Em meio a uma imersão profunda na narrativa do universo Marvel, a mais recente produção da Sony, intitulada “Venom: A Última Dança”, lançada em 25 de outubro, marca um fechamento dramático no arco da história de Eddie Brock, interpretado por Tom Hardy. Neste desfecho emocionante, Venom sacrifica-se para conter a ameaça iminente de Knull, o Rei em Preto, um vilão que promete agitar as estruturas do que é conhecido como Sony Spider-Man Universe (SSU) e do Marvel Cinematic Universe (MCU). No entanto, com a morte de Venom, surgem possibilidades intrigantes sobre o retorno de personagens anteriormente eliminados e a ressurreição de Knull através de métodos já explorados nas páginas dos quadrinhos da Marvel.
A aparição do personagem Knull foi um dos destaques do filme e pode ter aberto caminho para suas futuras investigações cinematográficas. Knull, que fez sua estreia em “Venom” (Vol. 4) #3 em 2018, rapidamente tornou-se um dos antagonistas mais intrigantes do universo Marvel. Como o criador das simbiótes, Knull não é apenas temido por sua força e astúcia, mas também por sua conexão intrínseca com a história de Venom e outros vilões. Contudo, a narrativa sugere que a morte de Venom poderia selar o destino de Knull, uma vez que não há mais Codex disponível para libertá-lo.
O Codex, mencionado em “Venom: A Última Dança”, é um elemento crucial que poderia ser a chave para a ressurreição de Knull. A possibilidade de trazer de volta Cletus Kasady, interpretado anteriormente por Woody Harrelson em “Venom: Deixe Haver Carnificina”, obteve destaque. Kasady, que se tornou o portador do simbióte Carnage após o contato com um fragmento de Venom, é um personagem que não apenas paradisíaco, mas cujo retorno também possui bases nas histórias em quadrinhos onde Knull teve sua ressurreição assistida.
Durante sua trajetória nos quadrinhos, Cletus Kasady foi repetidamente separado e ligado ao simbióte Carnage, o que teve um impacto significativo em sua forma física e mental. Embora tenha sido derrotado em “Venom: Deixe Haver Carnificina”, seu retorno não é apenas possível, mas plausível, considerando que os quadrinhos estabelecem precedentes para a ressurreição de seus personagens. Em uma de suas reencarnações, Kasady foi trazido de volta à vida por um culto devotado a Knull, que utilizou um Grendel — um dragão simbiótico criado pelo Rei em Preto — para ajudá-lo. Essa ligação abre novas possibilidades para a trama do SSU.
Em termos de conexão entre Cletus Kasady e Knull, é evidente que a narrativa da Marvel está repleta de caminhos interligados. Nos quadrinhos, Kasady tem um papel ativo na busca pela liberação de Knull, perdendo-se em um ciclo de destruição e caos enquanto consome Codex não apenas de anfitrões de simbiótes vivos, mas também de mortos. Essa dinâmica poderia ser facilmente explorada e adaptada para os próximos capítulos do SSU, bem como para um possível crossover com o MCU.
Apesar das interrogações e possíveis confusões que poderiam surgir ao tentar reintroduzir Cletus Kasady como um personagem vivo, a história já nos apresenta uma função clara por trás desse movimento narrativo. O papel de Casady como um agente de Knull no seu culto, onde consome e apodera-se dos Codex, não só acrescenta uma camada de complexidade ao personagem, mas também a muitos heróis que teriam que confrontá-lo novamente em sua nova forma. Após ter sido trazido de volta, Kasady foi moldado e alterado por seu contato com esses simbiótes, posicionando-se como uma verdadeira ameaça ao mundo.
O impacto da narrativa não para por aí. O universo dos quadrinhos já revelou que em 2020, Cletus Kasady estava destinado a se tornar o anfitrião humano de Knull. Isso traz ainda mais relevância a uma possível volta de Woody Harrelson, cuja interpretação já fora bem recebida, para encarnar um Knull em forma humana. Tal movimento seria não apenas um deleite para os fãs dos quadrinhos, mas também uma forma inovadora de conectar os filmes e a rica mitologia dos personagens, potencializando a expectativa sobre os desafios que o futuro do SSU poderá apresentar.
Concluindo, a possibilidade de um retorno de Cletus Kasady pode vir a ser um divisor de águas para o desenvolvimento da história do universo cinematográfico da Sony e abrir novos caminhos para Knull, permitindo que ele seja um antagonista com relevância e profundidade. Os elementos construídos até agora, tanto em “Venom: A Última Dança” quanto nas versões impressas, oferecem um terreno fértil para uma nova narrativa que pode capturar tanto os novos quanto os antigos fãs da vasta mitologia Marvel. A pergunta que persiste é: como a Sony irá utilizar essas peças no tabuleiro? Com múltiplos caminhos possíveis, as expectativas estão nas alturas para as próximas aventuras que esse universo ainda pode oferecer.
