Chad Michael Murray, um nome que ressoa fortemente na memória coletiva dos fãs de séries como One Tree Hill e filmes icônicos como A Cinderella Story, ressurgiu nas manchetes recentemente ao compartilhar um momento crucial de sua carreira que quase resultou em sua saída do mundo da atuação.
Em uma entrevista ampla com Interview Magazine, publicada na última quarta-feira, Murray refletiu sobre a intensa experiência de ser um dos finalistas do fandom após suas sete temporadas em One Tree Hill. A jornada de Murray foi marcada não apenas pelo estrelato, mas também pelos desafios de jovens que crescem sob o olhar crítico da mídia e da sociedade.
“Chegou um momento em que pensei em desistir. Eu estava exausto, não conseguia mais”, confessou Murray. “Foi logo após minha saída de One Tree Hill, e não se tratava da fama ou da pressão dos fãs. A situação era complexa, pois entre os 18 e 25 anos, são anos formativos – você está testando seus limites e seu cérebro não está completamente desenvolvido. Com isso, você acaba cometendo erros. E mesmo os adultos às vezes erram. Assim, fica complicado entender a gravidade das situações que você enfrenta.”
Durante a entrevista, ele também comentou sobre a pressão cotidiana que enfrentou como uma figura pública, expondo a dificuldade de manter sua saúde mental em meio à atenção constante. “É complicado viver sabendo que sempre existem pessoas observando o que você faz. Ir ao mercado e ouvir alguém comentar sobre você pode te levar a uma espiral negativa”, refletiu ele. “Então, naquela fase da minha vida, tomei uma grande decisão e percebi que isso não era o que eu desejava.”
O ator enfatizou que seu objetivo principal é ser um bom pai e um bom marido. “Amo atuar, mas, no fim das contas, o que realmente importa para mim é ser um homem de família. Para isso, precisei encontrar a parceira certa e viver experiências variáveis, certas e erradas, até chegar a esse ponto”, destacou.
Quando ponderou sobre suas experiências passadas, Murray reconheceu que, quando jovem, não compreendia a magnitude que a indústria televisiva e cinematográfica possui. “Eu não percebia como tinha que respeitar o trabalho, todas as pessoas e cada momento. Portanto, levei muito tempo para reavaliar tudo isso. Foram anos conversando com pessoas muito mais sábias do que eu para chegar aonde queria ir”, disse com sinceridade.
Hoje em dia, Murray encara suas memórias nostálgicas com orgulho. Ele compartilhou que, durante as filmagens de The Merry Gentlemen, retornou para casa e encontrou sua esposa e filhos assistindo a A Cinderella Story. “Ver meu filho de 9 anos, mais próximo da idade do personagem que eu interpretei, Austin Ames, é ao mesmo tempo engraçado e um pouco estranho”, comentou, ao refletir sobre a evolução do tempo e suas repercussões em sua vida pessoal.
Ademais, ele expressou uma expectativa curiosa em relação ao relançamento de Freaky Friday, intitulado Freakier Friday, onde retornará ao seu papel de Jake, ao lado de Lindy Lohan e Jamie Lee Curtis. “Estou ansioso para me esgueirar até um cinema e observar a reação das pessoas. É como uma reunião de colégio, depois de 22, 23 anos”, revelou, entusiasmado com a perspectiva de reencontro com colegas de elenco que foram fundamentais em sua carreira.
Mesmo com a carreira longa e diversificada, Murray não planeja voltar a participar do suposto reboot de One Tree Hill. Em uma entrevista ao Los Angeles Times, explicou que ele e seu coestrela James Lafferty não foram contatados a respeito de uma possível participação, portanto, não se sentem parte dessa nova produção.
Por fim, Murray revelou que se sente muito empolgado com os novos projetos e que ainda se considera no início de sua jornada. “Eu diria que todo o mundo do cinema é a minha ostra. Estou aberto a novas experiências, a me arriscar. E, claro, alguns projetos poderão não ter êxito, mas outros poderão tocar as pessoas emocionalmente. Estou animado com essa jornada, e cada experiência é uma oportunidade de aprendizado para mim”, concluiu, evidenciando sua visão positiva em relação ao futuro e sua disposição para crescer como artista.