No último episódio de Late Night antes das eleições presidenciais, Seth Meyers fez uma análise mordaz sobre a paridade nas pesquisas eleitorais e revisitou uma década de tropeços políticos de Donald Trump. Ele abriu seu monólogo com a observação de que, embora a audiência não possa controlar o que acontecerá no dia seguinte, podem decidir quão embriagados querem estar ao receber as notícias. Essa frase humorística engancha a plateia e a prepara para uma noite de sátira e reflexão, típica do estilo de Meyers.
Durante a apresentação, Meyers compartilhou um vídeo com vários comentaristas analisando as pesquisas, destacando que Trump e sua oponente, Kamala Harris, estavam tecnicamente empatados. O apresentador fez uma piada irônica sobre as metodologias das pesquisas: “Como é possível que tantas pesquisas estejam empatadas? Estão fazendo a primeira metade da pesquisa em um café artesanal em Williamsburg e a segunda metade na fila do bar em um show do Kid Rock?” Ao colocar tal adjetivação, Meyers transforma uma situação tensa em motivo de riso.
Meyers, com sua habilidade caracteristicamente mordaz, questionou como metade do público vê Trump como um “psicopata amoral” responsável por colocar a democracia em risco, enquanto a outra metade pensa “ele é um psicopata amoral que vai danificar a democracia, mas vale a pena pelo seu talento de dançar”. Essa reflexão traz à tona a estranha dualidade da percepção de Trump no cenário atual, revelando o quão polarizador ele se tornou.
A comédia então se volta para uma pesquisa da Iowa divulgada no último fim de semana, que mostrava a vitória de Harris sobre Trump. Meyers brincou que a única coisa mais surpreendente do que essa pesquisa seria Harris ganhar Mar-a-Lago e, em seguida, o local ganhar um prêmio da Trip Advisor como o melhor lugar para celebrar um casamento sem interrupções de discursos longos do ex-presidente. Esta piada revela a maneira incisiva com que Meyers critica o comportamento de Trump, insinuando que o ex-presidente se distrai frequentemente com suas próprias indiscrições.
Seth também destacou os lamentos de Trump sobre as pesquisas nas aparições nos comícios, dizendo que sua aparência de desânimo era comparável à de “um cara no final do bar murmurando sobre um antigo amor perdido”. Tais comparações não apenas divertem, mas também fazem o público refletir sobre os sentimentos de insegurança que Trump vem transmitindo, especialmente conforme as eleições se aproximam.
Outra parte da apresentação focou na recente declaração de Trump de que se eleito, ele deixaria RFK Jr. “sair por aí” na área da política de saúde. Meyers, astuto e direto, comentou que “geralmente, ninguém que saiba algo sobre medicina diz a frase, ‘Vou sair por aí com a medicina'”. Ele reformulou ainda mais a hipótese com a ausência de qualquer programa chamado Doctors Gone Wild, levando a obviedades à tona de forma cômica e inteligente, alinhando-se ao estilo de humor auto-depreciativo.
No clímax do segmento, Meyers fez um tour alucinado pela última década de gafes de Trump, enfatizando que “Trump não está sendo sutil sobre a ameaça que representa. Ele está começando a se parecer mais com uma placa de trânsito que diz ‘Estrada Fechada à Frente’.” Sua crítica contundente deixou a audiência rindo, mas também ciente da gravidade da situação política.
De maneira concisa e eficaz, Meyers entregou as reflexões com um tom de seriedade e frustrante clareza, abordando desde o fatídico 6 de janeiro até a falha de Trump em gerenciar a pandemia, suas desastrosas estratégias econômicas e, claro, suas várias observações ofensivas ao longo do caminho. Como um verdadeiro palhaço moderno, ele revisitou as várias falhas de Trump que se tornaram virais, como quando ele ficou preso em um guarda-chuva ou quando subiu as escadas do Air Force One com papel higiênico colado em seus sapatos.
“Acho que é um sorteio,” ele conclui a apresentação rindo junto à plateia. “Estive falando sobre esse homem por quase uma década, como evidenciado pelo fato de que tudo o que acabei de listar está na minha cabeça. Espero que a terça-feira ofereça a oportunidade de dizer, como nação, que o queremos longe de nós, e espero sinceramente que isso aconteça.” A conclusão de Meyers ressoou não apenas como uma piada, mas também como um apelo sincero a todos os eleitores.