Neste ano, ‘A Princesa e o Sapo’ celebra seu 15º aniversário, e a protagonista Anika Noni Rose aproveitou a ocasião para relembrar sua jornada ao dar vida à personagem Tiana, um marco na representação de princesas da Disney e na animação em geral. Em uma entrevista concedida à revista People, publicada na última quarta-feira, Rose reflete sobre a importância dessa produção animada.
Anika compartilhou que durante sua última audição, foi tomada por uma onda de emoção e acabou “abrindo o coração em lágrimas” enquanto caminhava pelos corredores dos estúdios Walt Disney e visualizava a arte de filmes icônicos do passado. “Foi um momento de realização. Sempre quis ser uma voz Disney, sempre”, recorda a atriz. “Eu não precisava ser uma pessoa. Não me importaria de ser um cogumelo, uma árvore ou uma pedra. Eu teria feito qualquer coisa para fazer parte desse legado.” Essa declaração destaca o quão profundamente a atriz se conecta não apenas com seu papel, mas também com a magia que a Disney representa para várias gerações.
Anos se passaram desde aquele momento inaugural, e Anika revela que ainda é “incrível” ver o impacto que Tiana teve sobre jovens meninas, tanto na época de lançamento do filme quanto atualmente. Ela nota como as crianças, independentemente de sua etnia ou origem, se identificam com sua personagem em eventos, usando o icônico vestido verde da princesa. Essa conexão transcende a cor da pele, conforme ela sugere que hoje em dia, crianças de diferentes etnias sentem-se à vontade penhorando sua identidade quando vestem trajes inspirados em Tiana, evocando uma sensação de realeza e poder.
“Quando penso em adultos negros ou de pele marrom, recordo o quanto passamos tempo tentando nos ajustar a um padrão de beleza que não era o nosso. Agora, as novas gerações parecem estar confortáveis com quem são. Elas não hesitam em se vestir de Tiana. Elas se sentem como Tiana de coração”, compartilha Anika. “As crianças de pele marrom sentem que pertencem à realeza, e seus amigos, que podem ser de outras etnias, reconhecem isso. Eles olham para elas e dizem: ‘Sim, você é realeza, você é uma princesa’.”
O filme A Princesa e o Sapo foi lançado em 11 de dezembro de 2009, e contava com as vozes de Bruno Campos, Jennifer Cody, Keith David, Randy Newman, John Goodman e até a influente Oprah Winfrey, proporcionando uma nova perspectiva em um conto de fadas ambientado na era do Jazz em Nova Orleans, focando na jovem princesa Tiana e um príncipe sapo que deseja reverter sua transformação.
“Essas pequenas ondas são as que trazem mudanças. Hoje em dia, as crianças estão desejando estar em peças de escola e almejando ser a princesa. Quem vai dizer que elas não podem ser a princesa? Ninguém, porque agora nós podemos ver isso. Está bem diante de nós”, disse Rose, reiterando a relevância histórica de uma princesa negra na Disney. A conversa de Anika Noni Rose é mais do que uma mera reflexão sobre um filme de animação; é uma celebração do poder da representação e da capacidade dos filmes de moldar a identidade e a autoimagem de crianças ao redor do mundo. Através de suas palavras, somos lembrados de como cada personagem pode ter um significado profundo e duradouro na vida das pessoas.