Após cinco anos desde o lançamento do último título da aclamada série Gears of War, os fãs estão ansiosos por novidades sobre a próxima sequência. A expectativa se intensificou desde o anúncio de Gears of War: E-Day durante o último grande evento de Xbox promovido pela Microsoft, mas ainda assim, não há informações concretas sobre se e quando a The Coalition, desenvolvedora da série, retomará o enredo deixado em Gears 5. Recentemente, Rod Ferguson, ex-produtor executivo de Gears 5, revelou detalhes intrigantes sobre os planos que tinha em mente para a sequência, que diferem bastante das expectativas da comunidade de jogadores.
Uma das áreas de exploração no mundo aberto de Gears 5 é particularmente marcante, pois envolve a investigação de um antigo programa espacial pertencente à UIR (União de Republicas Independentes). Este programa espacial é central para a narrativa, pois possibilita o relançamento de um dispositivo conhecido como Hammer of Dawn, que é crucial na luta contra o ressurgimento dos Locust. Este cenário é considerado uma das partes mais deslumbrantes do jogo, repleta de impressionantes tempestades de areia, ruínas industriais marcantes e paisagens avermelhadas que lembram Marte. Ferguson comentou, durante sua participação no podcast Unlocked da IGN, que esta era uma pista do que ele planejava para Gears 6, dando indícios de que o enredo se expandiria além do planeta Sera, onde a história da franquia se desenrola até agora.
Ferguson explicou que em seus primeiros planejamentos, o objetivo principal era: “sair do planeta Sera”. Ele destacou que Gears 6 deveria levar os jogadores para fora de Sera, explorando o que isso significaria para o restante da galáxia ou, pelo menos, para o sistema solar. Ao longo da narrativa de Gears 5, há referências à tecnologia de foguetes da UIR, materias que serviram para preparar o terreno para essa transição interplanetária. A ideia era que, ao conquistar o território da UIR, a humanidade também herdaria seu programa espacial, permitindo uma nova era de exploração.
O futuro conceito de exploração espacial em Gears 6, conforme descrito por Ferguson, pisaria em um território diferente, aproximando-se do contexto histórico da corrida espacial dos anos 1950, mais em linha com as realidades da época de Sputnik do que com obras como Mass Effect. Essa abordagem sugeria que as viagens seriam lentas, custosas e necessitariam de um planejamento estratégico, o que, por sua vez, poderia trazer ao jogo novos tipos de inimigos alienígenas e mistérios científicos sobre as origens da vida humana e dos Locust em Sera. Contudo, essas ideias, que inicialmente pareciam promissoras, foram descartadas, e a The Coalition agora se concentra em explorar o passado da franquia com um prequel ambientado no Dia da Emergência, que representa a invasão brutal dos Locust, um evento que se assemelha à invasão da Normandia durante a Segunda Guerra Mundial.
Vale lembrar que o final de Gears 5 deixou os jogadores em suspense devido a uma escolha crítica sobre qual personagem principal salvar, cujas consequências estão prometidas para serem resolvidas em Gears 6. A intenção, segundo Ferguson, era que a opção mais votada pelos jogadores se tornasse a canônica. No entanto, considerando o ritmo atual da franquia, pode levar anos para que os fãs tenham a oportunidade de testemunhar o desenrolar dessa narrativa em um novo título.
Em meio a essa reflexão sobre o futuro da série e as surpresas que podem vir, a Gears of War continua a cativar um público fiel e esperançoso. Fica a pergunta no ar: o que mais a franquia tem reservado para seus fãs ávidos por conectividade e aventura nas profundezas do universo? O tempo dirá, mas por enquanto, os jogadores deverão aguardar com expectativa as novidades que a The Coalition apresentará, seja através de Gears of War: E-Day ou de futuras continuações da história aclamada.