Uma incrível reviravolta nas alegações de conduta imprópria envolvendo Sean “Diddy” Combs veio à tona recentemente, quando um ex-funcionário do rapper afirmou em um processo judicial, que foi sua responsabilidade assegurar que festas extravagantes, conhecidas como “Wild King Nights”, fossem devidamente abastecidas com uma variedade de itens de natureza sexual e ilícita. A informação foi revelada em uma queixa judicial registrada na última semana de dezembro de 2023, onde Phillip Pines faz acusações preocupantes sobre a atmosfera das celebrações organizadas por Combs tanto em sua residência quanto em hotéis.
Segundo o relato de Pines, entre 2019 e 2021, uma das suas atribuições enquanto trabalhava para Combs incluía assegurar que o rapper e seus convidados dispunham de todo o necessário para uma noite repleta de excessos. Este “necessário” englobava, de acordo com a acusação, um arsenal de produtos como lubrificantes variados, brinquedos sexuais e substâncias controladas. Este ambiente festivo, segundo o autor da ação, demandava que ele trouxesse itens como “luzes vermelhas, baldes de gelo, bebidas alcoólicas, cigarros de maconha, pacotes de mel para libido masculina, baby oil, Astroglide, toalhas, drogas ilegais e máquinas sexuais”, revelando um cenário que, no mínimo, levanta questões éticas e legais significativas.
O ex-funcionário alegou que as chamadas “Wild King Nights” eram festas prolongadas, que poderiam se estender por dias a fio, e frequentemente ele recebia ordens para prover mais brinquedos sexuais e substâncias ilícitas, de acordo com o que considerava necessário para as festas. Exigências como a remoção de evidências de drogas, preservativos, e até mesmo manchas corporais de roupas de cama e mobiliários, eram uma rotina, junto com a orientação para apagar gravações comprometedores de dispositivos pessoais de Combs e recrutar equipes de limpeza, oferecendo gorjetas generosas para garantir que nada que pudesse comprometer o rapper fosse relatado aos administradores dos hotéis.
Agravando ainda mais as alegações feitas por Pines, ele detalhou que Combs o tratava de forma desumana, como se fosse “um animal brincando de buscar” para provar sua lealdade ao rapper. Pressão para manter segredo sobre atividades ilegais durante o tempo em que trabalhava com Combs, especialmente durante viagens, também foi mencionada, junto com a incumbência de carregar uma “bolsa MVP” entupida de “drogas e brinquedos sexuais” — uma tarefa que, segundo Pines, reforçava seu papel durante essas preocupantes festas.
Ainda em meio a essas alegações, Pines destacou que Combs tinha conhecimento de sua infecção por COVID-19 durante as festividades de seu 51º aniversário, porém,
optou por manter essa informação em sigilo. A queixa menciona que um dos convidados relatou que havia contraído a doença, preocupando-se com a segurança dos presentes, e, em resposta, Pines teria sido instruído a ficar calado sobre a questão. Isso levanta sérias perguntas sobre as responsabilidades que pessoas públicas têm em relação à saúde e segurança de seus convidados.
Em resposta ao processo, a equipe legal de Combs manifestou sua confiança de que o rapper não praticou atos de abuso sexual ou tráfico de pessoas, independentemente da quantidade de ações judiciais que possam ser movidas contra ele, afirmando que essas acusações são apenas tentativas de exploração do sistema judicial. As alegações contra Combs aumentaram desde que sua ex-namorada, Casandra “Cassie” Ventura, o acusou de abuso em novembro de 2023, processo este que foi rapidamente resolvido.
Além do intenso escrutínio público, Combs agora enfrenta uma série de acusações criminais em um tribunal federal, onde está detido após uma denúncia que inclui acusações de tráfico sexual, extorsão e transporte para engajamento em prostituição. Enquanto o rapper aguarda seu julgamento, programado para maio de 2025, as acusações se acumulam, criando um nível sem precedentes de atenção tanto por parte da mídia quanto do público em geral.
As revelações feitas no processo judicial trazem à luz questões que vão além da vida pessoal de uma das figuras mais reconhecidas da indústria musical; elas tocam institucionalmente a forma como as celebridades e suas ações são percebidas e escrutinadas, especialmente em tempos em que a proteção e o respeito às liberdades individuais são mais vitais do que nunca. Para aqueles que se sentem vulneráveis ou que podem ter passado por experiências similares, é importante saber que existem recursos disponíveis e que não estão sozinhos. Em caso de agressão sexual, as pessoas são incentivadas a entrar em contato com a National Sexual Assault Hotline pelo número 1-800-656-HOPE (4673) ou acessar o site rainn.org para obter apoio.