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No último dia 14 de novembro de 2024, a tempestade tropical Sara emergiu no Caribe, tornando-se a 18ª tempestade nomeada da temporada de furacões do Atlântico de 2024. Este sistema, anteriormente classificado como Depressão Tropical 19, começou a se desenvolver no ocidente do Caribe no início da semana e ganhou força enquanto se deslocava para oeste, em direção à América Central. A tempestade agora apresenta ventos sustentados de 64 km/h e está localizada a cerca de 330 km a leste-sudeste da Isla Guanaja, em Honduras, conforme relatado pelo Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.
A tempestade tropical está prevista para permanecer no Caribe ao longo do final de semana e se mover lentamente em direção ao Golfo do México no início da próxima semana, segundo a meteorologista Nikki Nolan da CBS News. A expectativa é que o sistema meteorológico possa em algum momento prosseguir em direção à Flórida. Assim, é importante que os residentes da região estejam atentos às atualizações do prognóstico, especialmente porque mudanças nas condições podem ocorrer rapidamente.
Modelos de previsão de longo prazo continuam a prever um caminho de retorno em direção à Flórida até o final da próxima semana, mas a meteorologista fez questão de lembrar que “muita coisa pode mudar entre agora e lá”. “Os residentes da Flórida devem monitorar de perto as atualizações do prognóstico conforme elas surgem”, complementou Nolan durante a manhã da quinta-feira.
A temporada de furacões no Atlântico oficialmente ocorre entre 1º de junho e 30 de novembro, com um aumento significativo na atividade geralmente entre meados de agosto e meados de outubro. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), uma temporada média traz 14 tempestades nomeadas, sete furacões e três grandes furacões. Para 2024, a NOAA havia previsto números “acima da média”.
Qual é o caminho projetado para a tempestade tropical Sara?
A tempestade tropical Sara pode trazer chuvas catastróficas para partes da América Central. Entre 25 e 50 cm de chuvas intensas são esperadas em Honduras no início da próxima semana, com acumulados de até 75 cm em algumas localidades. Meteorologistas do Centro Nacional de Furacões em Miami alertaram que “inundações repentinas que ameaçam a vida” poderão afetar o norte de Honduras durante o final de semana, persistindo até que o sistema se mova para longe. O NHC também advertiu sobre potenciais deslizamentos de terra desastrosos causados pela tempestade, especialmente nas áreas montanhosas ao longo e perto da Sierra La Esperanza, na costa nordeste do país.
Outras áreas de Honduras, Belize, El Salvador, Guatemala oriental e Nicarágua ocidental devem ficar atentas, pois se espera acumulados de chuvas entre 15 e 25 cm, podendo alcançar 40 cm em regiões específicas. Governos em toda a América Central emitiram diversos avisos e alertas enquanto as populações se preparam para os efeitos de Sara. Vastas seções de Nicarágua e Honduras, incluindo as Ilhas da Baía, estão sob alerta de furacão ou aviso de tempestade tropical, conforme indicado pelo Centro Nacional de Furacões.
Sara se tornará um furacão?
Ainda não se sabe se Sara se intensificará a ponto de se tornar um furacão ao se aproximar da costa leste de Honduras na sexta-feira ou sábado. No entanto, meteorologistas afirmam que a tempestade deverá “estar próxima ou em força de furacão” quando isso acontecer. Para uma tempestade tropical se tornar um furacão, os ventos sustentados devem atingir pelo menos 119 km/h, elevando-a à Categoria 1 na Escala de Vento de Furacões Saffir-Simpson.
Moradores de Belize e da Península de Yucatán, no México, também foram avisados para ficarem preparados para os possíveis impactos de Sara no início da próxima semana.
Quais são as e as chances de mesmo Sara atingir a Flórida?
Após entrar no Golfo do México, o consenso dos modelos de previsão sugere que a tempestade provavelmente irá fazer um desvio à direita, dirigindo-se em direção à Flórida até o final da próxima semana, embora Nolan tenha alertado que as condições podem mudar rapidamente. Caçadores de furacões estavam realizando voos na quinta-feira para investigar a força e a estrutura do sistema meteorológico em desenvolvimento. Os modelos de previsão consideram os fatores ambientais atuais, juntamente com dados históricos, para computar a “trilha de espaguete” (spaghetti plots), que são representações dos possíveis caminhos que os sistemas meteorológicos podem seguir. Cada modelo utiliza diferentes cálculos, e a trajetória da previsão é um resultado do consenso entre esses modelos.
Os meteorologistas ressaltaram que é muito cedo para determinar quais impactos o sistema pode trazer a partes do leste do Golfo do México, incluindo Flórida, as Ilhas da Flórida e Cuba durante a semana que vem. “Os residentes nessas áreas devem acompanhar regularmente as atualizações do prognóstico”, alertou o Centro Nacional de Furacões na quinta-feira.
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