão do clássico de Baum é segura para os pequenos? Que conhecimento os pais devem ter sobre os temas abordados antes de levar seus filhos a essa jornada pelo mágico mundo de Oz?

aventura emocionante com momentos intensos

Aqueles que conhecem a clássica versão de O Mágico de Oz de 1939 provavelmente perceberão que as emoções de Wicked: Part One se aproximam da experiência original, mas com uma nova perspectiva. Os cenários vibrantes de um mundo de fantasia, como a Estrada Malvada e a Cidade Esmeralda, trazem uma sensação de magia, mesmo quando os personagens se encontram em apuros. A classificação PG atribuída pela Motion Picture Association é devido a “algumas cenas de ação assustadoras”, lembrando que nem sempre tudo que brilha é seguro.

Os momentos mais preocupantes são guardados para o clímax do filme. Entre eles, está a aterrorizante manifestação de macacos alados, que interrompem a tranquilidade de Elphaba e Glinda com suas garras afiadas e sorrisos letais. É inegável que a imagem desses macacos pode ser inquietante para crianças que podem se assustar facilmente. Outra parte que pode causar desconforto é a cena que aborda como esses macacos ganharam suas asas, uma representação que pode ser perturbadora para os mais sensíveis.

temas pesados dentro de um mundo alegre

Embora Wicked apresente uma narrativa cheia de comédia e fantasia, não se pode ignorar a profundidade de seus temas. A história mergulha em tópicos como bullying e discriminação, mostrando como Elphaba, uma jovem com pele verde, enfrenta uma vida cheia de desafios e rejeições. A representação de sua opressão, oriunda de seu pai autoritário na terra dos Munchkins e depois na Universidade de Shiz, traz à tona questões sociais contemporâneas que podem não ser aptas para todas as idades.

Um momento impactante gera um diálogo forte: a cena em que o personagem Dr. Dillamond, um professor que é um bode, fala sobre a diferença e a marginalização de sua espécie. Para crianças sensíveis, essa representação pode ser difícil, especialmente devido à presença de uma jovem leoa em apuros, que pode provocar empatia e tristeza.

Embora a história tenha suas passagens mais sombrias, a leveza proporcionada pelos personagens é um respiro em meio a tanta intensidade. O magistral trabalho de direção e atuação ainda permite que o filme mantenha uma relação próxima com seu público mais jovem, tornando a experiência gratificante, ainda que desafiadora.

mensagens sutis sobre sexualidade

Por fim, Wicked também insere elementos de sugestão, embora de forma leve e não explícita. Logo no início, há uma cena que implica uma relação extraconjugal vivida pela mãe de Elphaba, algo que pode passar despercebido pelas crianças. Quanto ao personagem Fiyero, interpretado por Jonathan Bailey, suas brincadeiras românticas e flertes podem ser considerados inofensivos, já que não se aprofundam em simbolismos mais complicados.

Assim, enquanto a magia do mundo de Oz e a música envolvente farão as crianças dançarem em seus lugares, os adultos terão a chance de explorar os significados mais profundos que permeiam a trama de Wicked. A combinação desses elementos faz com que o filme se torne uma experiência rica e diversificada para a família inteira. Portanto, ao se preparar para a estreia, os pais devem estar atentos à possibilidade de conversas significativas sobre os temas que o filme aborda, garantindo que seus pequenos estejam prontos para o que está por vir no fantástico mundo encantado.

Similar Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *