Angelina Jolie, a aclamada atriz e vencedora do Oscar, foi ao encontro de um desafio inusitado em sua mais recente filmagem, onde ela interpreta a icônica cantora de ópera Maria Callas. Com 49 anos, Jolie mergulhou no mundo da música clássica, trazendo à vida os belíssimos e desafiadores trechos operísticos que não só exigiram sua dedicação, mas também a compreensão, empatia e apoio incondicional dos figurantes que a assistiam em cena. Durante uma entrevista reveladora, a atriz expressou sua gratidão por ter um público que se fazia presente, demonstrando compaixão diante do seu esforço para cantar ao vivo.
No filme, intitulado “Maria”, Angelina Jolie mescla as gravações originais da famosa soprano com suas próprias performances vocais. Apesar de muitos dos trechos serem remasterizações de Callas, a necessidade de Jolie cantar com intensidade se tornou premente em diversas cenas, onde o silêncio da plateia foi substituído pelos longos ecos das notas operísticas. Para Jolie, a música sempre demandou entrega e volume. “A coisa engraçada é que, para fazer isso parecer convincente, você tem que ser muito alto quando canta ópera. Não importa se você se sente confiante ou não, você deve se esforçar ao máximo”, declarou a atriz em uma entrevista ao programa “Queue” da Netflix.
O diretor Pablo Larraín, que esteve à frente desse projeto audacioso, foi fundamental para criar um ambiente acolhedor. Jolie elogiou seu trabalho ao escalar um grupo de figurantes que permaneciam na plateia durante as filmagens. Esses figurantes, descritos por Jolie como pessoas sensíveis e generosas, foram muito mais que estátuas no fundo de cena; eles criaram uma atmosfera de entendimento e apoio. “Eles estavam comigo através de várias performances”, disse Jolie, enfatizando a importância da presença deles. No primeiro dia em que os conheceu, compartilhou: “Peço desculpas pelo que está prestes a acontecer, caso eu erre as notas.” Essa brincadeira inicial estabeleceu um tom de camaradagem que transformou a experiência de atuação em uma experiência de aprendizado coletivo.
Diante da admiração e da gentileza dos figurantes, Jolie expressou que a conexão que formaram era essencial para sua interpretação e para a narrativa do filme. “Precisava da compreensão deles, pois eles sabiam que eu estava dando o meu melhor e não era uma cantora de ópera, mas estava aprendendo. Estávamos todos conectados no esforço e na narrativa”, revelou a atriz. Essa experiência não só fortaleceu seu desempenho, como também lançou luz sobre o quão importantes são relações desse tipo na arte da atuação.
Além de superar seus próprios limites vocais, Angelina mencionou que dedicou sete meses ao treinamento vocal para se preparar para o papel. Em uma entrevista à Variety em outubro, ela descreveu as aulas de canto como “a melhor terapia que já tive”. O que poderia parecer apenas uma preparação profissional, para Jolie se traduziu em um processo de autodescoberta e superação. Ela comentou: “Acho que eu diria a muitas pessoas que, antes de tentarem a terapia e gastarem muito tempo lá, devem ir a uma aula de canto.” O canto não apenas a ajudou a desenvolver sua voz, mas também a confrontar emoções e limitações internas que, de outra forma, poderia ter evitado.
Atualmente, o filme “Maria” está disponível na plataforma de streaming Netflix, permitindo que o público mergulhe na história da lendária cantora, acompanhando também a jornada de Jolie para se tornar a nova voz de uma das figuras mais emblemáticas da ópera. Tendo sido muito bem recebida pela crítica especializada e os fãs, a atuação de Jolie não é apenas um tributo à Callas, mas uma demonstração da capacidade humana de se transformar e explorar o desconhecido. Para muitos, a performance se tornou uma fonte de inspiração, mostrando que, independentemente de experiências anteriores, é possível vencer barreiras e, quem sabe um dia, alcançar a grandiosidade que se busca.
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Assim, a jornada de Angelina Jolie em “Maria” é um lembrete poderoso de que com esforço, apoio e compreensão, podemos enfrentar nossos medos e realizar nossos sonhos, ainda que em uma nova forma ou expressão. Que a emoção e a superação da personagem Maria Callas possam inspirar a todos nós a desempenhar o nosso melhor, não importa as circunstâncias.