Em um mundo onde as redes sociais estão em constante evolução, muitos usuários buscam alternativas às plataformas tradicionais como o Twitter, agora conhecido como X. Diante dessa necessidade, um novo serviço de agregação de links chamado Sill foi lançado recentemente, prometendo facilitar a vida dos usuários que desejam acompanhar o que está sendo discutido nas redes sociais alternativas Bluesky e Mastodon sem a obrigação de rolar incessantemente pelos aplicativos dessas plataformas. Neste contexto, o Sill surge como uma proposta inovadora para aqueles que desejam estar sempre atualizados sobre os temas mais relevantes dentro dessas comunidades virtuais.

o funcionamento do sill e suas semelhanças com o nuzzel

A proposta do Sill se assemelha à de uma startup anterior chamada Nuzzel, que ganhou popularidade entre os viciados em notícias, permitindo que os usuários acompanhavam o que estava sendo conversado, lido e compartilhado no Twitter. Em 2021, a Nuzzel foi adquirida pelo Twitter como parte da negociação que estabeleceu o Scroll, sendo posteriormente integrada ao aplicativo do Twitter. Hoje, esse recurso vive dentro do app X sob a designação de “Top Articles”, disponível apenas para assinantes Premium. Assim, o Sill vem para oferecer funcionalidades similares, mas com foco em alternativas descentralizadas de redes sociais que promovem a privacidade e a autonomia do usuário através de protocolos abertos.

O surgimento do Sill coincide com um movimento perceptível por parte do X em despriorizar links dentro de seu próprio aplicativo, conforme sugerido pelo seu proprietário, Elon Musk. Recentemente, Musk recomendou que os usuários incluíssem links nas respostas, uma mudança que gerou desconforto entre alguns membros da comunidade, incluindo o cofundador do Y Combinator, Paul Graham, que expressou sua insatisfação em relação à nova configuração. Essa mudança na forma como os links são tratados dentro do X evidência a necessidade de plataformas que permitam um controle maior sobre o compartilhamento de informações, algo que o Sill pretende efetuar de maneira eficaz.

como usar o sill e suas funcionalidades

Para começar a utilizar o Sill, os interessados devem conectar suas contas do Bluesky e Mastodon ao novo serviço. Tyler Fisher, um dos desenvolvedores do aplicativo, explicou que o Sill usa o novo OAuth do Bluesky para o AT Protocol, eliminando a necessidade de fornecer senhas de aplicativos. Isso significa que o Sill não terá acesso direto à sua senha. Uma vez conectado, os usuários poderão visualizar os links mais compartilhados entre aqueles que seguem nas duas plataformas sociais, além da opção de receber, diariamente, um e-mail com os dez links mais populares da sua rede.

A popularidade dos links é determinada pelo número de contas únicas que compartilham uma URL nas suas redes sociais. Fisher explicou que isso inclui aqueles que repostaram links, uma função semelhante à do retweet. O Sill agrega esses links e apresenta o que as pessoas estão comentando sobre eles. Além disso, os usuários têm a possibilidade de personalizar ainda mais essa experiência, silenciando frases, domínios ou contas que não desejam ver incluídas em seu feed de links.

É importante ressaltar que Tyler Fisher possui uma sólida experiência na construção de tecnologia voltada para o ecossistema jornalístico, tendo atuado anteriormente como CTO da redação sem fins lucrativos The 19th e como engenheiro de software no The Washington Post. Com essa bagagem, ele garante que o Sill permanecerá um projeto de código aberto, permitindo que os usuários hospedem suas próprias versões do aplicativo. Entretanto, planos pagos serão introduzidos futuramente, oferecendo recursos avançados que garantirão a sustentabilidade do serviço, como suporte para listas ou feeds personalizados e funcionalidades analíticas.

perspectivas futuras e considerações sobre a versão beta

O lançamento do Sill foi primeiramente notado por publicações especializadas em tecnologia e jornalismo, como o site Six Colors e o NiemanLab, que se dedica a discutir o jornalismo na era digital. De acordo com o NiemanLab, cerca de 300 pessoas participaram da versão beta privada do Sill antes de sua liberação pública, que agora está acessível a todos os interessados. Vale a pena mencionar que, dado que se trata de um projeto beta, o Sill pode apresentar problemas de desempenho e bugs. Por exemplo, alguns usuários relataram dificuldades durante o processo de inscrição inicial, além de uma advertência de que o Bluesky poderia estar fora do ar mesmo quando o aplicativo estivesse funcional. Entretanto, Fisher assegura que esses problemas melhoraram com o tempo, à medida que o Sill avança em direção a uma versão mais estável.

Portanto, para aqueles que buscam se manter conectados às conversas mais relevantes nas redes sociais alternativas e desejam evitar a sobrecarga de informações que as plataformas tradicionais proporcionam, o Sill parece ser uma solução promissora. Um futuro onde o compartilhamento de informações seja feito de forma mais personalizada e com maior controle por parte do usuário pode estar mais próximo do que se imagina, e o Sill pode ser o primeiro passo nesta nova era das redes sociais.

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