Em um episódio que rapidamente se tornou viral nas redes sociais, uma professora gerou uma discussão sobre a etiqueta em exibições de filmes ao pedir a seus alunos que não cantassem durante a exibição de “Wicked: Parte Um”. A situação ocorreu durante uma visita ao cinema, quando a educadora, Ally Clements, optou por usar um traje rosa inspirado na personagem Glinda, interpretada por Ariana Grande no filme. A cena, registrada em um vídeo postado no Instagram, capturou a atenção de muitos e levantou um debate sobre se os espectadores deveriam ou não se sentir à vontade para cantar em coro, especialmente em filmes baseados em renomadas produções teatrais.
A professora compartilhou o vídeo na sexta-feira, 22 de novembro, instruindo um grupo de estudantes do ensino médio a não participarem de um possível “singalong”. “Ei, garotas, lembrem-se — isso não é um singalong”, declarou Katelyn, como se identifica nas redes sociais. “Estou aqui para ouvir a Cynthia e a Ariana cantarem, não vocês.” A gravação, embora leve, foca na necessidade de respeitar a experiência de todos no cinema, especialmente em um filme que promete uma performance impressionante de duas renomadas artistas.
O contexto da postagem de Clements sugere que ela estava acompanhando um grupo de alunas em uma excursão escolar para ver “Wicked”, que já era aguardada com ansiedade. Em sua legenda, Clements deixou claro que a viagem envolvia um grande número de estudantes: “Quando você vê Wicked com 100 meninas do ensino médio 💚🩷”. Essa frase também sugere a empolgação das jovens com a obra, levando as discussões sobre a etiqueta em cinemas a outro patamar.
Vale ressaltar que a questão de se deve ou não cantar durante a exibição de “Wicked” não nasce em um vácuo. Reflexões a respeito desse assunto começaram a surgir antes do lançamento do filme. Com o advento do longa-metragem, as redes sociais foram inundadas com comentários variados. Por um lado, os aficionados pela peça defendiam a espontaneidade de cantar, enquanto outros enfatizavam a necessidade de uma experiência auditiva focada, que permitisse aproveitar ao máximo os vocais de Grande e Erivo.
A desavença de Clements não passou despercebida, e diversos usuários da internet começaram a interagir com o vídeo. Um deles, apontando a possível confusão, comentou: “Ei, então algum de vocês consegue ler??”, ressaltando que as instruções eram dirigidas a um grupo escolar, não a pessoas aleatórias. A professora respondeu com bom humor: “Não, eles não conseguem ❤️”. O tom descontraído do diálogo ajudou a suavizar a situação e trouxe um pouco de leveza à discussão.
No entanto, a discussão se estendeu além das redes sociais. Os cinemas AMC, conscientizando-se do potencial para que as exibições de “Wicked” se tornassem grandes eventos de canto, optaram por uma abordagem preventiva. Antes da estreia do filme, a cadeia de cinemas começou a veicular um aviso divertido que reitera sua política de “silêncio é ouro”. O anúncio, que contava com cenas do filme, humoristicamente lembrou o público: “Sem cantar. Sem choros. Sem flertes”, adicionando que não é permitido falar, enviar mensagens ou atender ligações durante as sessões.
Ryan Noonan, porta-voz da AMC, comentou com a imprensa sobre o assunto. Ele destacou que a rede possui uma política que proíbe comportamentos disruptivos e enfatizou que o vídeo pré-exibição de “Wicked” funcionava como uma “lembrete divertido e envolvente” para garantir que todos pudessem desfrutar do filme sem interrupções.
A conversa sobre o que se pode ou não fazer durante exibições de “Wicked” é, sem dúvida, um tópico relevante, especialmente considerando o sucesso inicial do longa-metragem, que arrecadou impressionantes 114 milhões de dólares nas bilheteiras nacionais em seu primeiro fim de semana. Para aqueles que não se sentem contidos e ainda desejam garantir a sua dose do “singalong” sem colocar os ânimos à prova, boa notícia: cerca de 1.000 cinemas na América do Norte estão programados para oferecer exibições interativas do filme a partir do dia 25 de dezembro. Assim, será possível cantar junto e aproveitar a experiência de forma autêntica, tudo isso em um ambiente que permitirá a liberdade de expressão artística sem ofender os vizinhos de assento. “Wicked: Parte Um” permanece em cartaz nos cinemas, e a conversa sobre a participação do público segue quente. Pode ser que entre aplausos e cânticos, uma nova tradição cinematográfica esteja surgindo.