Los Angeles — Após quase uma década marcada por desentendimentos e disputas judiciais ferozes, Angelina Jolie e Brad Pitt finalmente chegaram a um entendimento sobre os termos do seu divórcio. O caso, considerado um dos mais longos e contenciosos da história de Hollywood, foi oficializado com a assinatura de uma declaração de renúncia apresentada no Tribunal Superior de Los Angeles. A informação foi primeiramente divulgada pela revista People.

O advogado de Jolie, James Simon, compartilhou com a CBS News que ela iniciou este processo há mais de oito anos, quando decidiu solicitar o divórcio de Pitt. Desde então, a atriz concentrava suas energias em proporcionar paz e cura para seus filhos, após o afastamento de todos os bens que compartilhavam. Simon destacou que este acordo é um passo importante dentro de um processo que já se alongava bastante, expressando que Angelina está exausta, mas aliviada por este capítulo finalmente ter chegado ao fim.

Enquanto isso, o representante de Pitt, Benjamin Soley, optou por não comentar sobre a recente evolução do caso. O acordo estabelece que ambos abriam mão de qualquer suporte financeiro profissional futuro, mas outros detalhes permanecem em segredo. Agora, espera-se que um juiz ao final valide essa decisão.

Angelina Jolie e Brad Pitt na estreia de By the Sea
Angelina Jolie e Brad Pitt na estreia de “By the Sea” no AFI Fest de 2015, realizado no TCL Chinese 6 Theatres em Hollywood.

Jason LaVeris / FilmMagic

A documentação judicial menciona que o casal abrirá mão de qualquer suporte financeiro futuro entre cônjuges, mas não fornece detalhes adicionais sobre o que foi decidido. Um juiz deverá então homologa o acordo alcançado. Angelina, de 49 anos, e Brad, de 61 anos, formavam um dos casais mais famosos de Hollywood por 12 anos, durante os quais estiveram casados por dois anos e tiveram seis filhos juntos.

Jolie solicitou o divórcio em 2016. O pedido se deu após um incidente durante um voo em jato particular da Europa, onde Angelina alegou que Pitt teve um comportamento abusivo em relação a ela e às crianças. Tanto o FBI quanto o Departamento de Crianças e Serviços Familiares de Los Angeles investigaram os acontecimentos do voo e decidiram que nenhuma ação deveria ser tomada contra ele.

Em 2019, um juiz anunciou que o casal já estava oficialmente divorciado, embora a partilha de bens e a custódia dos filhos ainda necessitassem de uma resolução separada. Após essa decisão, um juiz privado, contratado pela dupla, chegou a um consenso sobre a custódia das crianças, mas Jolie pediu sua remoção do caso devido a um conflito de interesse não informado. Um tribunal de apelações concordou, o juiz foi afastado e o casal teve que reiniciar o processo.

Ao longo dessa prolongada batalha pelo divórcio, quatro dos seis filhos do casal alcançaram a maioridade, o que eliminou a necessidade de um acordo de custódia para eles. Os únicos que continuam sendo menores são os gêmeos Knox e Vivienne, de 16 anos. Em junho, uma das filhas do casal, conhecida anteriormente como Shiloh Nouvel Jolie-Pitt, conseguiu uma petição judicial para remover o sobrenome de Pitt.

Os outros filhos do casal são Maddox, de 23 anos, Pax, de 21 anos, e Zahara, de 19 anos. Os detalhes do acordo permanecem em sigilo, e o uso de um juiz particular – uma prática que vem se tornando comum entre celebridades em processo de separação – fez com que os andamentos do caso ficassem um pouco distantes da atenção pública. Não houve ações judiciais oficiais no caso por quase um ano, o que não gerou qualquer indício de que um acordo estivesse se aproximando.

Contudo, algumas informações acerca de suas disputas foram reveladas através de uma ação judicial separada movida por Pitt, na qual ele alegou que Jolie não cumpriu um acordo sobre a venda de sua parte da vinícola que o casal possuía. Jolie, por sua vez, vendeu sua parte da vinícola, Chateau Miraval, para o grupo Tenute del Mondo, que faz parte do Stoli Group, o que Pitt considerou um ato “vingativo” que estragou um espaço particular que tinha se tornado um segundo lar para ele.

Os advogados de Jolie afirmaram que o acordo referente à venda da vinícola desmoronou devido à exigência de Pitt de que, como parte do negócio, ela assinasse um extenso acordo de não divulgação, que ela alegou servir para encobrir seu abuso físico. Essa questão foi levantada na audiência com o juiz pelo caso de custódia, onde o juiz decidiu pela igualdade de custódia dos filhos.

Não está claro como as questões do divórcio influenciarão o processo envolvendo a vinícola. Publicamente, ambos os envolvidos mantiveram uma postura extremamente reservada em relação a todo o assunto, mesmo após participações em eventos promocionais e várias aparições na mídia. Em uma entrevista de 2017 à GQ, Pitt admitiu que enfrentou problemas com álcool e estava se recuperando na época do incômodo incidente no avião e do divórcio. Entretanto, não se defendeu quanto ao seu comportamento.

Jolie, de sua parte, evitou declarações públicas sobre questões familiares ou o divórcio, apesar de ter solicitado um exame minucioso do comportamento de Pitt nos círculos judiciais tanto no divórcio quanto na questão da vinícola. Desde que iniciou a separação, Jolie tem se mantido um pouco fora dos holofotes, embora tenha dirigido vários filmes e aparecido em outros, enquanto foca na criação dos filhos. Este ano, ela voltou a ser citada nas conversas sobre o Oscar por sua atuação como a lendária soprano Maria Callas no filme “Maria”.

O desfecho do divórcio entre Jolie e Pitt marca mais um capítulo nas histórias de vidas públicas repletas de glamour, mas que também carregam suas simbologias de dor e superação. Afinal, mesmo as estrelas mais iluminadas enfrentam suas batalhas pessoais, mas sempre há a esperança de que, ao final do túnel, exista um pouco de paz.

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