A startup de redes sociais Bluesky, que se posiciona como um concorrente do conhecido Twitter, recentemente anunciou que está em fase de desenvolvimento de um sistema de assinaturas inovador. Esse novo modelo, representado pela proposta conhecida como Bluesky+, surgiu logo após a empresa revelar sua rodada de investimento de US$ 15 milhões em uma Série A, realizada em outubro. O que até então era um plano vago, agora se torna mais concreto com a publicação de maquetes destinadas a detalhar as possíveis funcionalidades e visual do futuro serviço pago no GitHub da empresa.

Ainda que a empresa tenha alertado que as imagens divulgadas no GitHub são apenas maquetes de interface do usuário e as características do serviço pago podem sofrer alterações até a data de lançamento, surgem indícios que algumas das opções apresentadas estão realmente em consideração pela Bluesky para este novo serviço premium. Nas conversas anteriores sobre seu modelo de assinatura, durante o outono passado, a companhia descreveu a proposta de disponibilizar uma gama de recursos premium, que incluem recursos como “upload de vídeos em maior qualidade ou personalizações de perfil, como cores e molduras para avatares.” Esses componentes agora figuram nas maquetes divulgadas, conhecidas como Bluesky+.

Além das funções já mencionadas, o texto temporário incluído nas maquetes sugere que a Bluesky está considerando outras funcionalidades pagas, que podem incluir ícones personalizados para aplicativos, um distintivo de perfil Bluesky+, tradução de postagens de forma inline, análises de postagens e pastas de favoritos. Esse leque de possibilidades poderia rivalizar com a expansão de recursos que conhecemos nas plataformas de redes sociais como o Twitter, agora renomeado para X.

Um dos aspectos mais intrigantes do Bluesky+ é a possibilidade de que a empresa esteja considerando oferecer serviços de verificação, como badges de perfil, através do modelo de assinatura — a não ser que essa funcionalidade seja apenas um texto-temporário e não uma ideia em desenvolvimento. Recentemente, a Bluesky comentou sobre seus planos para implementar sistemas de verificação, mencionando que a natureza aberta de sua rede poderia fazer seu sistema funcionar de forma bem diferente comparado à verificação paga disponível nas plataformas X e Meta. Embora essa afirmação possa ser válida, seria curioso observar se a Bluesky decidir colocar suas ferramentas de verificação atrás de uma espécie de paywall.

As maquetes também revelam um preço sugerido de US$ 8 por mês ou US$ 72 por ano para o Bluesky+, embora esses valores ainda não sejam definitivos. A maquete foi detectada por um usuário do Bluesky, @saeri.xyz, cuja postagem sobre a descoberta rapidamente acumulou centenas de curtidas, citações e repostagens na nova rede social que agora conta com impressionantes 24,7 milhões de usuários.

Dan Abramov, engenheiro de software da Bluesky e ex-colaborador da Meta, onde trabalhou em projetos como React e Redux, relembrou os usuários da plataforma que a lista de recursos apresentadas na interface da maquete “não necessariamente corresponde ao que será lançado.” Em seu comentário, Abramov deixou claro que, embora algumas dessas funcionalidades provavelmente permaneçam, o usuário não deveria considerar a lista como a confirmação de um conjunto de características planejadas. “Nós anunciaremos a lista real quando mais trabalho estiver feito,” afirmou ele.

Abramov também esclareceu que o rótulo “em breve” que aparece nos testes da interface não tem um significado específico; trata-se apenas de uma forma de testar o design da interface para as funcionalidades futuras.

Apesar do aviso de que nada é final, os usuários do Bluesky demonstraram entusiasmo ao discutir as possibilidades de um plano de assinatura. Enquanto alguns criticaram as funcionalidades sugeridas, outros começaram a fazer sugestões sobre diferentes recursos que gostariam de ver. Entendemos que, além de assinaturas, outros modelos estão em consideração, conforme o CEO da Bluesky, Jay Graber, indicou recentemente, ao mencionar esforços como vendas de nomes de domínio, um marketplace de algoritmos e até mesmo potencial venda de anúncios como formas alternativas para gerar receita.

Ainda aguardamos uma resposta da Bluesky para comentários adicionais sobre o assunto e, assim, poderemos atualizar essa história assim que tivermos mais informações.

Interface do Bluesky

Saiba mais sobre o Bluesky no GitHub

O futuro das assinaturas na Bluesky parece promissor e pode redefinir a forma como os usuários interagem na plataforma, desafiando a pré-concepção de redes sociais populares.

Similar Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *