A renomada atriz Blake Lively deu um passo significativo no combate ao assédio sexual ao processar seu colega de elenco e diretor Justin Baldoni pela suposta má conduta ocorrida durante as filmagens do filme “It Ends With Us”. O processo, protocolado em um tribunal federal de Nova York, alega que Baldoni e sua equipe de relações públicas articulou um elaborado plano para difamá-la em retaliação a suas declarações sobre o assédio sexual no set.
O processo nomeia Baldoni, seu estúdio de cinema Wayfarer, bem como as representantes de relações públicas Melissa Nathan e Jennifer Abel, que são acusadas de contribuir para o esquema de deslegitimação da atriz. A queixa apresenta afirmações de que, após Lively expor alegações de má conduta, uma retaliação significativa se seguiu, envolvendo ataques coordenados à sua reputação. Como se não bastasse, a categoria das acusações se amplia quando levantam questões sobre o cumprimento das leis federais e estaduais da Califórnia, que proíbem retaliação ao se denunciar assédio sexual e outras condutas inadequadas.
Em uma declaração forte, Lively expressou como se sentia após publicamente apresentar suas alegações: “Fui sujeita a uma onda de retaliações e ataques. Os representantes de Baldoni têm violado as leis federais e estaduais ao retaliar por eu ter denunciado o assédio e preocupações quanto à segurança no ambiente de trabalho”. Ela declarou que a ação judicial foi movida em Nova York, onde muitos dos eventos mencionados ocorreram, mas deixou implícito que ainda havia espaço para ações em outras jurisdições, se assim for necessário.
Importante notar que o processo foi protocolado em um contexto conturbado, uma vez que Baldoni também moveu um processo contra o New York Times alegando que o jornal conspirou com a equipe de Lively para promover um “narrativa não verificada e autocentrada”, enquanto desconsiderava evidências que contradiziam as alegações de Lively.
Representantes de Baldoni até o momento não comentaram sobre os desdobramentos da situação. O caso de Lively traz à tona não apenas questões de assédio, mas também a complexidade das dinâmicas de poder dentro da indústria cinematográfica, onde os atores muitas vezes enfrentam silenciamentos e retaliações após relatar casos de má conduta. Ao olharmos para frente, a luta de Blake Lively não é apenas dela; é um reflexo de um movimento maior que busca justiça e igualdade no ambiente de trabalho, especialmente em um contexto onde simular normalidade muitas vezes esconde realidades sombrias. Com a evolução deste caso, a atenção do público e da mídia continua sendo crucial para garantir que os problemas de assédio sexual e retaliação não sejam mais ignorados.
Mais informações serão divulgadas em breve…