Em um domingo de tragédia que ficará marcado na memória do esporte, um jogador de futebol do Peru faleceu após ser atingido por um raio durante uma partida no estádio Coto Coto, localizado próximo à cidade de Huancayo. O evento horrível, que também deixou quatro outros jogadores feridos, foi registrado em uma transmissão ao vivo da partida, abalando tanto os torcedores quanto os amantes do futebol. José Hugo De la Cruz Meza, defensor do time da Família Chocca, tinha 39 anos e estava se retirando do campo junto com os colegas e os árbitros devido ao agravamento das condições climáticas. A informação foi confirmada pela Agência de Notícias Andina, órgão estatal do país.

O impacto do raio foi instantâneo e devastador. De la Cruz morreu imediatamente, segundo relatos da mídia local, enquanto os outros jogadores foram levados às pressas para atendimento médico. Entre os feridos estava o goleiro Juan Chocca Llacta, primo de De la Cruz, que ficou em estado grave, além de outros três jogadores que apresentaram queimaduras. O vídeo da transmissão revela o momento tenso em que todos caminhavam em direção à saída do campo, quando um clarão ofuscante envolveu o defensor.

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Captura de vídeo da transmissão da Onda Deportivo Huancavelica mostrando o momento em que José Hugo De la Cruz Meza foi atingido por um raio.

O cenário pós-impacto era de desespero e confusão. No vídeo, é possível ver os jogadores caindo instantaneamente ao chão, enquanto alguns se contorcem em dor. Llacta, que caminhava ao lado de De la Cruz, sobreviveu ao ataque e, em uma declaração emocionada, relatou os momentos que antecederam a tragédia. “Eu soltei a mão dele, demos três passos e o raio nos atingiu. Senti uma luz brilhante na minha cabeça e minha mente ficou em branco. Depois, não me lembro de mais nada. Acordei no hospital. Agradeço a Deus por me dar uma nova chance de vida. Estou surpreso por estar vivo”, disse o goleiro em uma entrevista ao Daily Mail.

O impacto emocional da perda de De la Cruz foi profundo, especialmente para sua família. A despedida ocorreu em sua cidade natal, onde os familiares realizaram um velório e expuseram o uniforme queimado do jogador ao lado do caixão. A situação é ainda mais complicada, pois sua esposa agora se vê sozinha para criar três filhos pequenos. A família está buscando apoio financeiro das autoridades locais para custear as despesas do funeral e garantir um futuro mais seguro para as crianças.

O acontecimento reitera a necessidade de alerta sobre as condições climáticas antes de eventos esportivos. Em muitas partes do mundo, o futebol é acompanhado de intensa paixão, mas eventos como este lembram de forma trágica que a natureza pode ser imprevisível e letal. Riscos como tempestades e raios são constantes, e é crucial que todos — desde organizadores de eventos até jogadores e espectadores — estejam cientes desses perigos e tomem precauções para garantir a segurança de todos.

Em um tom mais reflexivo, a situação nos ensina que, mesmo em uma atividade repleta de alegria e competição, a vulnerabilidade humana é evidente, e é por isso que a segurança deve sempre ser a prioridade número um. A tragédia no Coto Coto está longe de ser um mero evento esportivo, mas um lembrete de que a vida é frágil e que as alegrias do jogo não devem ofuscar os perigos que podem surgir repentinamente.

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