A renomada atriz Amy Adams está de volta às telas com um papel inusitado em seu mais recente filme, Nightbitch. Nele, Adams mergulha em uma atuação que, conforme suas próprias palavras, faz jus ao seu lado mais **feral**. Ao falar sobre a experiência de interpretar uma mulher que, à medida que enfrenta o peso da maternidade, começa a se comportar como um cachorro, Amy expressa-se com uma mistura de entusiasmo e autenticidade, revelando como esta jornada a impactou tanto profissionalmente quanto pessoalmente.
Uma nova abordagem à maternidade: a transformação da protagonista
No enredo de Nightbitch, a personagem de Adams enfrenta a pressão e o isolamento que muitas mães sentem na nova fase da vida. Em uma tentativa de lidar com essa transição, ela acaba se comportando como um cachorro, um reflexo da luta emocional que vivencia. É sob essa nova perspectiva que a atriz se sente à vontade, afirmando: “Eu amei cada segundo disso”. O filme apresenta uma série de cenas onde ela emerge em comportamentos caninos, como crescer um rabo, uivar para a lua e se alimentar em uma tigela de cachorro, uma situação apreciada por seu filho pequeno, mas que gera a crescente preocupação de seu esposo, interpretado por Scoot McNairy.
Adams, agora com 50 anos, vê isso como um momento de liberdade e autodescoberta. “Ela chega a um ponto em que não se importa mais com a opinião dos outros. Tudo o que ela faz é instintivo e imediato”, comenta a atriz, mostrando como sua personagem ressoa com sentimentos reais que muitas mães enfrentam. A proatividade da protagonista em buscar uma maneira alternativa de lidar com suas frustrações a conecta com suas emoções mais profundas.
Direção distinta e momentos inesperados nos bastidores
A diretora Marielle Heller, conhecida por seu trabalho em A Beautiful Day in the Neighborhood, reforça a ideia de que a personagem de Adams é uma representação do que acontece quando uma mulher é encorajada a explorar seu lado animal. Heller explica que no início da história, a protagonista está tão deslocada que parece quase sem vida. Conforme avança, sua transformação a reacende, levando-a a vivenciar um renascimento emocional. Adams, por sua vez, foi completamente dedicada à sua interpretação e, em um momento divertido do set, acabou fazendo com que os cães presentes se excitassem tanto que eles reaccionaram a seu comportamento. “Ela simplesmente se jogou no chão e cobriu a cabeça com as mãos. Foi um momento tenso, mas incrivelmente engraçado”, relata Heller.
A batalha contra expectativas irreais de uma mãe trabalhadora
Com uma carreira consolidada, incluindo seis indicações ao Oscar, Amy Adams traz uma nova perspectiva ao falar sobre a pressão que sente como mãe e atriz. “A jornada de realmente se conectar consigo mesma e perceber a força de seus sentimentos, especialmente a ferocidade do amor por seu filho, é um lugar maravilhoso para se estar”, afirma Adams, que é mãe de Aviana, de 14 anos, com seu marido Darren Le Gallo. A atriz reflete que esse papel em Nightbitch foi influente ao explorar a luta interna que muitas mães enfrentam diariamente.
Um novo capítulo: liberdade e aceitação aos 50 anos
Além das experiências em set, Adams menciona seu recente marco de vida: a chegada dos 50 anos. “Em meio aos preparativos para essa nova fase, decidi que não iria mais me julgar. Como atriz e como mulher, estou aceitando quem sou, e isso se reflete em meu trabalho”, diz. Esta fase aberta em sua carreira é emocionante, e ela está disposta a explorar novas experiências e papéis, confirmando que está em busca de um mundo melhor e mais autêntico. Esta mentalidade reflete mudanças que muitos artistas experienciam à medida que avançam na vida, onde a liberdade se torna tão essencial quanto o próprio trabalho artístico.
Para aqueles que desejam saber mais sobre Amy Adams e sua perspectiva sobre essa nova era, a entrevista completa estará na edição desta semana da revista PEOPLE, que chega às bancas na sexta-feira. Em um mundo onde a pressão e as expectativas são eternas, a proposta de Nightbitch é um lembrete envolvente de que, às vezes, perder-se em suas feras internas pode ser não apenas libertador, mas essencial para o bem-estar emocional.