Na última segunda-feira, 18 de novembro, uma tragédia abalou a comunidade de Boston, Massachusetts, quando uma mulher conhecida por seu amor e cuidado por seus animais de estimação foi morta em um ataque de seu próprio cão. A vida de Jeriline Brady-McGinnis, uma mãe dedicada que temia a animalização de seus cães, foi ceifada em um momento de horror que deixou não apenas sua família devastada, mas também levantou questões sobre a segurança no convívio com animais de estimação. Este incidente sublinha a complexidade do vínculo entre humanos e animais e traz à tona a necessidade de uma discussão mais ampla sobre a responsabilidade na posse de cães.
Jeriline era uma mulher admirada por todos que a conheciam. Mãe de três filhos, ela frequentemente expressava seu amor e carinho por eles e por seus cães, preparando o jantar para suas adoradas criaturas a cada noite. “Nossa mãe era uma mãe amorosa e atenciosa”, afirmaram os filhos em uma declaração após sua morte. “A alma e o coração de nossa família se foram.” A ligação entre Jeriline e seus animais era profunda, e muitos a viam como uma figura maternal não apenas para seus filhos, mas também para os cães que ela considerava parte da família.
Contudo, o que deveria ser um dia comum transformou-se em uma cena de terror. Por volta das 16h30, Jeriline foi atacada por um de seus cães, juntamente com seu marido. Ao chegarem ao local do incidente, policiais imediatamente se depararam com uma situação caótica. O cão que atacou Jeriline não estava mais na propriedade inicial, o que gerou preocupação e apreensão quanto à segurança dos funcionários que se apresentaram para ajudar. Enquanto prestavam assistência aos feridos, o cão regresou e, em um acesso de agressão, atacou os dois policiais que estavam tentando prestar socorro.
Deputado Superintendente Paul McLaughlin descreveu os eventos em uma coletiva de imprensa, afirmando que os policiais tomaram a difícil decisão de abater o animal. “Dada a gravidade do que ele havia feito, os oficiais decidiram intervir e, lamentavelmente, o cão foi abatido”, disse McLaughlin. Esta decisão, embora difícil, foi tomada em um momento de necessidade urgente, reconhecendo a possibilidade de novos ataques. Jeriline e seu marido foram rapidamente levados ao hospital, onde, apesar dos esforços médicos, ela sucumbiu aos ferimentos considerados “ameaçadores à vida”. Seu esposo também sofreu ferimentos graves, mas sobreviveu ao ataque.
Notavelmente, dois policiais também precisaram ser levados ao hospital para tratamento de ferimentos não fatais. A polícia não confirmou a raça do cão envolvido, mas informações reportadas por uma fonte confiável indicam que se tratava de um pit bull chamado Buddha. Mesmo após a tragédia, amigos e conhecidos expressaram suas lembranças sobre Jeriline, destacando sua dedicação e afeto por seus animais. “Ela era muito próxima de seus animais, quase como filhos. Eu a vi cuidar deles, levá-los para passear todos os dias”, comentou sua amiga Jean McGuire, de 93 anos, ressaltando que Jeriline era uma pessoa generosa e amorosa.”
A morte de Jeriline Brady-McGinnis não é apenas uma perda pessoal para seus filhos e amigos; é um lembrete trágico das questões que cercam a relação entre seres humanos e cães, refletindo a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso na posse de certos animais. Este evento serve como uma chamada à consciência sobre a segurança e o controle na criação de cães, especialmente aqueles considerados potencialmente perigosos. A história de Jeriline deve inspirar não apenas luto, mas também uma reflexão crítica sobre nossa responsabilidade como cuidadores.