O Departamento de Agricultura do Estado de Washington (WSDA, na sigla em inglês) e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) anunciaram, em 18 de dezembro, a erradicação definitiva da chamada vespa assassina, formalmente conhecida como vespa gigante do norte. Essa espécie foi avistada pela primeira vez no estado em 2019 e, graças aos esforços conjuntos para sua erradicação, não foi detectada desde 2021, abrindo espaço para um alívio considerável entre os apicultores e a comunidade em geral.
Conhecida por seu veneno potente, capaz de dizimar uma colmeia de abelhas em apenas “90 minutos”, a vespa assassina é temida por sua capacidade de decapitar abelhas e ameaçar polinizadores nativos. O primeiro registro desse inseto ocorreu próximo à fronteira canadense no estado de Washington, gerando preocupação não apenas entre apicultores locais, mas também em todo o continente americano. As autoridades enfatizam que a espécie é particularmente perigosa, possuindo quase sete vezes a quantidade de veneno de uma abelha comum e a capacidade de picar várias vezes, mesmo através de roupas de apicultor reforçadas.
Em uma coletiva de imprensa, foi revelado que a vespa gigante do norte esteve envolvida em incidentes fatais na China, onde, em 2013, 42 pessoas perderam a vida e 1.675 ficaram gravemente feridas. Assim, as autoridades americanas redobraram os esforços para conter a invasão do inseto no território americano. As medidas tomadas incluíram o envio de equipamentos de proteção especiais para os trabalhadores envolvidos na erradicação, como trajes reforçados encomendados da China, fundamentais para garantir a segurança durante o enfrentamento da praga.
As vespas assassinas foram inicialmente detectadas em agosto de 2019, na Colúmbia Britânica, Canadá, e logo depois foram avistadas em Washington. No total, os especialistas efetivamente neutralizaram várias colmeias de vespas, começando pela eliminação de um ninho em outubro de 2020, seguido por três outros em agosto e setembro de 2021. Ao longo do ano passado, os esforços de captura se concentraram principalmente no Condado de Whatcom, onde não há registro da presença do inseto desde dezembro de 2021.
Os residentes locais tiveram um papel vital na erradicação dessa praga. Muitos concordaram em colocar armadilhas em suas propriedades e relatar avistamentos, colaborando diretamente com as autoridades. Além de uma rede de cidadãos envolvidos, pesquisadores também utilizaram tecnologia avançada, como etiquetas de rastreamento em pequena escala ligadas ao fio dental, para monitorar os movimentos das vespas. Essa combinação de esforço coletivos é um testemunho do envolvimento da sociedade na luta contra as pragas invasivas.
“Estamos orgulhosos dessa vitória marcante na luta contra as espécies invasivas,” afirmou Dr. Mark Davidson, Administrador Adjunto do Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal do USDA. Estas afirmações fazem ecoar a importância de proteger não apenas os polinizadores e as colheitas, mas também as indústrias, comunidades e ecossistemas que dependem deles. Sven Spichiger, gerente de programa de pragas do Departamento de Agricultura do Estado de Washington, também compartilhou seu entusiasmo ao afirmar que “é um raro dia em que nós, humanos, conseguimos vencer contra os insetos”.
A vigilância, no entanto, não deve ser encerrada. Apesar da erradicação, as autoridades permanecem atentas e já um avistamento não confirmado foi registrado no Condado de Kitsap em outubro de 2024. Assim, enquanto a batalha contra a vespa assassina foi vencida em Washington, o aprendizado e os esforços contínuos contra pragas invasivas seguem mais relevantes do que nunca no cenário americano.
Para mais detalhes sobre o combate a pragas e a importância das abelhas na polinização, você pode visitar o site do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e conferir as orientações sobre a biodiversidade e a preservação ambiental.